ESCÂNDALO: Áudio Vazado de Petraglia Acusa Atlético-MG de ‘Calote’ por Tomás Cuello e Outros Clubes

Uma bomba caiu no futebol brasileiro com o vazamento de um áudio atribuído a Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico-PR. Na gravação que circulou em grupos de mensagens nesta quarta-feira (07/05/2025), o mandatário rubro-negro faz acusações sérias de falta de pagamento (o popular ‘calote’) por parte de grandes clubes em negociações de jogadores. Entre os citados estão Corinthians, Vasco, Fluminense e, notavelmente, o Atlético-MG, este último no que se refere à transferência do jogador Tomás Cuello.

A autenticidade do áudio foi confirmada pelo próprio Petraglia à reportagem, revelando as preocupações financeiras do clube paranaense, especialmente em relação a pagamentos esperados de transferências.

O Caso Tomás Cuello e a Acusação Contra o Atlético-MG

Um dos pontos mais destacados no áudio é a situação envolvendo o ponta-direita Tomás Cuello. Segundo Petraglia, o Atlético-MG, que adquiriu o jogador, não efetuou nenhum pagamento referente à transferência, mesmo com parcelas já vencidas. A negociação por Tomás Cuello teria movimentado cerca de R$ 36 milhões, um valor significativo cujos pagamentos seriam essenciais para o fluxo de caixa do Athletico.

A acusação levanta sérias questões sobre a saúde financeira dos clubes e o cumprimento de contratos no mercado interno, algo que, na visão de Petraglia, impacta diretamente o planejamento do Athletico para a temporada de 2025.

Outras Negociações Sob Questionamento

Além do caso de Tomás Cuello, o áudio de Petraglia menciona outras pendências financeiras:

• Vasco: Citado em relação ao zagueiro Léo (mencionado como Léo Pereira no áudio, mas confirmado como Léo pelo clube). Petraglia fala sobre o impacto da Recuperação Judicial do Vasco no plano de pagamento de dívidas, que afeta o recebimento pelo Athletico. O volante Hugo Moura, também negociado com o Vasco, seria outra pendência (valor aproximado de R$ 9,6 milhões), embora parte deste valor já tenha sido pago.
• Corinthians: Mencionado pela falta de pagamento referente à venda de Alex Santana, realizada no ano anterior (valor aproximado de R$ 12 milhões).
• Fluminense: Citado inicialmente por não ter pago a primeira parcela da transferência de Canobbio, tendo efetuado apenas um valor parcial (valor total da negociação aproximado em R$ 37 milhões).

O Contraponto: Fluminense Nega Dívida

Após a divulgação do áudio, o Fluminense se manifestou publicamente. O vice-presidente Mattheus Montenegro utilizou as redes sociais para negar a dívida, afirmando que o clube está rigorosamente em dia com os pagamentos ao Athletico. Posteriormente, o próprio Athletico-PR emitiu uma nota oficial confirmando que, de fato, o Fluminense está em dia com a compra de Canobbio, indicando um equívoco na informação inicial do áudio vazado.

Contexto Financeiro do Athletico e a Dívida da Arena

No mesmo áudio, Petraglia também aborda a complexa questão da dívida da reforma da Arena da Baixada (atual Ligga Arena) para a Copa do Mundo de 2014. Ele critica a Prefeitura de Curitiba pela não venda dos títulos de potencial construtivo, o que força o Athletico a arcar sozinho com o débito total. Essa situação, combinada com as alegadas pendências de outros clubes, aumenta a preocupação do presidente com a saúde financeira do Furacão.

O vazamento deste áudio expõe as tensões e desafios financeiros que permeiam o futebol brasileiro, colocando em evidência a dificuldade no cumprimento de compromissos mesmo entre grandes clubes e lançando luz sobre a negociação de Tomás Cuello, agora no centro desta polêmica.