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Adeus, Whopper? Burger King Encerra Operações na Argentina Após 36 Anos!

Adeus, Whopper? Burger King Encerra Operações na Argentina Após 36 Anos!

temp_image_1759536289.305313 Adeus, Whopper? Burger King Encerra Operações na Argentina Após 36 Anos!

Adeus, Whopper? Burger King Encerra Operações na Argentina Após 36 Anos!

Uma notícia que movimenta o mercado de fast-food na Argentina e surpreende os fãs: o Burger King Argentina está de saída. Após 36 anos servindo o famoso Whopper e conquistando paladares, a rede norte-americana anunciou o encerramento definitivo de suas operações no país. A decisão, confirmada pelo grupo mexicano Alsea, responsável pela franquia, faz parte de uma estratégica de desinvestimento regional que promete redefinir o cenário gastronômico local.

Um Adeus Após Décadas de História

Desde sua chegada em 1989, com o primeiro restaurante no tradicional bairro de Belgrano, em Buenos Aires, o Burger King construiu uma trajetória sólida, expandindo-se para 116 unidades em 11 distritos argentinos, incluindo a província de Mendoza. Apesar de ser a terceira maior rede de hambúrgueres do país, atrás apenas do gigante McDonald’s e da forte marca local Mostaza, a operação no país vizinho será descontinuada.

O fechamento do Burger King na Argentina representa o fim de uma era para muitos consumidores e um marco importante na estratégia da Alsea.

A Estratégia Por Trás da Decisão da Alsea

O grupo mexicano Alsea, que detém a franquia do Burger King na Argentina desde 2006, é um conglomerado de peso no setor, administrando também marcas globais como Starbucks, Domino’s e The Cheesecake Factory. A decisão de desinvestir no Burger King não é novidade para a empresa. Em dezembro de 2024, a Alsea já havia vendido 54 lojas do Burger King na Espanha para o fundo inglês Cinven, um movimento claro para concentrar investimentos em marcas consideradas mais rentáveis.

Nos bastidores, a prioridade da Alsea para a América do Sul é clara: fortalecer o crescimento do Starbucks. A rede de cafeterias já possui uma presença robusta na Argentina, com 133 unidades, e deve receber foco redobrado para expandir ainda mais sua capilaridade e lucratividade na região. Este é um exemplo notável de como grandes grupos fazem o que é chamado de desinvestimento regional para otimizar seus portfólios.

O Cenário Competitivo e a Queda do Gigante

Apesar de seu legado, o Burger King Argentina enfrentava dificuldades para manter o ritmo da concorrência nos últimos anos. Até 2018, a rede ocupava a vice-liderança no setor de fast-food, mas foi ultrapassada pela Mostaza, uma marca local que soube conquistar o público e consolidar sua posição. Desde então, o Burger King permaneceu em terceiro lugar no ranking.

A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a situação. A queda nas vendas e o fechamento de pontos estratégicos, como o restaurante da icônica esquina das ruas Corrientes e Florida em 2019, já indicavam um cenário desafiador. A venda do Burger King Argentina parecia uma questão de tempo diante de um mercado tão dinâmico e competitivo.

Quem Pode Assumir as Operações do Burger King?

Com a saída iminente do Burger King da Argentina, a expectativa agora gira em torno de quem assumirá as 116 unidades. O banco BBVA foi encarregado de conduzir o processo de venda das lojas, e nomes de peso do setor gastronômico já aparecem como potenciais compradores:

  • Inverlat: Fundo de investimentos conhecido por ser dono de marcas como Havanna e ex-operador de Wendy’s e KFC.
  • Desarrolladora Gastronómica: Holding que controla importantes redes como Kentucky, Sbarro, Chicken Chill e Puni.
  • Int Food Services: Grupo equatoriano com experiência na administração de franquias como o KFC em outros países da região.

A negociação ainda está em andamento, e a Alsea mantém o silêncio oficial, reiterando que “toda comunicação será feita exclusivamente por canais institucionais”. A incerteza paira, mas o mercado fast-food argentino aguarda ansiosamente pelos próximos capítulos desta história.

O Futuro do Fast-Food na Argentina

A saída do Burger King, uma das maiores marcas de hambúrguer do mundo, certamente deixará um vácuo no mercado argentino. Resta saber como os novos players irão se posicionar e qual será o impacto dessa mudança para os consumidores. Será que veremos um novo gigante se consolidar, ou a fragmentação do mercado dará espaço para novas propostas? Uma coisa é certa: o cenário está prestes a mudar.

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