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Jacob Elordi e a Criatura de Frankenstein: Revelações Exclusivas Sobre a Maquiagem que Desafia Expectativas no Filme de Guillermo del Toro

Jacob Elordi e a Criatura de Frankenstein: Revelações Exclusivas Sobre a Maquiagem que Desafia Expectativas no Filme de Guillermo del Toro

temp_image_1762806852.738423 Jacob Elordi e a Criatura de Frankenstein: Revelações Exclusivas Sobre a Maquiagem que Desafia Expectativas no Filme de Guillermo del Toro






Jacob Elordi e a Criatura de Frankenstein: Revelações Exclusivas Sobre a Maquiagem que Desafia Expectativas no Filme de Guillermo del Toro

O universo cinematográfico está em polvorosa com a aguardada adaptação de Frankenstein, de Guillermo del Toro, uma promissora produção da Netflix. Mas, entre todos os elementos que inflamam a curiosidade dos fãs e críticos, a transformação do aclamado ator Jacob Elordi no icônico papel da Criatura tem sido o epicentro das conversas. Longe de ser apenas um monstro aterrorizante, a visão por trás deste personagem complexo é uma ode à imperfeição e à alma humana, conforme revelado pelo gênio da maquiagem e efeitos especiais, Mike Hill.

A Criatura: Uma Alma Gentil em uma Aparência Frágil

Em uma entrevista exclusiva, Mike Hill, responsável pela primorosa caracterização, compartilhou que o objetivo primordial nunca foi conceber uma fera, mas sim um ser com uma essência terna, cuja forma física evoca a imagem de uma “estátua quebrada e colada”. Hill confessou a dualidade de sua responsabilidade: “É maravilhoso ouvir [a expectativa], mas também é muito assustador ao mesmo tempo, porque há muito peso nos meus ombros”.

“Mas criamos uma criatura que sentimos que se adequava ao nosso filme, à visão do Guillermo, e tenho muito orgulho do que fizemos. Não estávamos tentando fazer um monstro. Estávamos criando um personagem. Esta pessoa ainda era uma pessoa, e ela só era um monstro porque nós a percebíamos como um.” – Mike Hill.

Essa filosofia central promete uma interpretação profunda e empática da Criatura, fugindo dos estereótipos e mergulhando na complexidade da percepção humana sobre o “monstruoso”.

A Estética da Imperfeição: O DNA de Guillermo del Toro

A visão singular de Guillermo del Toro permeou cada detalhe do design. Hill explicou o método peculiar do diretor: “Geralmente ele diz o que não quer. É ótimo, não sei se ele percebe, mas ele frequentemente me diz ‘Eu não quero isso e não quero aquilo’, e a partir daí posso usar essa informação para construir o que ele possivelmente quer.”

O conceito central era a exaltação da beleza na imperfeição, inspirada em uma “estátua quebrada que colamos de volta”. A Criatura, sob essa ótica, mantém sua beleza intrínseca, mesmo com as “rachaduras” visíveis, simbolizando que a alma permanece intacta, apesar das marcas externas. A inspiração também se estendeu à época histórica, garantindo que o visual contasse uma história de criação artificial, não natural.

Jacob Elordi: O Rosto que Anima a Alma Despedaçada

A escolha do ator Jacob Elordi foi um verdadeiro trunfo para a equipe de caracterização. Hill revelou que o design foi meticulosamente construído em torno dos olhos de Elordi. “Cada design, cada linha, tinha que focar nos olhos do Jacob. É para onde devemos estar olhando.”

A estrutura facial robusta de Elordi foi um presente para os maquiadores. “Ele tem uma estrutura facial muito forte e boa. Ele é obviamente um homem muito forte e bonito. Então, essa foi uma ótima forma para colar borracha, porque não precisei lhe dar um queixo falso, pois ele já tinha um”, brincou Hill. O maquiador aproveitou a estrutura óssea natural do ator, adicionando maçãs do rosto elevadas, uma testa e sobrancelhas mais proeminentes. Um toque de homenagem ao clássico Boris Karloff, o primeiro Frankenstein do cinema, veio com uma protuberância no nariz. Além disso, foi necessário “envelhecê-lo um pouco, porque ele tinha somente 26 anos quando começamos este filme e eu senti que a criatura deveria ser um pouco mais velha”.

Um Desafio Hercúleo: O Processo de Transformação Artística

O processo de aplicação da maquiagem prostética era uma verdadeira maratona. Para as cenas padrão de cabeça e mãos, a equipe levava cerca de quatro horas e meia. Em ocasiões que exigiam o corpo completo, o tempo de aplicação podia se estender a impressionantes dez horas. “Nosso horário de chamada era meia-noite. Então, íamos dormir por volta das 19h, levantávamos à meia-noite, começávamos a colar a maquiagem no Jacob até de manhã e então trabalhávamos o dia todo e depois tirávamos. Era realmente exaustivo”, relatou Hill.

Para manter a motivação, o maquiador recorria a um mantra diário, lembrando-se da sorte de estar trabalhando em um projeto tão icônico: “Se não fosse você fazendo essa maquiagem nesse monstro, você estaria com muita inveja. E número dois: se você ouvisse uma pessoa reclamando que está cansada, você diria ‘quem se importa? Você está fazendo o monstro do Frankenstein’.”

Além da Criatura: A Genialidade de Hill em Outros Personagens

A maestria de Mike Hill não se limitou à Criatura. Ele também foi responsável pela maquiagem prostética que transformou Mia Goth em Claire Frankenstein, a mãe de Victor. “Tentei dar a ela a sobrancelha do Oscar [Isaac] e o tipo de nariz do Oscar para que ela se parecesse mais com ele”, revelou, destacando a inteligência narrativa de Del Toro: “É por isso que, quando Victor é adulto, ele é atraído pela Elizabeth porque vê sua mãe nela.”

Perda, Perdão e Criação: A Essência de Frankenstein

Refletindo sobre a narrativa central do filme, Hill enxerga uma profunda mensagem sobre responsabilidade e crescimento. “Como qualquer criança, quando você chega à idade adulta, você percebe e diz: ‘Não, não, não, isso nunca foi minha culpa. Eu era um bebê. Eu era uma criança. Você fez isso comigo? E agora você virou as costas para mim. Não vou aceitar isso’. Acho que essa é a moral da história: o perdão.”

Questionado se, como todo artista, gostaria de mudar algo em sua criação, Mike Hill foi filosófico: “Sim. Acho que todos os artistas olham para suas obras e dizem ‘faria diferente da próxima vez’. Mas acho que fizemos a criatura em tempo recorde. Foi como o personagem de Victor: esta foi minha primeira tentativa. E eu não tive tempo. E Victor também não.”

Uma Paixão Pela Criação: A Trajetória de Mike Hill

A paixão de Hill por monstros floresceu na infância, esculpindo figuras de argila. Sem uma indústria cinematográfica em sua cidade natal, ele começou vendendo suas esculturas, até que uma série de eventos o levou a Los Angeles e, finalmente, a uma parceria frutífera com Guillermo del Toro, que já rendeu trabalhos notáveis em “A Forma da Água” e “O Beco do Pesadelo”.

Com um elenco estelar que inclui Oscar Isaac, Jacob Elordi e Mia Goth, a adaptação de Mary Shelley de Guillermo del Toro promete ser uma obra-prima que redefine a percepção da Criatura e do próprio mito de Frankenstein. A antecipação é palpável para ver o resultado final do trabalho extraordinário de Mike Hill e a performance imersiva de Jacob Elordi, que certamente marcará a história do cinema.


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