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CSNA3: Ações Despencam Após Balanço do 1T25, Mas Analistas Mantêm Visão Mista. Entenda!

CSNA3: Ações Despencam Após Balanço do 1T25, Mas Analistas Mantêm Visão Mista. Entenda!

temp_image_1747061635.786307 CSNA3: Ações Despencam Após Balanço do 1T25, Mas Analistas Mantêm Visão Mista. Entenda!

CSNA3: Ações Despencam Após Balanço do 1T25, Mas Analistas Mantêm Visão Mista. Entenda!

O mercado financeiro reagiu com quedas significativas às divulgações de resultados da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), negociada sob o ticker CSNA3, e de sua subsidiária CSN Mineração (CMIN3) referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25). Apesar do recuo nas ações, a visão geral dos analistas aponta para um cenário de resultados mistos para as companhias.

A Queda Pós-Balanço: CSNA3 e CMIN3 em Desvalorização

Após a divulgação dos balanços na noite da última quinta-feira (8), as ações CSNA3 registraram forte baixa de 9,87%, encerrando o dia cotadas a R$ 8,68. No mesmo movimento, as ações CMIN3 também recuaram, com queda de 4,72%, para R$ 5,82. Essa reação inicial do mercado já era antecipada por alguns analistas, como o Goldman Sachs, que projetava uma recepção de neutra a negativa, principalmente devido à atenção voltada para a queima de caixa e o desafio da desalavancagem da CSN.

Resultados do 1T25: Pontos Fortes e Fracos

A análise dos resultados revela diferentes perspectivas entre os segmentos de negócio da CSN:

  • EBITDA Acima do Esperado: O Bradesco BBI destacou que o EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado da CSN alcançou R$ 2,509 bilhões, superando em cerca de 7% as projeções do banco e 4% o consenso de mercado. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelas divisões de minério de ferro e aço.
  • Minério de Ferro Sólido: O segmento de minério de ferro apresentou volumes de vendas recordes para um primeiro trimestre (9,6 milhões de toneladas) e uma redução no custo caixa (C1/tonelada) de 11% na base anual. A projeção de produção para 2025 (42,0 a 43,5 milhões de toneladas) foi reiterada.
  • Aço com Números Operacionais Bons: Apesar da sazonalidade, a divisão de aço também mostrou resultados operacionais sólidos. Volumes de vendas acima do esperado e custos estáveis contribuíram para um EBITDA de R$ 485 milhões. No entanto, o Itaú BBA notou custos ligeiramente mais altos nesse segmento.
  • Cimento Abaixo das Expectativas: O segmento de cimento foi o ponto fraco, impactado por um ambiente competitivo mais acirrado que pressionou os preços realizados.

O Ponto de Alerta: Fluxo de Caixa e Alavancagem

Apesar do bom desempenho operacional em alguns segmentos, a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da CSN (holding) foi, mais uma vez, negativa (-R$ 173 milhões no 1T25, ou aproximadamente R$ 2 bilhões segundo o Goldman Sachs). Elevadas despesas com juros e investimentos (capex) pesaram no resultado financeiro da empresa. A alavancagem, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA, manteve-se em níveis considerados altos por parte do mercado (3,3 vezes no dado reportado, ou 4,2 vezes incluindo arrendamentos e pré-pagamentos segundo o Goldman Sachs).

O Goldman Sachs, em sua análise, projeta uma queima de caixa significativa para a CSN, estimada em R$ 5,4 bilhões para o ano de 2025 e uma queima substancial nos próximos três anos. Essa perspectiva, combinada com o custo de capital elevado no atual cenário de juros no Brasil, sustenta a visão mais cautelosa do banco.

CSN Mineração (CMIN3): Um Cenário Diferente

O desempenho da CSN Mineração (CMIN3) no 1T25 apresentou particularidades. O EBITDA ajustado, embora menor sequencialmente (-29%), registrou alta de 27% na comparação anual e superou as expectativas do Itaú BBA e do Bradesco BBI. A grande diferença em relação à CSN holding foi a geração de fluxo de caixa livre positiva (R$ 546 milhões), impulsionada por fatores como menor necessidade de capital de giro e menores despesas financeiras. A posição de caixa líquido da CMIN3 diminuiu ligeiramente devido ao efeito cambial, mas a alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) permaneceu em um patamar confortável e negativo (-0,65 vez).

Recomendações do Mercado para CSNA3 e CMIN3

Diante desse quadro, as recomendações dos principais bancos de investimento para as ações CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) se posicionam da seguinte forma:

  • XP Investimentos: Mantém visão Neutra para CSNA3, citando cautela com preços de minério de ferro, alta alavancagem da CSN e desafios no mercado doméstico (aço e cimento).
  • Bradesco BBI e Itaú BBA: Mantêm recomendação Neutra para CSNA3, com preços-alvo de R$ 9 e R$ 12, respectivamente.
  • Goldman Sachs: Reitera recomendação de Venda (Sell) para CSNA3, com preço-alvo de R$ 7,70, justificando pela alavancagem elevada, alta necessidade de capex e avaliação pouco atrativa para ambas as empresas (CSNA e CMIN).
  • Itaú BBA: Mantém recomendação de Venda para CMIN3, com preço-alvo de R$ 5,50.

Em suma, a queda das ações CSNA3 e CMIN3 reflete as preocupações do mercado com os desafios financeiros da holding, especialmente a queima de caixa e a alavancagem. No entanto, a performance operacional sólida dos segmentos de minério de ferro e aço, e a situação mais confortável da CSN Mineração (CMIN3) em termos de caixa e alavancagem, trazem nuances a esse cenário. Investidores seguem atentos aos próximos passos das companhias e à evolução do ambiente macroeconômico e setorial.

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