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Revolução na Nomenclatura: BCB Define Novas Regras para Fintechs como Nubank e Pagbank

Revolução na Nomenclatura: BCB Define Novas Regras para Fintechs como Nubank e Pagbank

temp_image_1764609032.923202 Revolução na Nomenclatura: BCB Define Novas Regras para Fintechs como Nubank e Pagbank

Revolução na Nomenclatura: BCB Define Novas Regras para Fintechs como Nubank e Pagbank

Uma nova diretriz do Banco Central do Brasil (BCB), em colaboração com o Conselho Monetário Nacional (CMN), promete redefinir a identidade visual e legal de diversas instituições financeiras digitais no país. A resolução, divulgada recentemente, estabelece que fintechs não poderão mais utilizar os termos “banco” ou “bank” em seus nomes, sejam eles empresariais, fantasias, marcas ou domínios de internet, a menos que possuam a devida autorização para operar como bancos tradicionais. Essa medida visa trazer maior clareza para o consumidor e para o mercado financeiro como um todo.

O Que Muda e Por Que Agora?

A essência da nova regulamentação é simples: diferenciar claramente as instituições que funcionam como bancos de fato daquelas que operam em outras modalidades, como instituições de pagamento. A grande maioria das fintechs que hoje utilizam “bank” em seu nome, como Nubank, Pagbank e Will Bank, são instituições de pagamento e, portanto, não possuem as mesmas licenças e estrutura de um banco comercial. O BCB busca, com isso, evitar que o público seja induzido a erro sobre a natureza dos serviços e a segurança das operações financeiras.

Segundo a nota do Banco Central, “Será vedado às instituições utilizar termos que sugiram atividade ou modalidade de instituição, em português ou em língua estrangeira, para a qual não tenham autorização de funcionamento específica. Na apresentação ao público, as instituições autorizadas deverão utilizar termos que deixem claro aos clientes e usuários a modalidade da instituição que está prestando o serviço”.

Prazos e Planos de Adequação para as Fintechs

As empresas impactadas terão um período de transição para se adaptar às novas exigências do BCB. Um plano de adequação deve ser apresentado em até 120 dias (quatro meses), detalhando os procedimentos e o cronograma para a mudança de nomes. A implementação completa dessa adequação deverá ocorrer em até um ano a partir da entrada em vigor da norma.

Este prazo, considerado suficiente pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), reflete a antecipação do setor. “Não houve surpresas” na resolução, de acordo com a ABFintechs, pois o texto final se alinha à minuta apresentada em consulta pública, indicando que muitas empresas já estavam cientes da necessidade de se ajustar.

Reações do Mercado e Benefícios da Clareza Regulatória

A ABFintechs vê a medida como um passo positivo para o mercado financeiro brasileiro. A distinção clara entre bancos e outras modalidades de fintechs no arcabouço normativo do Banco Central contribui para:

  • Reforçar a clareza regulatória.
  • Evitar interpretações equivocadas por parte de consumidores e investidores.
  • Promover uma comunicação mais transparente.

Grandes players como o Nubank já se pronunciaram, afirmando que estão analisando a nova determinação do BCB e reforçando seu compromisso histórico com a legislação e regulamentação vigentes no país. O Nubank assegura que a norma diz respeito apenas à nomenclatura e não aos serviços prestados, e que suas operações e ofertas de produtos continuam normalmente, sem impacto para os clientes.

Este movimento do Banco Central não visa frear a inovação das fintechs, mas sim organizar e profissionalizar a comunicação no setor. Ao exigir uma nomenclatura mais precisa, o BCB busca proteger o consumidor e garantir um ambiente de negócios mais transparente e justo. É um sinal de maturidade do mercado financeiro digital brasileiro, que continua a se expandir sob um olhar atento das autoridades regulatórias.

Para saber mais sobre o assunto, consulte:

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