
Bebês Reborn que Valem Ouro: Artista de Campinas Fatura R$ 300 Mil/Mês com Bonecas Hiper-Realistas

De Enfermeira a Mestra dos Bebês Reborn: A Jornada de Sucesso que Fatura R$ 300 Mil
Imagine bonecas tão perfeitas que parecem respirar. Esse é o universo de Alana Nascimento, uma artista de Campinas (SP) que transformou o hobby de criar bebês reborn em um negócio próspero, chegando a faturar incríveis R$ 300 mil em meses de alta demanda.
Há 22 anos, Alana trocou o jaleco da enfermagem, largando a faculdade no último semestre, pela arte delicada e meticulosa de dar vida a bonecas hiper-realistas. Suas criações não são simples brinquedos: elas podem interagir, ‘mamando’, ‘fazendo xixi’ e até tomando banho, com preços que variam de R$ 750 a R$ 10 mil.
O Fenômeno dos Bebês Reborn que Conquistou a Internet e a TV
O talento de Alana não passou despercebido. Ela se tornou um dos destaques em uma reportagem do Fantástico que explorou o fascinante mundo dos bebês reborn, desde colecionadores ávidos até as peculiares ‘maternidades’ que simulam partos.
Além da televisão, Alana viralizou nas redes sociais. Um de seus vídeos no TikTok, plataforma onde seu perfil acumula milhões de curtidas, alcançou a marca de 5,3 milhões de visualizações, mostrando a impressionante realidade de suas bonecas.
Do Hobby ao Império Criativo: O Caminho de Alana
Tudo começou como um passatempo. Alana, que tinha formação técnica em enfermagem e trabalhou como babá, customizava bonecas comuns. Com o tempo e a paixão crescendo, ela decidiu investir cada centavo ganho em materiais de qualidade e cursos de pintura, aprimorando suas técnicas para criar as bonecas realistas pelas quais é conhecida hoje.
Sua primeira exposição em um shopping local, com apenas 12 peças, foi um sucesso inesperado. O retorno a incentivou a abrir sua própria loja física em 2009. A grande inovação veio durante a pandemia: a ‘Maternidade de Bonecas’. Utilizando incubadoras reais restauradas, a loja simula a experiência de um nascimento, com direito a cordão umbilical e ‘enfermeiras’ auxiliando no ‘parto’ simbólico da nova boneca reborn, uma ideia que impulsionou ainda mais as vendas.
A Magia por Trás da Criação Hiper-Realista
O processo de criação de um bebê reborn é uma verdadeira obra de arte que exige paciência e precisão:
- Materiais: Utilização de vinil ou silicone de alta qualidade para a base.
- Pintura: Aplicação de 10 a 20 camadas finas de tinta, com cada camada sendo ‘curada’ no forno, para replicar as nuances e tons da pele de um bebê real.
- Implantação do Cabelo: Os fios de cabelo, extremamente finos, são implantados um a um com agulhas especiais, um processo manual e demorado.
Uma única boneca pode levar até três semanas para ser finalizada. O custo de produção também varia, podendo chegar a R$ 6 mil para os modelos mais elaborados. Com o auxílio de uma equipe, Alana produz de 10 a 20 bonecas por mês, abastecendo o crescente mercado de bonecas realistas.
Mais que Brinquedos: O Toque Terapêutico dos Bebês Reborn
Os clientes de Alana vão muito além de colecionadores e crianças. Muitas pessoas encontram conforto e até um efeito terapêutico nas bonecas reborn.
- Alana relata o caso de uma cliente que cuidou de um bebê reborn por dois anos, encontrando nele uma forma de lidar com a dificuldade de engravidar, até que finalmente realizou o sonho da maternidade.
- Ela também criou bonecas com feridas simuladas para uma ONG, ajudando mães de crianças com doenças raras da pele a aprenderem a fazer curativos em casa, demonstrando o potencial das bonecas como ferramentas de ensino e apoio emocional. (Se disponível, um link para um artigo sobre o poder terapêutico de bonecas ou atividades manuais seria inserido aqui)
Críticas e Respeito: Lidando com o Lado Sombrio da Fama
Com a popularidade crescente nas redes sociais, vêm também as críticas. Alana conta que já foi chamada de ‘louca’ e acusada de tentar ‘substituir Deus’ por criar bonecas tão realistas.
Ela lida com isso com serenidade, reforçando que seu trabalho é uma forma de arte reborn e que, para muitos, tem um significado profundo e terapêutico. “O reborn é 8 ou 80. Ou a pessoa ama, ou odeia. Mas o importante é respeitar”, afirma.
Conciliar a arte com a vida pessoal não é fácil para Alana, mãe de trigêmeos, mas com apoio familiar e profissional, ela segue dedicando-se a criar esses pequenos pedaços de arte que encantam e, para muitos, oferecem conforto e companhia.
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