Seattle SuperSonics: A Nostalgia do Título de 1979 e Uma Visão Inesperada Sobre o Thunder

Seattle SuperSonics: A Nostalgia do Título de 1979 e Uma Visão Inesperada Sobre o Thunder

Para muitos amantes de basquete em Seattle, a menção a Seattle SuperSonics evoca imediatamente uma onda de nostalgia, misturada com um sentimento de perda ainda latente. A equipe, que marcou época na cidade, mudou-se para Oklahoma City, tornando-se o OKC Thunder. Essa transição deixou um vazio para os fãs, que por anos viram outras cidades desfrutarem da emoção da NBA sem que Seattle tivesse seu time.

É como perder algo precioso e ver que outra pessoa agora desfruta exatamente do que você amava, talvez até com mais sucesso. Essa perspectiva leva muitos fãs originais dos Sonics a torcerem contra o Thunder, impulsionados por uma mágoa compreensível.

O Ápice da Glória: O Título de 1979

Mas, em vez de focar na perda, que tal relembrar os momentos de glória? O ano era 1979. O dia, 1º de junho. Os Seattle SuperSonics conquistavam o inesquecível título da NBA. Para quem vivenciou aquilo em Seattle, a lembrança é vívida e emocionante, como se tivesse acontecido ontem.

A cidade explodiu em festa. Carros buzinando sem parar na Alki Beach, pessoas dançando nas ruas, bares e calçadas, abraçando completos estranhos. Naquele momento, as diferenças desapareceram. Idade, gênero, cor, etnia, religião, classe social… nada disso importava. Durante uma semana inteira, a cidade de Seattle sentiu-se como uma só, unida pelo orgulho de seu time e sua conquista.

O time campeão, sob o comando do lendário técnico Lenny Wilkens, contava com talentos que gravaram seus nomes na história dos Sonics:

• Jack Sikma
• Lonnie Shelton
• John Johnson
• Dennis Johnson
• Gus Williams
• Freddie Brown (o ‘Downtown’)
• Paul Silas

Nomes que talvez não ressoem para as novas gerações de fãs de basquete, mas que para os torcedores de Seattle representam heróis e um tempo de pura felicidade.

A Surpreendente Perspectiva Sobre o Thunder

Diante dessa história, seria natural assumir que todo fã dos Seattle SuperSonics desejaria o fracasso do OKC Thunder. Afinal, eles ‘levaram’ nosso time. No entanto, a perspectiva de alguns vai além da rivalidade imposta pela mudança.

Um nativo de Seattle, como o renomado artista John Costacos (criador de muitos pôsteres esportivos icônicos dos anos 80 e 90), surpreendentemente demonstra um ponto de vista diferente. Em vez de torcer contra o Thunder, ele expressa apoio!

Sua lógica? Desejar que os torcedores de Oklahoma City possam sentir a mesma alegria indescritível e a união que Seattle experimentou em 1979. Essa sensação de ver seu time no topo e celebrar com toda a cidade é algo tão poderoso que ele deseja que outros também possam vivenciá-la.

Apesar da perda dos Sonics, Costacos pontua um ‘empate’ curioso na história: Seattle deu seu time a Oklahoma, mas recebeu um ícone como Steve Largent (lenda do futebol americano dos Seahawks, vindo de Oklahoma). Uma forma de encontrar um equilíbrio, talvez?

Independentemente das complexidades emocionais envolvidas, a história dos Seattle SuperSonics e seu título de 1979 continua a ser um capítulo brilhante no basquete e na memória de Seattle. E a atitude de desejar o bem, mesmo para o time que surgiu da saída do seu, mostra que o esporte, em sua essência, pode inspirar sentimentos que superam a rivalidade.