
Caso Raissa: Humorista Confessa Assassinato de Miss Teen em Curitiba

Caso Raissa: Humorista Confessa Assassinato de Miss Teen em Curitiba
O Brasil acompanhou com apreensão o desaparecimento da jovem miss teen baiana Raissa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, em Curitiba. A busca, que durou oito dias, teve um desfecho trágico com a confissão de um amigo próximo da família, o humorista Marcelo Alves. O caso chocou a opinião pública pela frieza do assassino e os detalhes revelados pela investigação da Polícia Civil do Paraná (PC-PR).
A Confissão que Revelou a Tragédia
Após dias de mistério e buscas intensas, Marcelo Alves, conhecido também como Alves Li Pernambucano, confessou ter matado Raissa. A confissão levou as autoridades a uma área de mata em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, onde o corpo da jovem foi encontrado enrolado em uma lona, enterrado.
Marcelo foi preso em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver logo após sua confissão.
O Áudio Revelador Enviado Antes da Confissão
Um detalhe perturbador veio à tona: enquanto Raissa ainda era procurada, Marcelo Alves enviou um áudio para a advogada da família na Bahia, afirmando que “nunca tinha feito mal para a jovem”. No entanto, a investigação policial aponta que Raissa foi morta por ele no mesmo dia de seu desaparecimento, em 2 de junho. Questionado no áudio, Marcelo admitiu ter olhado para Raissa “com todos os olhos”, sugerindo um interesse que ia além da amizade.
Este áudio expôs a dualidade do suspeito, que, durante o período de busca, chegou a oferecer a própria casa para hospedar os familiares de Raissa que vieram a Curitiba procurá-la. Enquanto a família vivia o desespero da incerteza, Marcelo mantinha a farsa, oferecendo “ajuda” para encontrar a jovem que ele mesmo havia assassinado.
O Motivo Cruel Apontado pela Polícia
Segundo a delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, Marcelo Alves, que conhecia Raissa e sua família há anos (desde que ela tinha 10 anos, em um projeto social na Bahia), buscou a jovem no dia do crime sob o pretexto de ajudá-la a conseguir um emprego em São Paulo – uma oferta que era, na verdade, uma mentira para atraí-la até sua casa em Curitiba.
Após almoçarem juntos, Marcelo declarou seu amor por Raissa em sua residência. Diante da rejeição da jovem, que, segundo o relato dele à polícia, o teria xingado, Marcelo teria agido com extrema violência.
Ele confessou ter estrangulado Raissa utilizando uma abraçadeira plástica. “Ele disse que ficou com ódio e descontrolado…”, relatou a delegada, descrevendo a frieza do assassino ao deixar o corpo da vítima em um cômodo antes de retornar para constatar o óbito.
A Ocultação do Corpo e o Envolvimento do Filho
Após o crime, Marcelo Alves confessou ter enrolado o corpo de Raissa em uma lona e amarrado-o com fita adesiva. Para ocultar o cadáver, ele pediu ajuda ao filho, que, segundo a polícia, ficou desesperado com a situação e tentou convencer o pai a se entregar.
Ainda assim, Marcelo, com auxílio do filho, teria colocado o corpo no porta-malas de um carro emprestado e dirigido até a área de mata em Araucária para enterrar Raissa.
O filho de Marcelo chegou a ser preso por ocultação de cadáver, mas pagou fiança e foi liberado, enquanto as investigações buscam determinar sua participação exata nos eventos.
Situação Legal e Próximos Passos
Marcelo Alves permanece preso na Cadeia Pública de Curitiba. Ele responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O carro utilizado para transportar o corpo foi periciado.
A defesa do suspeito, representada pelo advogado Caio Percival, alega que o crime não foi premeditado, tendo ocorrido sob “violenta emoção” após uma “injusta provocação da vítima”. A defesa busca uma redução da pena baseada na confissão e na alegação de violenta emoção. As investigações da Polícia Civil continuam para confirmar todos os detalhes da confissão com as evidências forenses e esclarecer completamente a participação do filho.
Um Crime que Abalou Amigos e Família
A relação de Raissa com Marcelo era vista por muitos como uma figura paterna, o que torna a traição ainda mais chocante. Familiares relataram que Marcelo agiu normalmente durante os dias de busca, oferecendo ajuda e mentindo sobre seu paradeiro, o que aprofunda a dor e o sentimento de engano.
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