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Roberto Baggio: O ‘Divin Codino’ Abre o Coração em Entrevista Reveladora

Roberto Baggio: O ‘Divin Codino’ Abre o Coração em Entrevista Reveladora

temp_image_1749948629.695377 Roberto Baggio: O 'Divin Codino' Abre o Coração em Entrevista Reveladora

Roberto Baggio: O ‘Divin Codino’ Abre o Coração em Entrevista Reveladora

Roberto Baggio, um dos nomes mais reverenciados e queridos da história do futebol, voltou aos holofotes recentemente como o convidado especial do podcast BSMT, apresentado por Gianluca Gazzoli. O episódio, intitulado de forma poética e cheia de admiração como «Dio esiste e ha il codino!» (Deus Existe e Tem o Codino!), reflete a profunda estima do apresentador por um jogador que transcendeu rivalidades e cores de camisas, unindo fãs pelo talento e uma humanidade ímpar.

Durante a conversa sincera, descrita por Gazzoli como um “bate-papo”, diversos capítulos marcantes da vida de Roberto Baggio foram revisitados: o fim da carreira, o fatídico pênalti na final da Copa do Mundo de 1994 em Pasadena, sua jornada no Budismo, a relação especial com o técnico Carlo Mazzone em Brescia e até mesmo o recente e traumático assalto que sofreu.

O Adeus aos Gramados e a Luta Contra a Dor

Ao ser questionado se costuma rever as imagens de sua despedida dos gramados, há pouco mais de 21 anos em San Siro, vestindo a camisa do Brescia, Roberto Baggio respondeu com um sorriso melancólico:

Evito, imediatamente me vem a nostalgia e fico mal. Teria gostado de jogar mais, mas depois de cada partida meus joelhos inchavam e eu precisava parar. Minha forte paixão me impulsionava. Quando parei, para mim, foi quase uma libertação por causa das minhas dores físicas.

Uma declaração que revela não apenas o amor pelo jogo, mas também o sofrimento físico que marcou o final de sua brilhante carreira.

A Profunda Conexão com Carlo Mazzone

Gianluca Gazzoli mencionou Carlo Mazzone como “um dos últimos treinadores do futebol passional”. Roberto Baggio não poupou elogios ao seu ex-técnico no Brescia:

Tenho uma lembrança maravilhosa do mister que me treinou em Brescia, sobretudo pelo seu modo de ser, franco, sincero e direto. Por ele, eu daria a vida.

Uma demonstração da lealdade e respeito por uma figura paterna no futebol.

Quem Baggio Gostaria de Treinar Hoje?

Perguntado sobre quais treinadores do futebol moderno ele gostaria de ter jogado sob o comando, o ‘Divin Codino’ citou três nomes de peso, sendo dois deles ex-jogadores do Brescia:

  • Pep Guardiola
  • Roberto De Zerbi
  • Simone Inzaghi

Momentos de Terror: O Assalto em Casa

Um dos momentos mais tensos da conversa foi quando Baggio relatou o assalto que sofreu em sua casa de campo há cerca de um ano. Ele acredita que os assaltantes sabiam que a propriedade era dele e descreveu os terríveis momentos de violência:

Desintegraram tudo e apontaram a arma contra meu filho para saber onde estava o cofre, que nem temos. Sinto grande raiva e agora entendo as pessoas que tentam fazer justiça sozinhas.

O Pênalti de 94: A Única Cicatriz?

Apesar de uma carreira repleta de glórias, Roberto Baggio confessou não ter arrependimentos, exceto por um único episódio, que ficou gravado na memória de todos os fãs de futebol, especialmente dos italianos: o pênalti perdido na final da Copa do Mundo de 1994 contra o Brasil.

Ele revelou que sonhou muitas vezes com aquela partida desde pequeno, como se fosse seu destino, mas o final do sonho nunca foi o que aconteceu na realidade. Com uma sinceridade dolorosa, Baggio afirmou que preferia ter perdido a final por 3 a 0.

Mais Que Um Craque: Um Ser Humano Sensível

Conhecido por sua bondade e sensibilidade, Baggio sempre demonstrou essas características. Ele relembrou a época em que jogava pela Fiorentina e retirava seus cheques salariais, mas não os descontava porque sentia vergonha e culpa pelo pouco tempo em campo devido às constantes lesões. Um verdadeiro homem de outros tempos, cuja grandeza vai muito além das quatro linhas.

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