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Brasil Avança 5 Posições no Ranking IDH do PNUD: Análise Completa

Brasil Avança 5 Posições no Ranking IDH do PNUD: Análise Completa

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Brasil Avança 5 Posições no Ranking IDH do PNUD: Análise Completa

O Brasil deu um salto significativo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2023, conforme o mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O país avançou cinco posições, saindo do 89º lugar em 2022 para o 84º em 2023. Com um índice de 0,786, o Brasil alcançou o patamar considerado ‘alto’ e, pela primeira vez, superou o nível pré-pandemia registrado em 2019 (0,764), igualando a marca de 2020.

Os Pilares do Avanço

A melhora no Ranking IDH do PNUD brasileiro foi majoritariamente puxada por dois fatores essenciais:

  • Expectativa de Vida: O indicador de expectativa de vida ao nascer subiu de 73,4 anos em 2022 para 75,8 anos em 2023, representando um ganho importante na saúde e qualidade de vida da população.
  • Renda: O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, ajustado pela paridade de poder de compra, cresceu de US$ 14.616 para US$ 18.011, indicando uma melhora na capacidade econômica individual.

O Desafio da Educação

Apesar dos avanços na saúde e renda, os indicadores educacionais mostram estagnação. Em 2023, o tempo esperado de escolaridade era de 15,8 anos, mas a média de anos de estudo efetivamente cursados pela população adulta se manteve baixa, em 8,4 anos. Essa discrepância evidencia um gargalo no sistema educacional que limita o potencial de desenvolvimento humano pleno no país.

Panorama Histórico e Comparativo

Olhando para a série histórica, o progresso do Brasil no IDH desde 1990 é notável. Naquele ano, o índice era de 0,62, o que significa que o aumento para 0,786 em 2023 representa uma alta de 26,7%. Desde 1990, a expectativa de vida aumentou quase 10 anos, os anos esperados de escolaridade cresceram 1,7 anos, a média de anos de escolaridade aumentou 4,74 anos, e a renda nacional bruta per capita disparou cerca de 47,9%.

Contudo, o Brasil ainda figura abaixo de diversos vizinhos na América Latina, como Peru, Colômbia, Uruguai, Argentina e Chile. Além disso, foi ultrapassado pelo Azerbaijão, com quem havia empatado no ranking anterior.

Contexto Global do Relatório PNUD

Em escala global, o relatório do PNUD acende um alerta. O crescimento do IDH mundial em 2023 foi o mais baixo desde 1990. Se essa tendência persistir, o marco de “desenvolvimento humano muito elevado” (IDH acima de 0,800) pode ser adiado por décadas. A desigualdade entre países com IDH baixo e muito alto também aumentou pelo quarto ano consecutivo, revertendo uma tendência histórica de redução das disparidades.

Países menos desenvolvidos enfrentam maiores dificuldades devido a guerras comerciais, endividamento e industrialização sem geração de empregos, segundo a ONU.

Tecnologia e o Futuro do Desenvolvimento

O relatório deste ano focou no papel da tecnologia, especialmente a inteligência artificial (IA). A IA é vista como um potencial motor de progresso em saúde, educação e renda, mas exige políticas públicas e cooperação internacional para mitigar o risco do aumento das desigualdades no acesso e nos benefícios.

O Brasil é citado como exemplo na digitalização do setor de transporte autônomo de cargas, onde plataformas nacionais melhoraram a logística e a produtividade, conectando demanda e oferta de fretes de forma mais eficiente.

O Índice de Desenvolvimento Humano continua sendo uma ferramenta crucial para entender o progresso das nações, apontando tanto os avanços quanto os desafios persistentes no caminho para um futuro mais próspero e equitativo. O salto do Brasil em 2023 é positivo, mas os dados sobre educação e o panorama global de desigualdade mostram que há um longo caminho a percorrer.

Para mais informações sobre o relatório global, você pode consultar o site oficial do Human Development Reports do PNUD.

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