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Susep e a Revolução dos Seguros: Como Cooperativas Vão Mudar o Mercado a Partir de 2025

Susep e a Revolução dos Seguros: Como Cooperativas Vão Mudar o Mercado a Partir de 2025

temp_image_1751630177.517954 Susep e a Revolução dos Seguros: Como Cooperativas Vão Mudar o Mercado a Partir de 2025

Cooperativas no Mercado de Seguros: O Novo Papel Regulado pela Susep em 2025

O ano de 2025 marca um momento histórico para o cooperativismo brasileiro. Uma mudança legislativa significativa abre as portas do vasto mercado de seguros para cooperativas e associações mutualistas, prometendo democratizar o acesso a produtos essenciais para milhões de brasileiros.

Essa novidade é fruto da Lei Complementar 213/2025, publicada em janeiro, e que agora passa pela fase crucial de regulamentação. A entidade responsável por estabelecer as regras e fiscalizar a atuação desses novos players é a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O Papel Essencial da Susep na Regulamentação

A Susep desempenha um papel fundamental neste cenário. Ao regulamentar a Lei 213/2025, a autarquia garante que a entrada das cooperativas no mercado de seguros ocorra de forma organizada e segura. É a Susep que definirá os requisitos, procedimentos e a supervisão necessária para que essas instituições possam operar, protegendo tanto os novos operadores quanto os consumidores.

Democratizando o Acesso aos Seguros

A principal expectativa com essa expansão é a democratização do acesso a seguros. Estima-se que a capilaridade das cooperativas e associações, que já atuam em diversas frentes pelo país (empregando mais de 570 mil pessoas e com forte presença na saúde e educação), permitirá que uma parcela maior da população, muitas vezes desassistida pelo mercado tradicional, tenha acesso a produtos de seguro.

As cooperativas poderão atuar em diversos ramos, com exceção de produtos de acumulação como VGBL, PGBL e capitalização. Segmentos como seguro prestamista, vida e rural são vistos como áreas com grande potencial de crescimento para esses novos entrantes, dada a afinidade com as atividades e o público das cooperativas, especialmente as de crédito.

Um Mercado Tradicional e a Jornada de Adaptação

Apesar da oportunidade, a entrada no mercado de seguros não será instantânea nem isenta de desafios. Representantes do setor e do cooperativismo concordam que será um processo gradual. Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), aponta que a inserção levará anos em um mercado complexo e dominado por companhias tradicionais, muitas ligadas a grandes instituições financeiras.

Ney Ferraz Dias, presidente da Federação Nacional dos Seguros Gerais (FenSeg), reforça que ainda é cedo para previsões definitivas, mas reconhece o potencial de atuação de cooperativas, particularmente as de crédito, que já possuem uma infraestrutura e base de clientes relevante.

Essa nova era, regulada pela Susep, representa um passo importante para o setor de seguros e para o cooperativismo, prometendo um mercado mais diversificado e acessível a partir de 2025.

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