Júnior Santos no Atlético-MG: De Artilheiro a Alvo de Críticas – O que Deu Errado?

A chegada de Júnior Santos ao Atlético-MG no início de 2025 foi celebrada como um golpe de mestre no mercado da bola. O atacante, artilheiro da Libertadores pelo Botafogo, desembarcou em Belo Horizonte cercado de expectativas e com um investimento pesado de R$ 47,3 milhões (cerca de US$ 8 milhões). Contudo, o que parecia ser o início de uma parceria de sucesso transformou-se, em poucos meses, em uma fonte de frustração para a torcida e tema de debates acalorados na imprensa esportiva.

Uma Contratação de Peso, um Rendimento Leve

Os números de Júnior Santos no Botafogo em 2024 eram impressionantes: 20 gols e 4 assistências em 50 jogos, além de atuações decisivas que o colocaram no topo da artilharia da Libertadores. Era esse jogador que o Galo acreditava estar contratando. A realidade, no entanto, tem sido bem diferente.

• Jogos pelo Atlético-MG: 20
• Gols: Apenas 2
• Assistências: Apenas 2

Essa queda drástica de rendimento não passou despercebida, gerando uma onda de críticas que questionam não apenas a performance, mas também o alto valor investido pelo clube.

“Apanhando da Bola”: A Análise da Imprensa

A pressão sobre Júnior Santos ganhou voz na mídia especializada. Durante o programa Seleção SporTV, o jornalista André Rizek foi direto ao ponto, expressando uma opinião que ecoa entre muitos torcedores e analistas.

“Quando o Atlético contrata o Júnior Santos, ele também imagina que vai trazer algo próximo do melhor Júnior Santos do Botafogo, não o Júnior Santos do Fortaleza. E, cara, o Júnior Santos está apanhando da bola. Você vê, assim, você não reconhece o jogador que jogou tanto pelo Botafogo.”

André Rizek, jornalista

A fala de Rizek resume o sentimento de estranheza: o jogador em campo com a camisa do Galo parece uma sombra do atleta dominante que brilhou no Rio de Janeiro.

Futuro Incerto e o Próximo Desafio Crucial

Em meio às críticas, surgiram rumores sobre um possível retorno ao Botafogo. Questionado sobre o assunto, Júnior Santos adotou um tom diplomático, mas não escondeu o carinho pelo ex-clube. “Se aconteceu de verdade, fico alegre tanto pelo Botafogo, pelo carinho que eu tenho lá”, afirmou, destacando o retorno esportivo e financeiro que proporcionou ao time carioca.

Agora, a urgência para uma reviravolta é máxima. O Atlético-MG tem um confronto decisivo contra o Flamengo, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A tendência, no entanto, é que o atacante inicie a partida no banco de reservas, um reflexo claro de seu momento delicado.

A grande questão que fica no ar para a torcida atleticana é: será que Júnior Santos conseguirá reencontrar seu melhor futebol e justificar o investimento milionário, ou sua passagem pelo Galo será lembrada como uma grande decepção? A resposta começará a ser desenhada nos próximos jogos.