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Filme The Old Guard 2 na Netflix: Charlize Theron Brilha, Mas a Sequência Ambiociosa Cumpre?

Filme The Old Guard 2 na Netflix: Charlize Theron Brilha, Mas a Sequência Ambiociosa Cumpre?

temp_image_1751697666.51819 Filme The Old Guard 2 na Netflix: Charlize Theron Brilha, Mas a Sequência Ambiociosa Cumpre?

Filme The Old Guard 2 na Netflix: Charlize Theron Brilha, Mas a Sequência Ambiociosa Cumpre?

A espera foi longa, mas finalmente o filme The Old Guard 2 chegou ao catálogo da Netflix. A sequência da popular adaptação dos quadrinhos de Greg Rucka e Leandro Fernandez traz de volta o time de guerreiros imortais liderado pela formidável Andy, interpretada por Charlize Theron. Mas será que, após cinco anos, esta continuação consegue reviver o impacto do original e justificar sua existência ambiciosa?

Ambição de Trilogia e o Ritmo do Filme

Uma das características mais notáveis e, talvez, controversas de The Old Guard 2 é sua clara intenção de ser o capítulo do meio de uma trilogia. Essa ambição se reflete em um ritmo curiosamente desacelerado no primeiro ato. O filme abre com uma sequência de ação intensa, mas logo pisa no freio, o que pode pegar alguns espectadores de surpresa, especialmente aqueles esperando a adrenalina constante de um filme estrelado por Charlize Theron no estilo de Mad Max: Estrada da Fúria ou Atômica.

A Direção e as Cenas de Ação

Essa escolha de ritmo e a estrutura narrativa parecem ser um reflexo direto da direção de Victoria Mahoney. Com vasta experiência em séries de TV (como Grey’s Anatomy e The Morning Show), Mahoney aborda The Old Guard 2 com uma mentalidade de economia. Há poucas sequências de ação grandiosas, e até mesmo as lutas parecem suavizadas, com cortes que escondem um pouco a fluidez que poderíamos esperar. É um trabalho que, embora competente em manter a história em movimento, parece focado em “esconder as costuras” de um orçamento talvez não tão generoso ou de uma visão que prioriza a palatabilidade.

Charlize Theron e Veronica Ngo Carregam o Filme

Felizmente, o que salva The Old Guard 2 de se tornar apenas um “episódio esticado” é a força de suas protagonistas. Charlize Theron continua impecável. Sua performance física é crua e visceral; ela não busca elegância, mas sim credibilidade em cada golpe e movimento. É um prazer inegável vê-la em ação. E ao seu lado, Veronica Ngo, retornando como Quynh, eleva o nível. Melhor utilizada aqui do que no primeiro filme The Old Guard, Ngo entrega uma presença poderosa e convincente, tornando-se uma oponente formidável para Andy, tanto na força quanto na intensidade dramática quando o ritmo diminui.

Coajuvantes Esquecidos e Temas Explorados

Infelizmente, nem todos brilham da mesma forma. O roteiro, assinado por Greg Rucka (saiba mais sobre o autor) ao lado de Sarah L. Walker, pouco faz com os coadjuvantes que tiveram destaque no filme anterior e dá ainda menos espaço para os recém-chegados, como Henry Golding e Uma Thurman. Eles passam pela tela sem deixar a marca esperada. Quanto aos dilemas da imortalidade, embora honestos, não trazem nada particularmente novo para quem já é fã do gênero.

Veredito: Uma Sequência Que Segura as Pontas

No fim das contas, The Old Guard 2 cumpre seu papel como uma continuação funcional e um passo em direção a uma possível trilogia. No entanto, falta o impacto e a energia do primeiro filme The Old Guard. A confiança em que o sucesso anterior carregaria a sequência parece ter levado a algumas apostas imprudentes, como o ritmo irregular e a subutilização de alguns talentos. Apesar das performances magnéticas de Charlize Theron e Veronica Ngo, o filme da Netflix segura as pontas, mas sem a força avassaladora que poderia ter. Resta saber se a audiência da plataforma abraçará essa sequência e garantirá o futuro da franquia.

Para mais detalhes sobre o filme, confira a página oficial no IMDb.

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