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Caos no Nepal: Atletas Brasileiras de Vôlei Escapam de Hotel Invadido em Meio a Protestos Contra o Governo

Caos no Nepal: Atletas Brasileiras de Vôlei Escapam de Hotel Invadido em Meio a Protestos Contra o Governo

temp_image_1757619590.842797 Caos no Nepal: Atletas Brasileiras de Vôlei Escapam de Hotel Invadido em Meio a Protestos Contra o Governo

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Caos no Nepal: Atletas Brasileiras de Vôlei Escapam de Hotel Invadido em Meio a Protestos Contra o Governo

O Nepal, um país conhecido por suas paisagens montanhosas e rica cultura, se tornou palco de intensos protestos populares que colocaram em risco a segurança de duas atletas brasileiras de vôlei, Ana Flávia Galvão e Mayra Souza. As jogadoras vivenciaram momentos de pânico ao ter seu hotel invadido em Pokhara, uma situação que reflete a escalada da crise política e social que tem abalado o governo no Nepal.

Momentos de Terror em Pokhara: A Fuga Inesperada

O que deveria ser uma experiência de competição na segunda edição da Everest Women’s Volleyball League transformou-se em um pesadelo para Ana Flávia e Mayra. Hospedadas em Pokhara, as atletas se viram no meio de um turbilhão quando manifestantes invadiram o hotel onde estavam. A levantadora Ana Flávia Galvão descreveu a situação como “desesperadora”, com gritos, objetos quebrando e estrondos ecoando pelo prédio.

imagem-ana-flavia-mayra-nepal Caos no Nepal: Atletas Brasileiras de Vôlei Escapam de Hotel Invadido em Meio a Protestos Contra o Governo
Ana Flávia Galvão (direita) e Mayra Souza (esquerda), que continuam no Nepal aguardando voo de retorno.

“Estávamos tranquilas no hotel quando percebemos que os manifestantes já haviam colocado fogo em vários veículos do estacionamento e estavam começando a invadir”, relatou Ana Flávia. Juntamente com Mayra, ela precisou improvisar uma fuga audaciosa através de uma área verde próxima ao telhado do hotel para escapar do caos. Este incidente ressalta a imprevisibilidade e a gravidade dos protestos no Nepal.

Refúgio e Espera em Katmandu

Após a fuga de Pokhara, as jogadoras foram realocadas para outra acomodação na mesma cidade e, posteriormente, conseguiram voar para Katmandu, a capital nepalesa. Na capital, a sensação de segurança é palpável. “Pelo pouco que vi das ruas, aqui tem muito exército na rua cuidando da população. Passa bastante segurança”, afirmou Ana Flávia, aliviada por não ter presenciado novas invasões na capital.

Atualmente, as atletas aguardam em um hotel com segurança reforçada em Katmandu a confirmação do voo que as levará de volta para casa no Brasil. A incerteza do retorno adiciona mais um capítulo de angústia à experiência vivida por elas.

Entenda a Crise Política no Nepal: O Contexto dos Protestos

Os protestos contra o governo no Nepal, que levaram à invasão do hotel e a atos de violência, têm raízes profundas na insatisfação popular. A mobilização em massa começou em resposta a um bloqueio de redes sociais – como Facebook e Instagram – imposto na semana anterior pelo governo. A medida foi amplamente rejeitada por uma população onde cerca de 90% dos 30 milhões de habitantes usam a internet, culminando no slogan “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”.

A situação escalou rapidamente, com manifestantes invadindo o complexo do Parlamento nepalês e ateando fogo na sede do legislativo e em residências de ministros. A pressão popular foi tanta que o então primeiro-ministro do Nepal, KP Sharma Oli, viu-se obrigado a renunciar ao cargo em meio à intensificação da crise política no Nepal. Para mais detalhes sobre a situação política do país, clique aqui e saiba mais sobre o Nepal em noticiários internacionais.

Quem São as Atletas Brasileiras?

  • Ana Flávia Galvão: Mineira de Uberlândia, 28 anos. Levantadora formada nas categorias de base do Praia Clube, com passagens por clubes na Espanha, Hungria, República Tcheca, Eslováquia e Suíça, ela possui vasta experiência internacional.
  • Mayra Souza: Ponteira de 26 anos, nascida em Belo Horizonte e formada na base do Mackenzie. Jogou por Valinhos, Taubaté e Recife no Brasil, e o Nepal marca sua primeira experiência fora do país.

A experiência de Ana Flávia e Mayra serve como um alerta sobre a importância de estar atento aos cenários geopolíticos ao redor do mundo, mesmo em eventos esportivos. A esperança agora é que as atletas retornem em segurança para casa, deixando para trás os dias turbulentos vividos em meio à turbulência do governo no Nepal.

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