Dani Bolina: Ex-Panicat revela assédio e momentos de terror nos bastidores do Pânico

Dani Bolina, aos 41 anos, quebrou o silêncio e compartilhou relatos perturbadores de assédio sexual que ela e outras panicats enfrentaram durante sua participação no icônico programa Pânico. Em uma entrevista reveladora no podcast Ticaracaticast, comandado por seus ex-colegas Carioca e Bola, Bolina detalhou os horrores vividos nos eventos em que as panicats eram solicitadas a usar biquínis.

O Horror dos Eventos de Biquíni

“A gente fazia eventos de biquíni e era uma loucura, porque era uma ‘passação’ de mãos que a gente não sabe de onde vinha, eles enfiavam a mão dentro da gente”, desabafou Bolina, descrevendo um ambiente de constante invasão e desrespeito.

A situação se agravava durante as gravações em meio às torcidas de futebol, onde o assédio se tornava ainda mais explícito e agressivo. Bolina compartilhou sua experiência traumática em meio aos torcedores do Santos e do Flamengo, detalhando as medidas extremas que precisava tomar para se proteger.

Medidas Desesperadas para Proteção

“Na época, depois que começou a pegar muito esse negócio das mãos, [a produção] meio que ficava em volta da gente [para tentar nos proteger], mas [mesmo assim] tomava deda… Eu colocava dois biquínis, absorventes, porque os caras enfiavam os dedos na gente”, revelou, expondo a vulnerabilidade e o medo constantes.

O desespero era palpável nos momentos de gravação com as torcidas. “Era bizarro, um show de loucura, desesperador, dava um negócio quando falavam que a gente ia fazer futebol”, recorda Bolina, evidenciando o impacto psicológico duradouro dessas experiências.

O Legado do Pânico e a Luta Contra o Assédio

Dani Bolina foi uma das primeiras panicats, marcando o início do Pânico na RedeTV!. Sua saída em 2011 para participar de A Fazenda 4 (RecordTV) não apagou as memórias do período em que o programa era um dos mais populares do país. Mesmo com o fim da atração na Band em 2017, o legado do Pânico permanece, assim como a importância de trazer à tona as questões de assédio e abuso enfrentadas pelas mulheres nos bastidores do entretenimento.

O relato de Dani Bolina reacende o debate sobre a necessidade de ambientes de trabalho seguros e respeitosos, onde a dignidade e a integridade física e emocional das mulheres sejam priorizadas.