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Crise no Corinthians: Presidente Interino Assume e Encontra “Terra Arrasada” nas Finanças

Crise no Corinthians: Presidente Interino Assume e Encontra “Terra Arrasada” nas Finanças

temp_image_1748394943.580048 Crise no Corinthians: Presidente Interino Assume e Encontra "Terra Arrasada" nas Finanças

Crise no Corinthians: Presidente Interino Assume e Encontra “Terra Arrasada” nas Finanças

O Sport Club Corinthians Paulista vive um momento de turbulência, não apenas nos gramados, mas principalmente nos bastidores financeiros. O novo presidente interino, Osmar Stabile, que assumiu o comando após o afastamento de Augusto Melo, fez um diagnóstico alarmante da situação do clube, descrevendo o cenário encontrado como uma verdadeira “terra arrasada”.

Finanças do Corinthians em Estado Crítico

Em suas primeiras declarações à imprensa, Osmar Stabile não poupou palavras para detalhar os desafios urgentes que sua gestão de transição precisará enfrentar. A esfera financeira, juntamente com as áreas jurídica e administrativa, é apontada como a mais crítica. A principal dor de cabeça? A flagrante falta de dinheiro em caixa para honrar os compromissos imediatos do clube.

A expressão “terra arrasada” ganha contornos mais claros na fala do presidente interino ao abordar a dificuldade de encontrar recursos para pagamentos essenciais. “A gente começa pela questão financeira… ‘Terra arrasada’ é porque temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir”, explicou Stabile, ressaltando que a falta de caixa é o maior obstáculo no momento.

O Urgente Desafio do Profut

Entre os compromissos mais prementes, o pagamento da parcela do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) surge como uma grande preocupação. O Corinthians tem uma parcela milionária de R$ 3 milhões a vencer, e a ausência de fundos em caixa impede que esse pagamento seja realizado.

O vice-presidente Armando Mendonça reforçou a gravidade da situação, contrastando-a com as informações supostamente repassadas pela gestão anterior, que indicavam um “caixa em ordem”. “Isso não é verdade”, afirmou Mendonça, evidenciando a situação financeira delicada e a magnitude dos compromissos pendentes.

A situação no Profut é particularmente perigosa. O Timão já contabiliza duas parcelas atrasadas do parcelamento de dívidas. O não pagamento da próxima parcela de R$ 3 milhões resultaria na exclusão do clube do programa, trazendo como consequência direta o retorno dos bloqueios judiciais, que complicariam ainda mais a já frágil situação financeira.

Osmar Stabile e sua equipe reconhecem que a recuperação exigirá intenso trabalho e dedicação. “Não temos uma varinha de condão para mudar de imediato”, disse Stabile, indicando que a solução dos problemas, embora necessária e urgente, não será instantânea. A promessa é de um trabalho árduo e com “arrojo” para reorganizar a casa, apesar do curto período de gestão.

A crise nas finanças do Corinthians é um reflexo dos desafios estruturais enfrentados por muitos clubes no futebol brasileiro e coloca em evidência a necessidade de uma gestão fiscal rigorosa para garantir a sustentabilidade a longo prazo.

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