
GOAT Filme: A Verdade Chocante Por Trás do ‘Selo Jordan Peele’ e a Decepção de 2025

GOAT Filme: A Verdade Chocante Por Trás do ‘Selo Jordan Peele’ e a Decepção de 2025
Prepare-se para uma reviravolta no que você esperava de GOAT filme. A campanha de marketing, que habilmente associou o título ao renomado diretor Jordan Peele (de obras-primas como Corra! e Nós), criou uma expectativa gigantesca. Mas, antes de se empolgar, precisamos ser claros: GOAT não é um filme dirigido por Peele. Essa prática de “apadrinhamento” é comum em Hollywood, onde cineastas estabelecidos emprestam seu nome para dar visibilidade a talentos emergentes. O que acontece, no entanto, quando o “selo Peele” está no cartaz, mas a qualidade não está na tela? Nossa crítica de cinema mergulha fundo para desvendar a verdade por trás de GOAT, um dos títulos mais frustrantes de 2025.
O “Selo Peele” em Xeque: Uma Estratégia Que Não Se Sustenta
Não é a primeira vez que vemos essa estratégia. Diretores como James Wan (franquia Invocação do Mal) e Mike Flanagan (Missa da Meia-Noite) já utilizaram seu prestígio para apoiar novos projetos e diretores. No caso de GOAT, Jordan Peele apadrinha Justin Tipping (conhecido por Kicks). A expectativa natural do público é que, com o nome de Peele envolvido, o filme de terror ou thriller carregasse a mesma profundidade, crítica social e qualidade cinematográfica de seus trabalhos, ou ao menos se aproximasse do sucesso de A Lenda de Candyman, também produzido por ele e bem recebido pela crítica e público.
Lamentavelmente, a realidade de GOAT filme é bem diferente. O problema não é a ausência de Peele na cadeira de diretor, mas sim as falhas intrínsecas da própria obra. Apesar do marketing inteligente, o filme se perde em suas próprias ambições e acaba por entregar uma experiência vazia e previsível.
Ambição Sombria e o Preço da Glória no Mundo do Futebol Americano
A história de GOAT nos apresenta Cameron “Cam” Cade (Tyriq Withers), um jovem quarterback talentoso em busca da grandeza. Sua jornada é guiada pelo carismático, mas cada vez mais perturbador, Isaiah White (Marlon Wayans). A premissa é intrigante: o que alguém estaria disposto a sacrificar para se tornar o “Greatest Of All Time”? Para o público brasileiro, que demonstra um crescente interesse pelo futebol americano, a temática esportiva central era um atrativo a mais.
No entanto, o que deveria ser uma exploração profunda dos limites da ambição, da toxicidade do sucesso e da idolatria esportiva, se desfaz em um roteiro confuso, escrito a seis mãos. Muitas ideias são lançadas, mas nenhuma delas é desenvolvida com a profundidade necessária ou qualquer senso crítico. O potencial para um debate relevante sobre fama e sacrifício é sacrificado em prol de um espetáculo visual que, infelizmente, não preenche as lacunas narrativas.
Excesso Visual e Atuações Desconexas: Onde GOAT Filme Desliza
Um dos aspectos mais gritantes de GOAT filme é sua estética. O longa se assemelha mais a um videoclipe esteticamente exagerado do que a um filme de terror coeso. Cores vibrantes, efeitos visuais estimulantes, iluminação de balada em cenas internas e sol excessivo nas externas, som carregado… tudo parece pensado para viralizar em pequenos cortes no TikTok, e não para construir uma atmosfera imersiva. O simbolismo, ao invés de sutil e instigante, é literal e óbvio, quase didático, diluindo qualquer tentativa de profundidade.
As atuações seguem o mesmo padrão irregular. Marlon Wayans, em um papel intenso, acaba soando canastrão e caricato. Tyriq Withers, como protagonista, não consegue transmitir a complexidade necessária para carregar a narrativa, parecendo insosso. Julia Fox (de Joias Brutas) surge mais para desfilar um estilo exótico do que para contribuir significativamente com a trama, enquanto os coadjuvantes são esquecíveis. O elenco não consegue equilibrar o estilo visual pomposo e o simbolismo forçado, resultando em um filme que se explica demais, ao ponto de os personagens pararem para resumir a própria trama perto do final.
Veredito Final: GOAT Filme É Um Espetáculo Vazio de Conteúdo
Em resumo, GOAT filme é um espetáculo visualmente chamativo, mas narrativamente vazio. A sequência final, que tenta ser sanguinária, é tão plástica que falha em qualquer impacto. Embora haja ecos de filmes que abordam a obsessão pela fama, como A Substância, GOAT sequer arranha a superfície do debate proposto por títulos semelhantes. A estética extravagante, que por vezes remete a um comercial de perfumes de luxo, não compensa a previsibilidade, a superficialidade e a falta de desenvolvimento de personagens.
Quem esperava um filme de terror consistente ou uma reflexão elaborada sobre ambição e fama sairá profundamente decepcionado. A curiosa mistura entre esporte e terror, juntamente com o bom uso do efeito de raio X em alguns momentos, são os poucos pontos positivos, mas insuficientes para salvar a experiência. No fim das contas, GOAT é a prova de que nem todo “selo Jordan Peele” é, por si só, garantia de qualidade.
Compartilhar: