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Nísia Trindade Denuncia Campanha Misógina Após Deixar Ministério da Saúde: ‘Inaceitável!’

Nísia Trindade Denuncia Campanha Misógina Após Deixar Ministério da Saúde: ‘Inaceitável!’

temp_image_1741642165.101637 Nísia Trindade Denuncia Campanha Misógina Após Deixar Ministério da Saúde: 'Inaceitável!'

Em um discurso carregado de emoção e indignação, a agora ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, denunciou ter sido alvo de uma campanha misógina e implacável durante seus 25 meses à frente do Ministério da Saúde. A declaração impactante foi proferida durante a cerimônia de posse do novo ministro, Alexandre Padilha, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Não posso me calar diante do que sofri. Uma campanha sistemática e misógina foi orquestrada para desvalorizar meu trabalho, minha capacidade e, acima de tudo, minha integridade. Isso é inaceitável e não pode ser naturalizado na política brasileira”, desabafou Nísia, com a voz embargada.

A ex-ministra também aproveitou o momento para defender uma urgente mudança na forma como a política é conduzida no país, clamando por mais respeito e diálogo construtivo. “Precisamos construir uma nova política, baseada no respeito mútuo, na escuta atenta e em propostas concretas para melhorar a vida de cada brasileiro”, enfatizou.

Reforma Ministerial e Desafios na Saúde

A saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde foi oficializada no fim de fevereiro, como parte de uma ampla reforma ministerial promovida pelo presidente Lula, visando fortalecer a base governista no Congresso Nacional. Apesar de sua sólida formação acadêmica e da bem-sucedida gestão à frente da Fiocruz, Nísia enfrentou desafios significativos na articulação política, o que teria contribuído para sua substituição.

O Ministério da Saúde, detentor do maior orçamento da Esplanada, tem sido alvo de intensas pressões por liberação de recursos e emendas parlamentares. A nomeação de Alexandre Padilha, que já ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff, sinaliza a busca de Lula por um ministro com maior capacidade de diálogo e negociação no Congresso.

A cerimônia também marcou a posse de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), anteriormente ocupada por Padilha. A movimentação visa dar mais musculatura política ao governo e destravar pautas importantes no legislativo.

Resta saber se as mudanças na equipe ministerial serão suficientes para superar os desafios que o governo enfrenta e garantir avanços significativos na área da saúde e em outras áreas prioritárias para o país.

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