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Desvende a 36ª Bienal de São Paulo: Uma Imersão Poética e Gratuita no Coração da Cultura!

Desvende a 36ª Bienal de São Paulo: Uma Imersão Poética e Gratuita no Coração da Cultura!

temp_image_1757175475.206498 Desvende a 36ª Bienal de São Paulo: Uma Imersão Poética e Gratuita no Coração da Cultura!

Desvende a 36ª Bienal de São Paulo: Uma Imersão Poética e Gratuita no Coração da Cultura!

Prepare-se para uma experiência cultural inesquecível! A 36ª Bienal de São Paulo abriu suas portas no icônico Parque Ibirapuera, convidando todos a um mergulho profundo na arte contemporânea e em reflexões sobre a humanidade. Com visitação totalmente gratuita até o dia 11 de janeiro, esta edição promete cativar e provocar, inspirada pela genialidade de uma das maiores vozes da literatura brasileira.

O Coração Poético da Bienal: Conceição Evaristo e a Calma Criativa

No cerne desta edição da Bienal de São Paulo, pulsa a sabedoria da escritora mineira Conceição Evaristo. Seu poema “Da calma e do silêncio” serviu como bússola para a curadoria, explorando a ideia de que a pressa é inimiga da criação e do processo de autodescoberta. A obra, frequentemente estudada em aulas de literatura, convida a um ritmo mais lento, à introspecção, e à busca pelos “mundos submersos” onde a poesia e a verdadeira essência das coisas se revelam.

Essa profunda conexão com a obra de Evaristo se manifesta no tema principal da 36ª Bienal: “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”. Dividida em seis capítulos envolventes, a exposição propõe um olhar sobre a humanidade como um vasto encontro de diferentes vivências e perspectivas.

A Curadoria e o Significado de “Viandante”

A escolha da palavra “viandante” para intitular a exposição não foi por acaso. Thiago de Paula Souza, um dos curadores da Bienal, revela que o termo, que remete àquele que caminha, despertou sua curiosidade. “Parecia que era um neologismo, mas era só uma falta de conhecimento meu de que a palavra realmente existe e está se perdendo o uso cotidiano”, afirma em entrevista.

Embora a tradução para o inglês como “traveler” (viajante) perca um pouco da estranheza e profundidade do original, a curadoria abraça essa nuance. “A estranheza também aparece em obras que não querem ser perfeitas, em que o belo não é o objetivo principal”, ressalta Souza, sugerindo que a Bienal busca transcender a mera estética para explorar a autenticidade e a complexidade da condição humana.

“Quando eu mordera a palavra”: Um Convite à Introspecção

Para sentir a essência da inspiração por trás da 36ª Bienal, vale a pena mergulhar em trechos do poema de Conceição Evaristo, que nos convida a desacelerar e observar:

Quando eu mordera palavra,
por favor, não me apressem,
quero mascar, rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo, para assim ver
se acharo âmago das coisas.

Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor, não me despertem,
quero reter, no adentro da íris,
a menor sombra, do ínfimo movimento.

Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor, não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar, deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas, há mundos submersos,
que só o silêncio da poesia penetra.

Este poema é um eco da proposta da Bienal: valorizar a pausa, o silêncio e a multiplicidade de caminhos que a humanidade pode percorrer, indo além das estradas convencionais e explorando os “mundos submersos” da existência.

Não Perca a Oportunidade!

A 36ª Bienal de São Paulo é mais do que uma exposição; é um convite à reflexão, à descoberta e ao diálogo com a arte e com a nossa própria humanidade. Aproveite a oportunidade de visitar gratuitamente este evento cultural grandioso no Parque Ibirapuera, um dos cartões postais de São Paulo, até 11 de janeiro. Deixe-se levar pela calma, pelo silêncio e pela poesia que permeiam cada canto desta edição!

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