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Candinho Morre? Os Bastidores Incendiários que Quase Levaram o Caipira de ‘Êta Mundo Bom!’

Candinho Morre? Os Bastidores Incendiários que Quase Levaram o Caipira de ‘Êta Mundo Bom!’

temp_image_1764280794.495568 Candinho Morre? Os Bastidores Incendiários que Quase Levaram o Caipira de 'Êta Mundo Bom!'

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Candinho Morre? Os Bastidores Incendiários que Quase Levaram o Caipira de ‘Êta Mundo Bom!’

A pergunta “Candinho morre?” ecoou por muitos lares brasileiros quando a fábrica do inocente personagem de Sergio Guizé foi tomada pelas chamas em ‘Êta Mundo Bom!’. A cena, orquestrada por Sandra (Flávia Alessandra) e Ernesto (Eriberto Leão), foi um dos momentos mais dramáticos da novela, deixando o querido caipira em estado grave e o público em suspense. Mas o que poucos sabem é o complexo e inovador trabalho nos bastidores para garantir que essa sequência de tirar o fôlego fosse, acima de tudo, segura. O gshow acompanhou de perto cada detalhe dessa superprodução.

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A equipe da Globo utilizou recursos impressionantes para recriar o incêndio com segurança. — Foto: Divulgação/Bianca Rodrigues

O Inferno na Fábrica: Uma Cena de Tirar o Fôlego

O pânico se instalou quando a fábrica de biscoitos de Candinho virou um verdadeiro inferno. Com Picolé (Isaac Amendoim) e Samir (Davi Malizia) presos no local, o perigo foi imenso. Para trazer à tona a intensidade do fogo e a agonia dos personagens sem colocar ninguém em risco real, a produção de ‘Êta Mundo Bom!’ mobilizou uma equipe de ponta, utilizando desde cenários adaptados até a mais avançada Inteligência Artificial (IA).

Segurança em Primeiro Lugar: Os Truques por Trás do Fogo

Transformar uma cena de incêndio em realidade sem comprometer a integridade física dos atores e da equipe é um desafio colossal. No entanto, a produção de ‘Êta Mundo Bom!’ mostrou como isso é possível com planejamento minucioso e tecnologia.

Cenário Blindado e Figurino Antichamas

Diogo Laranja, produtor de efeitos especiais, revelou a dedicação para adaptar o ambiente da fábrica: “O cenário é feito de madeira, então, a equipe passou uma semana preparando as paredes com chapas e aplicando tinta antichama sobre o revestimento. O fogo fica encostado nas madeiras, então, se não proteger, acaba queimando.”

Os figurinos também foram cuidadosamente preparados. Flávia Alessandra, intérprete da vilã Sandra, comentou sobre a experiência:

“Eu adoro fazer essas coisas de ação porque eu acho que a reação na hora, no local, é outra! Essa roupa é de algodão que passa por um processo que fica bem dura, repele se vier fogo. E já estamos com os bombeiros de plantão.”

Diogo detalhou o processo do figurino: “Quando a gente faz uma cena de incêndio, os figurinos são feitos de roupas 100% algodão, nada sintético. Nós aplicamos um produto antichama específico para tecido, para aumentar a segurança, porque, às vezes, eles nem encostam no fogo, mas estão tão perto do calor que, de repente, a roupa sintética, por exemplo, pode enrugar e dar algum problema. Por isso, não usamos nada sintético.”

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Flávia Alessandra e Eriberto Leão em cena de incêndio. A segurança da equipe e do elenco foi prioridade. — Foto: Divulgação/Bianca Rodrigues

A Mágica dos Efeitos Especiais e a Inteligência Artificial

A combinação de efeitos físicos com computação gráfica foi a chave para o realismo sem risco. “A gente faz fogo nosso, tanto com gás quanto com líquidos inflamáveis. A fumaça real também é usada em pouca quantidade. A gente vê aquela fumaça saindo das portas e janelas, mas é um ventilador empurrando e a computação complementa”, explicou o especialista.

Protegendo os Pequenos Atores: A IA em Ação

Um dos maiores desafios foi garantir a segurança das crianças em cena. Picolé e Samir, personagens infantis, estavam presos na fábrica em chamas. Para protegê-los totalmente, a equipe adotou uma solução inovadora, como revelou o diretor geral João Paulo Jabur:

“É um desafio filmar cena assim porque tem o elenco infantil e, pelos protocolos de segurança da Globo, a gente não pode colocar a criança em uma cena de risco com fogo no mesmo ambiente. […] Sempre que tiver uma criança em cena, o fogo vai ser 100% inteligência artificial.”

Isso significa que, embora o público visse as crianças cercadas pelo fogo, elas estavam em um ambiente totalmente seguro, com as chamas e a fumaça sendo adicionadas digitalmente após a gravação.

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Em cenas com crianças, como Picolé e Samir na fábrica, o fogo foi gerado 100% por Inteligência Artificial para total segurança. — Foto: Globo

O Legado do Incêndio: Mais do que uma Cena, Uma Produção de Ponta

O incêndio na fábrica de Candinho foi muito mais do que um ponto de virada na trama de ‘Êta Mundo Bom!’; foi uma demonstração da excelência da produção televisiva brasileira. A dedicação da equipe de efeitos especiais, figurinistas, dublês e o uso inteligente de tecnologia, como a IA, garantiram que a tensão e o drama fossem entregues com a máxima segurança e realismo. Candinho quase morreu, mas a arte da televisão brilhou intensamente.

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