ESCÂNDALO: Apostador Confessa Saber de Cartão de Bruno Henrique (Flamengo) e Faz Acordo

A Confissão que Abalou o Mundo das Apostas Esportivas

Em um desdobramento chocante da investigação sobre manipulação em apostas esportivas, um apostador confessou ter conhecimento prévio de que Bruno Henrique, atacante do Flamengo, receberia um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, realizada em novembro de 2023. A confissão veio à tona em uma audiência virtual como parte de um acordo de não persecução penal com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT).

O Acordo e a Revelação Explosiva

Douglas Ribeiro Pina Barcelos foi identificado como um dos indivíduos que apostaram no cartão amarelo de Bruno Henrique. Em troca de não ser processado criminalmente, Barcelos concordou em cumprir 360 horas de serviço comunitário e pagar uma multa de R$ 2.322,13. Há ainda a possibilidade de uma multa maior caso ele comprove residência no exterior. A condição principal do acordo foi a confissão explícita:

“Presente acordo de não persecução penal tem por objeto fatos relacionados à obtenção e tentativa de obtenção de vantagem indevida em prejuízo de empresas de aposta on-line […] Empresas que foram induzidas e mantidas em erro mediante meio fraudulento consistentes no cadastramento de palpites sobre eventos secundários da partida entre a equipe do Clubes de Regatas do Flamengo e o Santos Futebol Clube no dia 1 de novembro de 2023 […] cuja ocorrência seria provocada de forma criminosa e lhe foi previamente informada”

Questionado diretamente pelo promotor, Douglas Barcelos foi enfático: “Confirmo”.

A Trama por Trás do Cartão Amarelo

A investigação aponta que o próprio Bruno Henrique teria informado ao seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, na véspera do jogo, que forçaria o cartão amarelo. O objetivo seria cumprir suspensão na partida seguinte, contra o Fortaleza, e estar “zerado” para o confronto direto pelo título contra o Palmeiras.

Wander, por sua vez, teria repassado essa informação privilegiada a um grupo de amigos, que então realizaram as apostas. O grupo de 10 acusados identificados pela Polícia Federal incluía, além de Douglas Barcelos e Wander Nunes Pinto Júnior, a esposa de Wander, a prima de Bruno Henrique e outros amigos do irmão do jogador.

Enquanto Douglas Barcelos aceitou o acordo com o MP, Bruno Henrique, seu irmão e os demais acusados não aceitaram propostas similares e continuam respondendo judicialmente. Bruno Henrique e Wander foram denunciados por estelionato e fraude em evento esportivo.

A Posição da Defesa de Bruno Henrique

Em nota, a defesa do atacante do Flamengo classificou a denúncia como “inteiramente insubsistente” e “manifestamente aproveitadora”, sugerindo que o momento da divulgação (coincidindo com a lista do Super Mundial de Clubes da FIFA) foi escolhido estrategicamente.

A defesa reafirmou que “as indevidas acusações formuladas serão técnica e imediatamente refutadas no processo”.

Impacto e Contexto Atual

A confissão do apostador lança mais luz sobre a gravidade da investigação que envolve um dos principais jogadores do Flamengo e do futebol brasileiro. Enquanto o processo judicial segue, Bruno Henrique está nos Estados Unidos com a delegação rubro-negra, se preparando para a disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

O caso reforça a necessidade de vigilância e rigor no combate à manipulação de resultados e à fraude em apostas esportivas, um tema que tem ganhado destaque e preocupação no cenário esportivo mundial. Para saber mais sobre o tema de apostas esportivas e integridade no esporte, você pode consultar portais de notícias confiáveis como o UOL Esporte.