
Clima Extremo na Copa do Mundo de Clubes: Jogos São Paralisados e Acendem Alerta para 2026

Clima Extremo na Copa do Mundo de Clubes: Jogos São Paralisados e Acendem Alerta para 2026
A Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos tem apresentado um desafio inesperado: a interferência do clima. Diversos jogos da Copa do Mundo de Clubes foram afetados por paralisações significativas, levantando questões importantes sobre a segurança e o ritmo das competições.
Até o momento, seis dos 56 confrontos do torneio precisaram ser interrompidos devido a alertas de condições climáticas severas. Em partidas como o embate entre Benfica e Chelsea, a espera se estendeu por quase duas horas. Essa situação, compreensivelmente, gerou críticas entre os treinadores, que veem o ritmo e a concentração dos jogadores serem quebrados.
O Protocolo Americano: Segurança em Primeiro Lugar
Essas paralisações não ocorrem por acaso. Elas seguem um rigoroso protocolo de segurança em vigor nos Estados Unidos, desenhado para proteger atletas, equipes e torcedores. Esse protocolo é padrão no país, aplicado não apenas em eventos esportivos como a MLS e NFL, mas também em grandes shows e aglomerações públicas.
Como Funcionam as Paralisações?
O sistema se baseia no serviço de previsão chamado Nowcasting, que monitora a evolução de condições climáticas extremas com antecedência. Quando um alerta é emitido para a área do estádio, um “unified command” é ativado. Essa estrutura de resposta a incidentes, composta por representantes dos bombeiros, meteorologistas, segurança da FIFA e do estádio, além do diretor da partida, é quem toma a decisão de paralisar o jogo.
A retomada da partida só é permitida 30 minutos após o último raio ser detectado em uma distância segura do estádio. Embora essencial para a segurança pública, essa pausa forçada é vista por muitos como um fator que compromete a dinâmica e a competitividade do jogo.
O técnico do Chelsea, Enzo Maresca, expressou sua frustração: “Interrompe o ritmo… Isso não é algo que deveria acontecer… Entendo que seja por fins de segurança, mas se você suspende seis, sete ou oito jogos, talvez este não seja o lugar para fazer a competição.”
Impacto para a Copa do Mundo de 2026
A grande questão que surge é: essa situação se repetirá na Copa do Mundo de 2026? Os Estados Unidos sediarão o próximo Mundial, em conjunto com México e Canadá, em um período similar do ano.
A FIFA, em contato com a imprensa, minimizou a preocupação imediata, afirmando que o protocolo americano é conhecido e será respeitado. Contudo, a entidade admitiu que o tema das paralisações pode ser considerado na definição dos horários dos jogos para 2026.
É importante notar que apenas um dos cinco estádios da Copa de Clubes que sofreram paralisações (o MetLife Stadium, em Nova Jersey) será utilizado no Mundial de 2026. No entanto, as sedes escolhidas para 2026 não estão imunes ao risco.
Especialistas em clima apontam que tempestades com raios são mais frequentes no leste dos EUA. Das 11 cidades-sede americanas para a Copa do Mundo de 2026, oito estão nesta área de maior risco:
- Boston
- Nova Jersey
- Filadélfia
- Atlanta
- Miami
- Kansas City
- Dallas
- Houston
O Estádio de Atlanta, por exemplo, que receberá jogos em 2026, já enfrentou alertas de raios durante a Copa de Clubes. Felizmente, possui um diferencial crucial: um teto retrátil que, ao ser fechado, pode minimizar ou até evitar atrasos em caso de mau tempo, como visto no jogo entre Borussia Dortmund e Monterrey, que transcorreu sem problemas apesar das condições externas.
Enquanto a segurança é, sem dúvida, a prioridade máxima, a ocorrência de tantas paralisações na Copa do Mundo de Clubes serve como um alerta para os organizadores do Mundial de 2026. A necessidade de respeitar os protocolos climáticos americanos pode se tornar um fator logístico complexo, especialmente em rodadas que exigem jogos simultâneos, impactando diretamente a fluidez e a experiência do torneio mais importante do futebol mundial.
Para saber mais sobre segurança em relação a raios, consulte as informações da NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration (em inglês).
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