Clara Tauson: A Ascensão da Estrela Dinamarquesa em Indian Wells!

Do Esquecimento ao Topo: A Incrível Jornada de Clara Tauson no Tênis
Há três anos, aos 19, Clara Tauson era vista como a próxima grande estrela do tênis mundial. O ranking #33 da WTA parecia o prenúncio de um futuro glorioso. No entanto, uma sequência de lesões e resultados negativos a derrubaram para a posição #140.
“Eu era muito jovem e talvez tudo tenha acontecido rápido demais para meu corpo e mente”, revelou Tauson ao wtatennis.com durante o BNP Paribas Open. “Foi difícil, lutei contra lesões e as vitórias não vinham. Mas ver um lampejo do meu antigo jogo me dá esperança.”
A Ressurreição em Indian Wells
Essa esperança reacendeu a chama da dinamarquesa de 22 anos, impulsionando-a ao seu melhor ranking na carreira: #22. Após anos de frustrações, ela está onde sempre acreditou que merecia estar. No ano passado, Tauson sequer passou do qualifying em Indian Wells. Agora, enfrentará Mirra Andreeva, a promessa de 17 anos, em um duelo imperdível.
A revanche contra Andreeva, que a derrotou na final do WTA 1000 de Dubai, promete ser eletrizante. E para quem duvida de Tauson, vale lembrar: após perder para a número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, no Australian Open, ela a atropelou em Dubai por 6-3, 6-2.
A suada vitória sobre Camila Osorio marcou a 16ª vitória de Tauson na temporada, um feito que nenhuma outra tenista alcançou até o momento. Um número que a imprensa dinamarquesa não deixa passar despercebido.
O Segredo do Sucesso: Saúde e Perspectiva
Questionada sobre o início de temporada dos sonhos, Tauson não esconde a surpresa: “Definitivamente não esperava isso. Vir do qualifying e ser cabeça de chave aqui é uma sensação diferente. Vou tentar seguir assim, e espero que meu corpo aguente.”
A resistência física é o principal ponto de interrogação nessa retomada. No passado, o corpo de Tauson a traiu, com lesões no joelho e nas costas. A reabilitação se tornou mais frequente que o jogo em si.
“Esses três anos me deram muita perspectiva”, explica Tauson. “Sei que tudo pode desmoronar a qualquer momento, então preciso aproveitar enquanto posso. Não é fácil. Vemos muitos jogadores oscilando. Se eu estiver saudável, esse é meu principal objetivo.”
Mais madura e com a mente focada, Tauson reconhece a importância do apoio: “Sempre temos dúvidas, então é bom ter pessoas que nos apoiam. Isso tem me ajudado muito nos últimos meses.”
A Nova Wozniacki?
As comparações com Caroline Wozniacki são inevitáveis, mas Tauson busca construir sua própria identidade: “Caroline é uma grande campeã, mas temos estilos de jogo diferentes. Em um país pequeno como a Dinamarca, com poucos tenistas de destaque, as comparações são inevitáveis. Ela abriu um caminho, mas era outra época. Estou orgulhosa do que conquistei e espero continuar assim. Quem sabe, um dia uma criança será comparada a mim?”
O título em Auckland marcou o início da ascensão de Tauson, com uma vitória sobre Madison Keys. E os números comprovam seu poder de fogo: Tauson lidera o ranking de winners na temporada, com 581, 72 a mais que Keys.
“Trabalhei duro para isso, então estou muito feliz com o início da temporada”, finaliza Tauson. “Não posso reclamar.”
Compartilhar isso: