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Adeline Watkins: A Verdadeira História por Trás da Polêmica Figura de Ed Gein na Netflix

Adeline Watkins: A Verdadeira História por Trás da Polêmica Figura de Ed Gein na Netflix

temp_image_1759613530.435414 Adeline Watkins: A Verdadeira História por Trás da Polêmica Figura de Ed Gein na Netflix

As séries de true crime têm um poder único de nos prender, e quando uma figura real emerge com um papel central e controverso na vida de um serial killer, o fascínio se multiplica. É o caso de Adeline Watkins, uma personagem que ganha destaque na nova produção de Ryan Murphy, Monster: The Ed Gein Story, da Netflix. Interpretada pela talentosa Suzanna Son, Adeline Watkins é retratada como um interesse amoroso do infame assassino Ed Gein. Mas qual é a verdade por trás dessa conexão? Seria um romance de décadas ou uma história distorcida?

O Enigma de Adeline Watkins e Ed Gein na Tela

Qualquer trama de true crime que se preze mergulha fundo na vida pessoal do criminoso. Em Monster: The Ed Gein Story, a relação entre Ed Gein e sua vizinha, Adeline Watkins, é colocada em primeiro plano, prometendo revelar um ângulo intrigante da psique do assassino. Embora inicialmente mantido em segredo, agora está confirmado que Suzanna Son, estrela em ascensão, interpreta o suposto interesse amoroso de Gein por 20 anos. Sendo a segunda estrela mais importante após Charlie Hunnam (que vive Gein), o papel de Adeline Watkins é crucial para a narrativa que explora a vida de Gein e sua influência duradoura no gênero de horror.

A Primeira Versão: Um Romance de Duas Décadas?

A história de Adeline Watkins e Ed Gein não é tão simples quanto parece. Relatos iniciais, incluindo uma entrevista de 1957 ao Minneapolis Tribune (republicada no Wisconsin State Journal), sugeriam um relacionamento que durou mais de 20 anos. Naquela época, Adeline Watkins descreveu Ed Gein como “bom, gentil e doce”, sentindo que o “estava aproveitando” quando ele cedia aos seus desejos. Ela revelou detalhes íntimos:

  • Eles discutiam regularmente sobre livros, embora raramente lessem os mesmos. Gein gostava de livros sobre “leões, tigres, África e Índia”.
  • Frequentavam cinemas e tavernas. Adeline preferia cerveja, enquanto Gein optava por milkshakes.
  • Assustadoramente, eles discutiam assassinatos noticiados, com Gein analisando os erros dos criminosos – algo que Adeline achava “interessante”.

Em seu último encontro, em 1955, Adeline Watkins afirmou que Gein a pediu em casamento de forma sutil. Ela o recusou, não por algo “errado com ele”, mas por “algo errado com ela”, temendo não corresponder às suas expectativas. Mesmo após a descoberta dos crimes de Gein, ela declarou: “Eu o amava e ainda amo.” A mãe de Watkins também corroborava, descrevendo Gein como um “homem doce e educado”.

A Retratação Chocante: A Verdade Vem à Tona

Poucas semanas após a publicação da entrevista inicial, a narrativa sofreu uma reviravolta dramática. Em um artigo no Stevens Point Journal, Adeline Watkins retratou suas declarações, chamando a história de “exagerada… inflada desproporcionalmente à sua importância e contendo declarações inverídicas”. Ela esclareceu que, embora se conhecessem há 20 anos, o relacionamento romântico durou menos de um ano.

  • Gein a visitou por apenas sete meses, e de forma intermitente.
  • Eles foram ao cinema “algumas vezes”.
  • Watkins também refutou a ideia de que ela ou sua mãe o considerassem “doce”.
  • Ela afirmou nunca ter entrado na casa de Gein, onde foram encontrados os restos mortais de suas vítimas e um sinistro santuário dedicado à sua mãe, Augusta Gein.

Embora o chamasse de “quieto e educado”, Adeline Watkins insistiu que não eram próximos. O próprio Ed Gein, por sua vez, nunca falou publicamente sobre ela, deixando a história envolta em mistério e contradições.

O Legado de Adeline Watkins na Cultura True Crime

A ambiguidade em torno da relação de Adeline Watkins com Ed Gein é um exemplo perfeito de como a vida real pode ser mais complexa e perturbadora do que a ficção. A série de Ryan Murphy, com a interpretação de Suzanna Son, traz à tona essa figura intrigante e nos convida a questionar as narrativas que moldam nossa percepção dos criminosos e de quem os cercou. Seja qual for a verdade final, o papel de Adeline Watkins nas histórias de Ed Gein permanece como um elemento fascinante, adicionando camadas de mistério a um dos mais notórios serial killers da história americana.

Essa dualidade de relatos serve como um lembrete vívido da dificuldade de discernir a verdade em casos criminais complexos, especialmente quando as memórias e as intenções podem ser distorcidas pelo tempo e pelo escrutínio público. O que você acha que realmente aconteceu?

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