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Pesquisa Quaest: Avaliação do Governo Lula Reduz Desaprovação e Sinaliza Novo Cenário Político

Pesquisa Quaest: Avaliação do Governo Lula Reduz Desaprovação e Sinaliza Novo Cenário Político

temp_image_1755690595.945702 Pesquisa Quaest: Avaliação do Governo Lula Reduz Desaprovação e Sinaliza Novo Cenário Político

Pesquisa Quaest: Avaliação do Governo Lula Reduz Desaprovação e Sinaliza Novo Cenário Político

A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), lança uma nova luz sobre a avaliação do governo Lula. Com dados que apontam para uma significativa redução na desaprovação e um aumento na aprovação, o levantamento revela um cenário político em constante movimento no Brasil.

Em um panorama que reflete a complexidade da política brasileira, os números da Quaest indicam que a diferença entre a aprovação e a desaprovação da gestão federal atingiu o menor patamar desde o início do ano. O que está por trás dessa mudança na opinião pública? Mergulhe nos detalhes e compreenda as nuances que moldam a percepção dos eleitores.

Os Números da Aprovação e Desaprovação do Presidente Lula

De acordo com a pesquisa Quaest, a desaprovação ao governo Lula oscilou 2 pontos para baixo, atingindo 51%, enquanto a aprovação cresceu 3 pontos, chegando a 46%. Importante ressaltar que a margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que coloca os resultados em uma análise de flutuação dentro dos parâmetros estatísticos.

Comparativos com pesquisas anteriores da Quaest mostram uma tendência de aproximação entre os índices, algo não visto desde janeiro, quando havia um empate técnico (47% aprovação, 49% desaprovação). O pico da diferença negativa para o governo foi em maio, com 57% de desaprovação contra 40% de aprovação.

Detalhes da Variação:

  • Aprovação: 46% (anteriormente 43% em julho)
  • Desaprovação: 51% (anteriormente 53% em julho)
  • Não sabe/não respondeu: 3% (anteriormente 4%)

O Que Explica a Melhoria? Análise da Quaest

Felipe Nunes, diretor da Quaest, aponta dois fatores cruciais para a melhora na aprovação do governo Lula em agosto: a percepção de queda nos preços dos alimentos e a resposta do governo ao “tarifaço” imposto por Donald Trump. Segundo Nunes:

“A melhora na aprovação do governo Lula em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos. De um lado, a percepção de queda no preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Do outro, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais.”

Essa análise reforça a influência de questões do dia a dia da população, como a inflação dos alimentos, e a repercussão de embates internacionais na opinião pública brasileira.

A Aprovação de Lula em Detalhes: Quem Aprova Mais?

A pesquisa Quaest detalha as mudanças na avaliação presidencial por diversos segmentos da população. Alguns grupos, que antes apresentavam empate técnico, agora mostram maior aprovação:

  • Renda Familiar: Lula voltou a ser mais aprovado entre os que ganham até 2 salários mínimos (55% aprovam, contra 40% desaprovam).
  • Escolaridade: Melhoria significativa entre aqueles com ensino fundamental completo (56% aprovam).
  • Religião: A avaliação entre católicos voltou a ser positiva (54% aprovam), sendo o melhor resultado do ano para o governo nesse grupo.
  • Faixa Etária: O grupo de 60 anos ou mais voltou a aprovar mais do que desaprovar o governo (55% aprovam).
  • Região: O Nordeste continua sendo a região com maior aprovação (60%), com oscilação de 7 pontos para cima. A aprovação também cresceu em São Paulo.
  • Gênero: Entre os homens, a desaprovação caiu, e a diferença em relação à aprovação é a menor desde janeiro.
  • Bolsa Família: Entre os beneficiários, a aprovação do governo Lula subiu para 60%.

O “Tarifaço” de Trump e Sua Percepção no Brasil

O levantamento da Quaest também investigou a percepção dos brasileiros sobre as tarifas impostas por Donald Trump. Metade dos entrevistados (51%) acredita que os interesses políticos de Trump foram a principal motivação para o anúncio das tarifas, enquanto apenas 23% veem a defesa de interesses comerciais americanos.

A maioria dos brasileiros (64%) acredita que o “tarifaço” resultará em aumento nos preços dos alimentos no país. A pesquisa aponta ainda que:

  • 71% consideram que Trump está errado ao impor tarifas por perseguição política a Bolsonaro.
  • 55% acham que Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro estão agindo mal diante do assunto.
  • 46% acham que Lula está agindo mal.
  • 77% dizem que as tarifas vão prejudicar suas vidas.
  • 67% acreditam que o Brasil deve negociar para resolver a questão.

Esses dados sublinham a sensibilidade da população às questões econômicas e geopolíticas, e como elas se entrelaçam com a avaliação do governo Lula.

Avaliação Geral: Positivo, Negativo ou Regular?

Ao questionar a avaliação geral do governo, a pesquisa Quaest apresentou os seguintes resultados:

  • Positivo: 31% (subiu de 28% em junho)
  • Negativo: 39% (caiu de 40%)
  • Regular: 27% (caiu de 28%)

A leve alta na avaliação positiva e a queda na negativa indicam uma melhora na percepção global da gestão.

Metodologia da Pesquisa Quaest

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 13 e 17 de agosto. Foram entrevistados eleitores em diversas localidades, garantindo uma amostra representativa da população brasileira. O nível de confiança do estudo é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Para mais detalhes sobre a metodologia e dados completos, você pode consultar fontes como a Genial Investimentos ou portais de notícias confiáveis que publicam esses levantamentos, como g1 Política.

O Cenário Atual da Política Brasileira

Os dados da pesquisa Quaest reforçam a natureza dinâmica da política brasileira e como fatores econômicos e a postura governamental em crises internacionais podem influenciar a opinião pública. A avaliação do governo Lula, embora ainda com mais desaprovação que aprovação no total, mostra uma tendência de recuperação em segmentos-chave, o que pode redesenhar estratégias e percepções para os próximos meses.

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