
Escândalo no Boca Juniors: Irmão de Riquelme é Acusado de Ameaça e Agressão

O mundo do futebol argentino foi pego de surpresa por uma grave denúncia que coloca o nome Riquelme no centro de um furacão. Cristian Riquelme, irmão do ídolo e atual presidente do Boca Juniors, Juan Román Riquelme, está sendo acusado de ameaças, assédio e agressão física por Paula Seminara, sócia e membro da assembleia do clube pela oposição.
O caso, que começou nos Estados Unidos e agora ecoa na justiça argentina, adiciona uma camada de crise e tensão aos bastidores de um dos maiores clubes do mundo. Vamos desvendar todos os detalhes dessa polêmica.
O Estopim da Confusão: O Que Aconteceu em Nashville?
O incidente teria ocorrido em 24 de junho, durante um jogo do Boca Juniors em Nashville, nos EUA. Segundo o relato de Paula Seminara, ela estava sozinha em uma arquibancada quando foi abordada por Cristian Riquelme, conhecido como “Chanchi”, que estava acompanhado por cerca de 10 a 15 pessoas da delegação oficial do clube.
Seminara alega que o conflito começou quando ela filmava um jogador no camarote e Cristian interpretou que estava sendo gravado. A partir daí, a situação teria escalado rapidamente.
“Ele me disse de tudo: ‘Putita, olhe bem o que você vai filmar, continue gravando as assembleias e vai se dar mal, e avise ao seu namorado que ele também vai se dar mal, puta’. Fiquei tão desconcertada que fiquei muito nervosa”, relatou Paula Seminara em entrevista.
A denunciante afirma que, além dos insultos misóginos, houve contato físico. “Em um momento, tentei pará-lo e disse ‘pare, pare!’, e ele apoiou dois dedos no meu ombro e me empurrou para trás”. O episódio a levou a registrar uma queixa na polícia local e, posteriormente, a ampliar a denúncia no Ministério Público de Buenos Aires, solicitando medidas de proteção.
A Versão de Cristian Riquelme: Negação e Contra-Ataque
Do outro lado da história, o entorno de Cristian Riquelme nega veementemente as acusações. A defesa alega que a denúncia tem motivações políticas, visando manchar a imagem da gestão de Juan Román Riquelme.
- Negação dos Fatos: Afirmam que não houve insultos, ameaças ou qualquer tipo de agressão física.
- Motivação Política: Ligam a denúncia ao fato de Seminara ser uma voz ativa da oposição e ter um relacionamento anterior com um jornalista crítico à gestão Riquelme.
- Ação Judicial: Anunciaram que irão processar Paula Seminara por calúnia e difamação, buscando uma resolução rápida do caso.
Eles sustentam que Cristian apenas pediu a Seminara que parasse de filmá-lo de forma insistente e que, até o momento, não receberam nenhuma notificação oficial da justiça sobre o caso.
Guerra nos Bastidores e a Questão da Violência de Gênero
Paula Seminara tem uma longa trajetória no Boca Juniors e atualmente representa a minoria na Assembleia de Representantes, sendo uma figura de oposição à gestão de Riquelme. Ela afirma que o episódio em Nashville foi “a gota d’água” após meses de suposta perseguição, incluindo a exposição de fotos de seu filho em redes sociais.
O caso levanta um debate crucial sobre a violência de gênero no ambiente do futebol, um espaço ainda predominantemente masculino e, muitas vezes, hostil para as mulheres. A denúncia de Seminara, se comprovada, expõe uma faceta sombria que transcende a rivalidade política do clube.
Enquanto a justiça investiga, o Boca Juniors permanece em silêncio oficial. A situação, no entanto, adiciona mais um problema para a gestão de Juan Román Riquelme, que já enfrenta uma crise de resultados dentro de campo. Agora, o desafio é também gerenciar um escândalo que afeta diretamente sua família e a imagem da instituição.
Se você ou alguém que conhece está passando por uma situação de violência, procure ajuda. No Brasil, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 oferece apoio e orientação.
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