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Peter Criss: O Catman Lança Novo Álbum e Reflete Sobre Carreira e Kennedy Center Honor

Peter Criss: O Catman Lança Novo Álbum e Reflete Sobre Carreira e Kennedy Center Honor

temp_image_1766582880.334142 Peter Criss: O Catman Lança Novo Álbum e Reflete Sobre Carreira e Kennedy Center Honor

Peter Criss: O Catman Lança Novo Álbum e Reflete Sobre Carreira e Kennedy Center Honor

A vida de Peter Criss, o icônico baterista original do Kiss, é uma verdadeira saga de resiliência e paixão. Conhecido mundialmente como o “Catman”, Criss não só sobreviveu a múltiplos desafios – de problemas pessoais a uma batalha contra o câncer de mama – como também renasce musicalmente. Em uma conversa exclusiva, ele compartilha suas emoções sobre o lançamento de seu primeiro álbum solo em 18 anos e a recente e monumental homenagem no Kennedy Center.

Um Retorno Triunfal: O Novo Álbum Solo de Peter Criss

No dia 19 de dezembro, véspera de seu 80º aniversário, Peter Criss presenteou seus fãs com o aguardado álbum “Peter Criss” (Silvercat Records). Este é o sexto trabalho solo de sua carreira e marca um retorno emocionante após quase duas décadas de silêncio discográfico. Co-produzido por Criss e Barry Pointer, o álbum de 11 faixas conta com a colaboração de músicos renomados como John 5 e Mike McLaughlin nas guitarras, Billy Sheehan no baixo e Paul Shaffer nos teclados. Piggy D, conhecido por seu trabalho com Marilyn Manson e Rob Zombie, também contribuiu no baixo em uma faixa e assinou a arte da capa, criando um pacote visual tão impactante quanto a música.

“Comecei este álbum lá por 2008”, revela Criss. “Guardo-o por um tempo, e durante a pandemia, meu amigo Michael McLaughlin me ligou e disse: ‘Cat, você devia ouvir o que começamos’. Foi então que percebi o quão bom era e que precisávamos terminá-lo.” O projeto, que foi resgatado e totalmente regravado, reflete a alma e o coração do baterista, que afirma ter se sentido como se tivesse 20 anos novamente durante o processo.

Kennedy Center Honor: Um Sonho Inimaginável para o Garoto do Brooklyn

Recentemente, o Kiss foi agraciado com o prestigiado Kennedy Center Honor, um dos mais altos reconhecimentos artísticos dos Estados Unidos. Para Criss, a experiência foi indescritível.

“Foi incrível. Eu sou um garoto das ruas do Brooklyn. Cresci em um apartamento sem água quente com sete de nós. Ir de um bairro difícil para o Salão Oval foi uma emoção e tanto”, conta Criss, que se declara um grande fã de história. “Você podia sentir as vibrações. A história, você a sente no ambiente. Foi avassalador, uma verdadeira honra.”

Ele reflete sobre a ironia de que, quando a banda começou nos anos 70 com maquiagem, cuspindo fogo e explodindo coisas, um reconhecimento como este parecia “nos sonhos mais loucos, nunca!”. Para Criss, que começou a tocar bateria aos 10 anos, este prêmio é o fruto de uma vida dedicada à música. “Trabalhei muito para este prêmio. Eu sou um músico e sempre serei. A música é o que importa para mim.”

Ao abordar as controvérsias políticas que cercaram o Kennedy Center este ano, Criss mantém sua postura apartidária: “Não sou político. Aprendi duas coisas na vida: nunca se meta em religião e política. Meu pai me ensinou isso.” Ele expressa orgulho em ser americano e na oportunidade que seu país oferece, destacando a singularidade de quatro garotos das ruas chegarem à Casa Branca para receber tal homenagem, sendo apenas a quinta banda a alcançar tal feito. Para saber mais sobre o Kennedy Center, visite o site oficial.

A Luta e a Homenagem a Ace Frehley

O reconhecimento no Kennedy Center veio com um sabor agridoce para Criss, devido à recente perda de Ace Frehley, seu “irmão” de banda, que faleceu em outubro. “É triste, agridoce. Sinto muita falta do meu irmão Ace; éramos extremamente próximos. Ainda estou de luto por ele. Ainda não consigo acreditar que ele se foi. Tem sido muito difícil”, confessa Criss. Na cerimônia, a esposa e a filha de Ace estiveram presentes, e a medalha de Ace foi colocada em sua cadeira vazia no evento, um gesto emocionante.

Criss recorda a última conversa com Ace, semanas antes de sua partida: “Ele estava tão animado; ‘Bem, Cat, não consigo acreditar que estamos recebendo este prêmio’. Ele estava realmente animado com isso.” Ace, que sempre foi um músico dedicado e lançou mais álbuns solo do que qualquer outro membro do Kiss, é lembrado com carinho e admiração por Criss.

O Coração e a Alma na Música: Planos Futuros

Sobre a criação do novo álbum, Criss afirma ter colocado “coração e alma” em cada nota. “Minha voz, ainda canto como um pássaro; sou muito sortudo. Senti que estava no controle e me divertindo. Você pode me ouvir rindo no disco.” O álbum, essencialmente um trabalho de rock, promete uma diversidade estilística, cumprindo a promessa de Criss aos fãs de entregar um disco de rock após “One for All” (2007).

E quanto a shows ao vivo? “Se o álbum realmente agradar os fãs, eu voltaria? Claro. Não me importaria de voltar ao palco, reunir os caras para fazer alguns shows. Por que não?” Apesar de o desafio físico de tocar bateria ter aumentado com a idade, Peter Criss mantém a forma e a paixão. “Ainda toco bateria algumas vezes por semana. Então, sim, espero que chegue a esse ponto.”

Indagado sobre a aposentadoria do Kiss de Gene Simmons e Paul Stanley, Criss se mantém reservado: “Minha mãe costumava dizer: ‘Você nunca sabe o que está virando a esquina’. Não sei sobre aqueles caras. Não mantemos contato. Estou feliz em acordar todos os dias, graças a Deus, e ir ao estúdio fazer música.”

A jornada de Peter Criss é um testamento de dedicação à arte e à vida, uma inspiração para fãs e músicos. Seu novo álbum é mais um capítulo em uma carreira lendária, reafirmando que o Catman tem, de fato, muitas vidas – e muita música para compartilhar.

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