
SP Open: O Retorno Triunfal do Tênis Feminino ao Brasil e o Legado de Maria Esther Bueno

SP Open: O Retorno Triunfal do Tênis Feminino ao Brasil e o Legado de Maria Esther Bueno
Após um hiato de nove anos, a elite do tênis feminino mundial está de volta ao Brasil! A partir deste sábado (6), o aguardado SP Open toma conta do icônico Parque Villa-Lobos, em São Paulo, trazendo toda a emoção de um torneio WTA 250. Este evento não é apenas uma competição; é um marco significativo para o esporte nacional, que já vibrou com a maestria de lendas como a incomparável Maria Esther Bueno, e que agora vê uma nova e promissora geração de talentos despontar, liderada pela estrela brasileira Beatriz Haddad Maia.
Bia Haddad Maia: Liderando a Nova Geração no SP Open
As atenções se voltam para Bia Haddad Maia, a principal cabeça de chave do torneio e atual número 22 do ranking mundial. Embora 2025 não tenha sido sua temporada mais consistente até o momento, com dez vitórias e 23 derrotas, a paulistana chega com uma motivação inigualável: jogar em casa, diante de sua família e amigos. Para Bia, esta é uma oportunidade rara e profundamente pessoal, conforme ela mesma expressou:
“Sou muito ligada à minha família, então essa com certeza é a minha maior motivação, estar na frente de amigos e familiares, que muitas vezes não têm a oportunidade de me ver quando eu viajo. Eles me veem muito pela televisão e vão poder me ver de perto também.”
Bia Haddad almeja transformar a pressão em carinho, prometendo lutar por cada ponto em busca do título. O SP Open também será um palco para outras talentosas tenistas brasileiras, evidenciando a força e a profundidade do nosso tênis. Além de Bia, a chave principal contará com Laura Pigossi (106ª), recente campeã no Pan de Santiago, e Carolina Meligeni Alves (243ª).
Jovens promessas como Luiza Fullana (463ª), Ana Candiotto (605ª), Naná Silva (1117ª) e Victoria Barros (1143ª) receberam convites, garantindo a chance de enfrentar grandes nomes do circuito e vivenciar a atmosfera de um evento de alto nível. No qualifying, que definirá as últimas quatro vagas, o Brasil será orgulhosamente representado por Luisa Stefani e Pietra Rivoli, campeã do Roland Garros Junior Series, fortalecendo ainda mais a vitrine de talentos nacionais.
Um Impulso Vital para o Tênis Brasileiro
O retorno de um evento WTA 250 ao Brasil é de suma importância para o contínuo desenvolvimento do tênis no país. Carol Meligeni, sobrinha do ícone Fernando Meligeni, sublinha a relevância:
“A competição contribui para o desenvolvimento do tênis, porque, além de ser uma oportunidade para as mais novas estarem nesse ambiente, com jogadoras de nível muito alto, também para a gente, que já está no circuito há vários anos, poder jogar em casa, ter essa experiência num torneio grande, um WTA no Brasil, ajuda a dar visibilidade para o esporte.”
Com uma premiação total de US$ 275 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) e 250 pontos no ranking mundial para a campeã, o SP Open é o quarto principal nível no circuito internacional. É uma chance de ouro para as jogadoras brasileiras acumularem pontos cruciais e ganharem experiência valiosa em um ambiente de alta competitividade.
A jovem Naná Silva, de apenas 15 anos, que começou a treinar no próprio Parque Villa-Lobos, é um testemunho vivo do impacto inspirador do torneio. Ela reflete:
“São Paulo merece receber um torneio deste nível, que representa um marco importante para o tênis brasileiro. Estou muito ansiosa para entrar em quadra com a torcida da minha família, dos meus amigos e de todos os que sempre me apoiam.”
Sua participação em um WTA 250 em casa é a concretização de um sonho e serve de espelho para muitas outras meninas aspirantes.
Público Entusiasta e Desafios Superados
O entusiasmo do público foi inquestionável: os ingressos para o SP Open esgotaram em impressionantes duas horas após a abertura das vendas, em junho. Esse fenômeno reflete o crescente interesse pelo esporte no Brasil, impulsionado tanto pelo desempenho de jovens talentos masculinos, como João Fonseca, quanto, claro, pela visibilidade que Bia Haddad e outras atletas femininas trazem ao cenário.
Apesar da euforia, o torneio enfrentou alguns desfalques notáveis. Jogadoras como a tunisiana Ons Jabeur (ex-número 2 do mundo) e a norte-americana Hailey Baptiste, inicialmente anunciadas, precisaram desistir para priorizar a saúde mental, um tema cada vez mais reconhecido e relevante no esporte de alta performance.
Contudo, mesmo com as ausências, a chave principal promete grandes embates, contando com nomes de peso como a argentina Solana Sierra (74ª), a filipina Alex Eala (75ª) e a australiana Ajla Tomljanovic (79ª), garantindo partidas emocionantes e de alto nível técnico.
Destaques nas Duplas e o Legado que Continua
Na competição de duplas, o Brasil também se destaca com talentos no top 100, incluindo Luisa Stefani (24ª), Bia Haddad (30ª) e Ingrid Martins (70ª). A parceria entre a húngara Timea Babos e Luisa Stefani, que brilhou ao chegar às quartas de final do US Open, promete ser um dos pontos altos do torneio. Outra dupla promissora é a formada por Bia Haddad e a jovem Ana Candiotto, que fará sua emocionante estreia em um torneio WTA de duplas.
“Vai ser muito especial, é um momento que vou lembrar para sempre. É uma honra dividir a quadra com uma pessoa que admiro muito”, disse Candiotto, evidenciando a atmosfera de camaradagem, inspiração e aprendizado que o torneio proporciona.
O SP Open é mais do que um torneio de tênis; é um capítulo vibrante na rica história do tênis brasileiro. Ao celebrar a ascensão de novos talentos e o esforço incansável de atletas como Bia Haddad, o evento reverencia e perpetua o legado de gigantes como Maria Esther Bueno, cujo nome ecoa no International Tennis Hall of Fame (Saiba mais sobre Maria Esther Bueno). Este torneio não só inspira as futuras gerações a empunhar a raquete e sonhar alto, mas também fortalece o tênis feminino brasileiro. Acompanhe toda a emoção e torça pelos nossos talentos!
Para mais informações sobre o circuito e as jogadoras do tênis mundial, visite o site oficial da WTA Tour.
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