
Prévia da MLS: Análise Completa do Confronto LAFC x St. Louis City SC

Prévia da MLS: LAFC x St. Louis City SC – Um Confronto de Momentos Contrastantes
O Sunday Night Soccer, apresentado pela Continental Tire, aterrissa novamente em Los Angeles, desta vez no coração de South Central. O LAFC, imerso em um processo de reformulação, recebe um St. Louis CITY SC que ainda busca encontrar seu poder de fogo no ataque. Este confronto pela MLS promete revelar muito sobre o futuro de ambas as equipes (7 pm ET | MLS Season Pass, Apple TV+).
LAFC: A Necessidade de Provar Algo
A “repaginação” do LAFC surge após sua eliminação na Concacaf Champions Cup – permitindo agora foco total na liga – e a notícia impactante de que o técnico Steve Cherundolo deixará o clube ao final da temporada. A expectativa é ver uma equipe jogando com algo a provar, o que faz todo sentido dada a situação.
Desde seu início, o LAFC estabeleceu um padrão elevado de sucesso, primeiro com Bob Bradley e depois com Cherundolo. Sob o comando deste último, o clube alcançou feitos impressionantes desde 2022:
- Duas finais da MLS Cup (vencendo uma);
- Um Supporters’ Shield (2022);
- Uma US Open Cup (2023);
- Finalista da Concacaf Champions Cup (2023) e Leagues Cup (2024);
- Participação na Campeones Cup (2023);
- Líder da Conferência Oeste na temporada regular (2023).
É um histórico de sucesso insano, embora, às vezes, o foco recaia mais nas falhas nas finais ou no estilo de jogo menos “artístico” (sim, estou falando de mim!). A notícia da saída de Cherundolo deve injetar uma nova urgência no time, que certamente desejará dar uma despedida digna a um técnico tão vitorioso. E para o LAFC, isso significa apenas uma coisa: mais troféus.
Embora ainda seja abril, a equipe está a apenas sete pontos do ritmo do Supporters’ Shield. Isso indica que eles estão firmemente na disputa, contanto que comecem a vencer os jogos que deveriam.
St. Louis CITY SC: Prova de Conceito Sob Dúvida
Com o St. Louis, a questão é menos “algo a provar” e mais “prova de conceito”. A defesa, sob o comando do novo técnico Olof Mellberg, claramente melhorou. Era a prioridade máxima, e mesmo com o goleiro Bürki lesionado (após dois anos sendo super-humano), houve uma evolução defensiva legítima e mensurável.
No entanto, essa melhora veio à custa da produtividade ofensiva. Jogadores como Hartel, Cedric Teuchert e Simon Becher, que causaram impacto na chegada no meio da temporada passada, mal deixaram sua marca neste ano. Parte disso se deve a lesões (Teuchert) e ausências (Hartel jogando mais recuado), mas uma parte maior, e talvez mais significativa, reside na abordagem avessa ao risco de Mellberg, tanto no modelo de jogo quanto na seleção da equipe.
Adicione a isso uma aparente relutância em apostar em jogadores jovens (ninguém com menos de 24 anos entrou em campo até a 8ª rodada), e não demorou para os torcedores começarem a expressar descontentamento. E, honestamente, é compreensível.
Análise Tática e Destaques
Sob Bradley, o LAFC era o time de posse de bola por excelência na MLS. Com Cherundolo, tornaram-se mais diretos e pragmáticos, sacrificando posse e criatividade no meio para explorar o contra-ataque. Se lhes permitem jogar em um bloco baixo e sair em velocidade, eles aceitarão de bom grado – e provavelmente punirão o adversário, especialmente com Bouanga, um dos atacantes mais eficazes em campo aberto que a liga já viu.
Contudo, as equipes adversárias se adaptaram a essa tática nos últimos 18 meses, forçando o LAFC a redescobrir o conforto na posse. Isso tem sido um trabalho em andamento, pois jogadores como Jesus, Mark Delgado e Timothy Tillman não são criadores de chances natos. A formação padrão 4-3-3 (com um 5-2-3 guardado) tem sido um tanto estéril, a menos que consigam atrair oponentes para frente com posse paciente desde a defesa.
A defesa do LAFC ainda é boa, embora talvez não tanto quanto no ano passado, e a equipe geralmente evita cometer erros bobos (ignorando as falhas recentes, claro!). A grande questão no ataque é se Olivier Giroud, uma contratação de peso, conseguirá finalmente ser o organizador ofensivo e segundo armador que o time precisa, liberando espaço para Bouanga e outros. Até agora, a esperada química, especialmente com Bouanga e o jovem David Martínez, simplesmente não se concretizou.
Para o St. Louis, a nova estrutura defensiva em 3-4-2-1 (uma transição do 4-2-2-2 / 4-2-3-1) tem sido eficaz. Ninguém sofreu menos gols na liga (seis) e os números subjacentes de gols esperados contra também são bons. O sacrifício, como mencionado, foi na iniciativa ofensiva.
Mellberg exige verticalidade agressiva e imediata quando a oportunidade aparece, o que depende de jogadores como Löwen (ou Hartel) estarem na bola para abrir o jogo. Hartel tem encontrado a bola mais nos últimos jogos, o que é positivo. Mas os alas/wingbacks não têm cumprido sua parte, resultando em poucas ações de drible (apenas 13 take-ons por jogo, taxa de sucesso de 36.9% – números muito baixos para um sistema com alas ofensivos).
A boa notícia é que houve progresso recente, começando com a meia hora final na derrota por 2-1 para o Crew e continuando no empate sem gols contra Vancouver. É provável que haja poucas mudanças na escalação inicial do St. Louis, mas a inclusão de David Martínez desde o apito inicial no LAFC seria uma surpresa positiva, dada a sua qualidade.
O Que Esperar?
Este jogo LAFC x St. Louis City SC coloca frente a frente uma equipe buscando reacender sua faísca ofensiva e reafirmar seu status (LAFC) contra outra que solidificou sua defesa, mas ainda tenta destravar seu ataque (St. Louis). A capacidade do LAFC de furar o bloco defensivo do St. Louis e a habilidade do St. Louis de explorar os espaços deixados pelos anfitriões serão cruciais. Será um teste interessante para a fase atual de ambos os clubes na MLS.
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