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Studio Ghibli e IA: A Nova Febre da Inteligência Artificial Inspirada nas Animações Clássicas

Studio Ghibli e IA: A Nova Febre da Inteligência Artificial Inspirada nas Animações Clássicas

temp_image_1743198511.130807 Studio Ghibli e IA: A Nova Febre da Inteligência Artificial Inspirada nas Animações Clássicas

Studio Ghibli e IA: A Nova Febre da Inteligência Artificial Inspirada nas Animações Clássicas

Você provavelmente já se deparou com imagens que evocam a magia dos “desenhos japoneses antigos”. Esse estilo inconfundível, marca registrada do Studio Ghibli, responsável por animações icônicas das décadas de 1990 e 2000, ressurgiu com força total na internet, impulsionado pela mais recente atualização do ChatGPT da OpenAI.

A OpenAI liberou uma funcionalidade no ChatGPT que permite gerar imagens a partir de texto usando o modelo GPT-4o. Rapidamente, os usuários começaram a criar obras inspiradas no estúdio, desde memes até reinterpretações de momentos históricos. No entanto, a demanda foi tão grande que a empresa precisou desativar temporariamente essa função.

Sam Altman, CEO da OpenAI, brincou no X (antigo Twitter): “É super divertido ver as pessoas amando as imagens no ChatGPT. Mas nossas GPUs estão derretendo.” Ele anunciou a introdução de limites temporários para otimizar a eficiência do sistema.

A Polêmica e a Visão de Hayao Miyazaki

O entusiasmo em torno da “Ghibli Mania” reacendeu uma fala emblemática de Hayao Miyazaki, um dos fundadores do Studio Ghibli e mente por trás de obras como Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro e o recente vencedor do Oscar, O Menino e a Garça.

Em 2016, durante uma apresentação de tecnologias de inteligência artificial, Miyazaki expressou seu ceticismo. Sua declaração contundente ressaltou a falta de empatia por trás da criação dessas tecnologias, mencionando um amigo com deficiência e a dificuldade em realizar um simples “high-five”. Ele complementou dizendo que via a tecnologia como um insulto à vida e que nunca a incorporaria em seu trabalho.

O Legado Artístico do Studio Ghibli

O que torna o traço do Studio Ghibli tão único? A resposta está na meticulosa técnica de animação à mão. Cada quadro é desenhado individualmente, conferindo fluidez, organicidade e cores vibrantes às imagens. Essa abordagem, embora artisticamente recompensadora, é demorada e resulta em uma produção anual limitada de filmes. Para se ter uma ideia, em produções como Meu Amigo Totoro, os animadores entregam cerca de um minuto de animação por mês, resultando em 12 minutos por ano para um filme de 1 hora e 26 minutos.

O Futuro da Arte e da IA

A febre do Studio Ghibli impulsionada pela IA levanta questões importantes sobre o futuro da arte, a criatividade e o papel da tecnologia. Será que a inteligência artificial pode realmente capturar a essência e a alma das obras de arte tradicionais? O debate está aberto e promete render discussões acaloradas nos próximos anos.

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