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Bombardeiros B-2 Spirit Chegam a Guam em Movimentação Estratégica dos EUA

Bombardeiros B-2 Spirit Chegam a Guam em Movimentação Estratégica dos EUA

temp_image_1750524176.113762 Bombardeiros B-2 Spirit Chegam a Guam em Movimentação Estratégica dos EUA

Bombardeiros B-2 Spirit Chegam a Guam em Movimentação Estratégica dos EUA

A ilha de Guam, território estratégico dos Estados Unidos no Pacífico, tornou-se o centro das atenções após o aparente destacamento de seis bombardeiros stealth B-2 Spirit da Força Aérea dos EUA (USAF) para a Base Aérea de Andersen.

Essa movimentação militar, detectada através de dados de rastreamento de voo e comunicações aéreas, sugere uma preparação para cenários de alta complexidade, especialmente considerando o contexto das tensões recentes com o Irã e a capacidade única dessas aeronaves.

O Desdobramento dos B-2 em Guam

Os seis B-2, partindo da Base da Força Aérea de Whiteman, Missouri, foram rastreados em rota para Guam. O detalhe crucial observado foi a necessidade de reabastecimento aéreo logo após a decolagem. Especialistas militares interpretam isso como um indicativo de que os aviões partiram com tanques de combustível não totalmente cheios para acomodar uma carga útil particularmente pesada a bordo.

Essa carga pesada poderia incluir as poderosas bombas GBU-57, conhecidas popularmente como “bunker busters”. Os Estados Unidos são atualmente a única nação a possuir essa capacidade destrutiva.

Ameaça dos “Bunker Busters” ao Programa Nuclear Iraniano

As bombas “bunker buster” são projetadas para penetrar estruturas subterrâneas altamente fortificadas antes de detonar. Sua eficácia é considerada crucial para atingir alvos enterrados e protegidos por camadas de terra, rocha e concreto.

Um dos alvos mais comentados em relação a essa capacidade é o local nuclear subterrâneo de Fordow, no Irã, visto por muitos como o mais protegido do país.

“Destruir [Fordow] pelo ar é um trabalho que apenas os EUA podem realizar”, comentou Mark Dubowitz, CEO da Foundation for Defense of Democracies, à Fox News Digital (conforme o artigo original).

Segundo Jonathan Ruhe, Diretor de Política Externa do JINSA, o design dessas bombas utiliza a gravidade para perfurar profundamente antes da explosão subterrânea, capaz de “colapsar a estrutura” em torno do alvo sem necessariamente pulverizá-lo.

Para entender melhor como funcionam as bombas bunker buster, veja esta explicação (em inglês).

Contexto Geopolítico e Reações dos EUA

O desdobramento para Guam ocorre em um período de elevadas tensões no Oriente Médio, especialmente após ataques recentes envolvendo o Irã e Israel. A potencial ameaça a tropas americanas na região também é uma preocupação latente.

O cenário é complicado pelas discussões internas nos EUA sobre a postura em relação ao Irã. Declarações públicas de figuras como o então Presidente Donald Trump e a Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard (mencionados no texto original), divergiram sobre o status do programa nuclear iraniano, adicionando complexidade ao quadro.

Recentemente, os EUA impuseram novas sanções ao Irã, focando em entidades envolvidas na obtenção de equipamentos sensíveis da China para a indústria de defesa iraniana. Essa medida, anunciada pelo Departamento de Estado, sinaliza a continuidade da pressão sobre Teerã, mesmo sem envolvimento militar direto nos conflitos mais recentes.

A Importância Estratégica de Guam

Guam desempenha um papel fundamental na projeção de poder dos EUA no Indo-Pacífico. A Base Aérea de Andersen é uma instalação crítica, capaz de receber bombardeiros de longo alcance como o B-2, fornecendo uma plataforma essencial para operações na região e além.

Saiba mais sobre a Base Aérea de Andersen em Guam no site oficial da USAF (em inglês).

Conclusão

A chegada dos bombardeiros B-2 a Guam é um movimento estratégico significativo que sublinha a capacidade dos EUA de projetar poder de fogo globalmente e serve como um claro sinal de prontidão em um ambiente geopolítico volátil. A possível implicação do uso de armas como os “bunker busters” contra alvos como Fordow destaca a seriedade das opções consideradas em resposta às preocupações contínuas sobre o programa nuclear iraniano.

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