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Golpe Milionário Abala o Pix: BC Suspende Três Instituições Após Desvio de Dinheiro

Golpe Milionário Abala o Pix: BC Suspende Três Instituições Após Desvio de Dinheiro

temp_image_1751690516.833779 Golpe Milionário Abala o Pix: BC Suspende Três Instituições Após Desvio de Dinheiro

Golpe Milionário Abala o Pix: BC Suspende Três Instituições Após Desvio de Dinheiro

O sistema de pagamentos instantâneos mais popular do Brasil foi abalado por um grande incidente de segurança. O Banco Central (BC) decidiu suspender cautelarmente do Pix a operação de três instituições financeiras: Transfeera, Soffy e Nuoro Pay. A medida drástica veio após suspeitas de que essas plataformas teriam recebido recursos desviados em um ataque contra a C&M Software, empresa que atua na intermediação de pagamentos.

Milhões em Risco: A Dimensão do Desvio

O ataque à C&M Software não foi um incidente pequeno. O desvio de dinheiro atingiu valores que, inicialmente, chegaram a ultrapassar os R$ 800 milhões. A BMP digital bank, uma fintech que fornece contas digitais e serviços financeiros para outras empresas, parece ter sido o principal alvo, com um prejuízo estimado em aproximadamente R$ 541 milhões.

A gravidade da situação levou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) a classificar o evento como a “maior invasão de dispositivo eletrônico” já registrada no Brasil.

As Instituições Suspensas e Suas Reações

As três instituições suspensas pelo BC operam de formas distintas no Pix:

  • Transfeera: Confirmou a suspensão temporária da funcionalidade Pix, mas garantiu que os demais serviços continuam operando normalmente. A empresa é autorizada pelo BC e afirmou estar colaborando com as autoridades, ressaltando que nem a instituição nem seus clientes foram diretamente afetados pelo incidente original.
  • Soffy e Nuoro Pay: Participam do Pix em parceria com outras instituições. Ambas também tiveram suas operações no sistema instantâneo bloqueadas.

O objetivo do Banco Central com a suspensão é claro: proteger a integridade e garantir a segurança do sistema de pagamentos brasileiro enquanto a apuração do envolvimento das instituições suspeitas é realizada. A suspensão cautelar pode durar até 60 dias, conforme previsto no Artigo 95-A da Resolução 30, de 2020, a “lei do Pix”.

Não Foi Hacker? A Surpreendente Revelação da Investigação

Inicialmente tratado como um ataque hacker sofisticado, a investigação ganhou um novo rumo com a prisão de um funcionário da própria C&M Software, que confessou participação no esquema. As evidências apontam que o incidente foi facilitado internamente, utilizando técnicas de engenharia social – ou seja, manipulação para obter informações confidenciais – para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso. Isso sugere que a falha não esteve diretamente nos sistemas ou na tecnologia da C&M, mas sim na segurança humana.

Quem Paga a Conta? O Desafio do Ressarcimento

Com um volume tão grande de dinheiro desviado, a questão do ressarcimento se torna crucial. Advogados na área indicam que a responsabilidade inicial deve recair sobre as instituições afetadas. Segundo especialistas, regras do próprio Banco Central tendem a exigir o ressarcimento integral ao usuário final em casos de fraude comprovada. Portanto, bancos e instituições financeiras parceiras da C&M ou da BMP provavelmente terão que assumir o prejuízo para garantir que os clientes não sejam lesados.

A Segurança do Pix em Debate

Este episódio reforça a importância da segurança digital e da vigilância constante, tanto por parte das empresas quanto dos usuários. Embora o Pix continue sendo uma ferramenta revolucionária para transações de dinheiro, incidentes como este acendem um alerta sobre a necessidade de proteção robusta contra fraudes que exploram vulnerabilidades humanas e sistêmicas.

Para mais informações sobre o funcionamento e a segurança do Pix, consulte o site oficial do Banco Central.

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