
Paulo Rabello de Castro Propõe Novo ‘Plano Real da Prosperidade’ para o Brasil

Paulo Rabello de Castro Propõe Novo ‘Plano Real da Prosperidade’ para o Brasil
O Brasil, com sua complexa dinâmica política e econômica, frequentemente intriga analistas. Apesar de tropeços na gestão central e disputas entre poderes, a economia demonstra uma resiliência notável. No entanto, essa capacidade de absorver solavancos não se traduz em um crescimento robusto e equitativo. É nesse cenário que a visão de figuras como Paulo Rabello de Castro se torna essencial, propondo um caminho audacioso: um novo ‘Plano Real da Prosperidade’.
A sensação de ‘futuro roubado’ paira no ar, mesmo quando a economia evita um colapso total. Essa aparente contradição encontra explicação em forças subterrâneas que compensam, em parte, a desarticulação em Brasília. A estrutura federativa, por exemplo, permite que estados e municípios bem administrados impulsionem o agronegócio, a indústria e o comércio, atuando como contrapesos à instabilidade federal.
Adicionalmente, pactos essenciais mantêm a estabilidade mínima. O controle da inflação e a gestão das reservas cambiais, hoje sob a guarda do Banco Central, são exemplos de compromissos que, embora imperfeitos, evitam o caos inflacionário do passado. Contudo, o controle fiscal e da dívida pública ainda são pontos nevrálgicos, demonstrando que os pactos atuais, herança do Plano Real de 1994, são insuficientes para destravar o pleno potencial brasileiro.
Da Estabilização à Prosperidade: O Limite do Plano Real
O Plano Real foi um divisor de águas ao domar a hiperinflação, sustentado por pilares como câmbio flexível, metas de inflação e (teoricamente) superávits primários. A Lei de Responsabilidade Fiscal (2000) e o Teto de Gastos (2016, substituído pelo Arcabouço Fiscal em 2023) buscaram fortalecer o quadro fiscal. No entanto, o tripé macroeconômico atual manca, especialmente pela incapacidade de conter os gastos públicos, gerando expectativas turbulentas e juros elevados.
O lento crescimento do Brasil – apenas 1% ao ano na renda per capita desde 1994, comparado a 2,8% da média dos emergentes (IBGE e outras fontes internacionais) – evidencia que a estabilização foi um passo crucial, mas não o destino final. É preciso mais. É preciso um Plano Real da Prosperidade.
O Tripé da Prosperidade Proposto por Paulo Rabello de Castro
A crise atual, comparada a uma ‘COVID coletiva’ pela urgência que impõe, clama por medidas que vão além do ajuste fiscal pontual. Paulo Rabello de Castro e outros economistas apontam para a necessidade de uma reforma estrutural profunda, uma ‘Agenda 2027’ (ou mesmo 2026, no debate eleitoral), que pactue um novo caminho para o país.
Este novo arranjo, idealmente validado por uma ampla revisão constitucional, teria um ‘tripé’ fundamental para a prosperidade:
- Mais Investimento Interno: Tanto público quanto privado, como condição para o país crescer em ritmo acelerado.
- Capitalização da População Trabalhadora: Este é o ponto-chave para uma melhor repartição da riqueza. Não se trata apenas de auxílios emergenciais (‘argentinização’ das políticas sociais), mas de dotar o cidadão de ativos duradouros: mais imóveis, ações, educação de qualidade e treinamento, além de sustentação ambiental. A meta é promover a poupança popular, especialmente a previdenciária, gerando uma verdadeira revolução distributiva baseada na nova riqueza criada.
- Teto para a Dívida Pública: Essencial para garantir a sustentabilidade fiscal e evitar a instabilidade, exigindo uma revisão completa do orçamento público.
Crescer é fundamental, mas crescer distribuindo riqueza de forma sustentável – capitalizando o povo com ativos e conhecimento – é o diferencial proposto. E tudo isso deve ser feito sem comprometer o equilíbrio fiscal de longo prazo.
O Debate Urgente por um Futuro Próspero
A janela para pactuar um Plano Real da Prosperidade está se abrindo. O debate sobre este novo tripé – investimento, capitalização popular e teto para a dívida – precisa começar imediatamente. Superar o desempenho modesto das últimas décadas e construir um futuro mais próspero para todos os brasileiros depende da capacidade do país de olhar além da estabilização e abraçar uma agenda focada no crescimento inclusivo e sustentável, como defendido por Paulo Rabello de Castro.
Compartilhar: