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Invencível: Análise Profunda, Violência e o Peso das Escolhas do Herói

Invencível: Análise Profunda, Violência e o Peso das Escolhas do Herói

temp_image_1742012471.169783 Invencível: Análise Profunda, Violência e o Peso das Escolhas do Herói


Invencível: Muito Além do Sangue – Uma Análise da Desconstrução do Herói

É crucial reiterar: a essência de Invencível reside na profundidade que sustenta a brutalidade exibida. A violência não é gratuita; ela impulsiona a narrativa, conferindo significado a cada confronto e intensificando o drama. Embora a série hesite em eliminar personagens secundários, sua força reside em explorar as consequências da ação.

Talvez a popularidade de Invencível se deva à sua abordagem gráfica e sequências de ação bem coreografadas. No entanto, analisar a batalha entre Mark e Conquest apenas sob essa ótica seria superficial. O que confere peso ao combate é o desenvolvimento dos personagens ao longo dos episódios, demonstrando a relevância de momentos cruciais.

A Temporada como um Todo

A season finale deve ser vista como a culminação do trabalho da temporada, focando no desenvolvimento dos personagens, especialmente Mark, Eve e Oliver. Debbie e Cecil, embora importantes, poderiam ter tido mais destaque na trama. A cada ataque de Oliver ou decisão de Eve, sentimos o desespero, mesmo sabendo que suas vidas raramente estão em risco. Mark, por sua vez, é constantemente testado, tanto física quanto emocionalmente.

O episódio ecoa momentos de tensão, onde o impacto visual mascara o peso emocional. Uma cena similar à do metrô ressurge, agora com um significado ainda maior devido às consequências que testemunhamos. Estaremos à beira de outro desastre?

A Ação e a Direção

A ação em Invencível é inegavelmente cativante. A animação e a direção atingiram um novo patamar de criatividade. A chegada de Oliver à batalha marca um ponto de virada, com enquadramentos vertiginosos e coreografias frenéticas que elevam o caos a um novo nível. É evidente que a produção reservou recursos significativos para este episódio, honrando o trabalho de Ryan Ottley e a mente perturbada de Robert Kirkman.

A direção dramática e a dublagem dos personagens são impecáveis, com destaque para Steven Yeun. A ameaça constante de Conquest adiciona tensão à narrativa. Ele personifica o pior pesadelo de Mark, com uma caracterização impecável e a atuação de Jeffrey Dean Morgan transmitindo sadismo e crueldade.

Críticas e Reflexões

Uma crítica possível é a ausência de baixas entre os personagens principais, o que poderia direcionar a série para um rumo mais sombrio. No entanto, a decisão de Kirkman é compreensível. A presença de Conquest marca o retorno à trama principal e a desconstrução de Mark, que enfrenta situações que desafiam seu idealismo e o forçam a questionar sua moralidade.

A temporada, mesmo com momentos aparentemente desconexos, contribui para o arco de Mark. Powerplex, Angstrom Levy e Conquest são antagonistas que o forçam a reavaliar o heroísmo.

Invencível – 3X08: Achei que Nunca Fosse Calar a Boca (Invincible – 3X08: I Thought You’d Never Shut Up) – EUA, 13 de março de 2025

Criado por: Robert Kirkman, Cory Walker, Ryan Ottley

Direção: Sol Choi

Roteiro: Robert Kirkman

Elenco: Steven Yeun, Sandra Oh, J.K. Simmons, Jason Mantzoukas, Gillian Jacobs, Zazie Beetz, Walton Goggins, Grey Griffin, Chris Diamantopoulos, Khary Payton, Jay Pharoah, Andrew Rannells, Ross Marquand, Seth Rogen, Sterling K. Brown, Eric Bauza, Clancy Brown, Cliff Curtis, Shantel VanSanten, Reginald VelJohnson, Luke Macfarlane, Calista Flockhart, Jeffrey Dean Morgan

Duração: 46 min.

Comecei minha jornada na Grand Line, passei pelo Templo de Ar do Leste, adentrei no Monte da Justiça, em Happy Harbour, e nadei nas profundezas de Atlântida. Entretanto, ainda estou em busca do One Piece. Durante minhas viagens, pude descobrir mundos nas imagens de quadrinhos, imaginá-los nas páginas de livros e vivenciá-los na tela de cinema. Ainda não cheguei a Laugh Tale, mas estou aproveitando o caminho.


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