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Arsenal de Sarandí em Queda Livre: Crise Institucional e Risco de Descenso no Futebol Argentino

Arsenal de Sarandí em Queda Livre: Crise Institucional e Risco de Descenso no Futebol Argentino

temp_image_1746827233.878441 Arsenal de Sarandí em Queda Livre: Crise Institucional e Risco de Descenso no Futebol Argentino

A Queda Inesperada do Arsenal de Sarandí: Crise Sem Precedentes

O futebol argentino tem sido palco de histórias épicas e quedas surpreendentes. No momento, os holofotes (negativos) se voltam para o Arsenal de Sarandí. Longe dos dias de glória que o consagraram como um clube modelo e vencedor, a equipe do Viaducto atravessa a mais profunda crise de sua história recente, mergulhando em um poço que parece não ter fim.

Aquela imagem de um Arsenal de Sarandí competitivo, que se manteve na elite por quase duas décadas e conquistou títulos de peso como a Copa Sul-Americana de 2007, a Suruga Bank de 2008, o Clausura de 2012, a Supercopa Argentina e a Copa Argentina de 2013, parece pertencer a um passado distante. A realidade atual é brutalmente diferente após o descenso há duas temporadas.

Gestão Sob Ataque e Problemas Institucionais

A crise se intensificou nos últimos cinco meses, período que coincide com a chegada de Lara Grondona, neta do histórico dirigente Julio Grondona, ao comando do clube. Os problemas institucionais se acumularam, refletindo diretamente no dia a dia do Arsenal de Sarandí.

O sintoma mais visível e preocupante é a situação dos funcionários do clube. Com diversos meses de salários atrasados, eles iniciaram um protesto, paralisando suas atividades e, em um gesto drástico, ameaçando não abrir os portões do estádio para a próxima partida. A poucas horas do confronto pela 14ª rodada da Primera Nacional contra o Gimnasia y Tiro de Salta, a incerteza paira sobre Sarandí. E não são apenas os funcionários: parte do elenco profissional, comandado pelo técnico Darío Franco, também estaria com vencimentos pendentes.

Panorama Esportivo Desolador

Se a situação financeira é caótica, o desempenho em campo não fica atrás. O Arsenal de Sarandí ostenta uma marca negativa alarmante: é o único clube da Primera Nacional que ainda não conquistou uma vitória sequer no ano de 2025. Atualmente, a equipe amarga a lanterna da Zona A com pífios seis pontos em 13 jogos.

O grande medo dos torcedores do Arse é um novo descenso, desta vez para a Primera B. Uma categoria que o clube não disputa desde 1992. 33 anos depois, a possibilidade de voltar para a terceira divisão argentina é real e assusta. Embora ainda falte muito campeonato (13 de 36 rodadas), a falta de reação da equipe dentro de campo agrava o cenário e mantém o fantasma do descenso cada vez mais próximo.

Desde a queda da elite em 2023, o desempenho na Segunda Divisão tem sido decepcionante. Dos 51 jogos disputados na Primera Nacional, o Arsenal de Sarandí venceu apenas nove, todos em 2024. Com um elenco jovem e sem grandes nomes, o clube parece perdido, refletido também na alta rotatividade de técnicos: foram cinco mudanças nos últimos dois anos na tentativa frustrada de reencontrar o caminho.

Resta saber se Darío Franco será o sexto a tentar, ou se conseguirá encontrar uma saída para o labirinto em que o Arsenal de Sarandí se encontra. A esperança dos torcedores é a única coisa que ainda resiste diante de um cenário tão sombrio.

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