Confissão Chocante: Putin Admite Envolvimento de Mísseis Russos na Queda de Avião Embraer da Azerbaijan Airlines

Em um desenvolvimento surpreendente e crucial, o presidente russo, Vladimir Putin, fez uma admissão franca e sem precedentes, revelando que mísseis russos estiveram diretamente envolvidos na queda de um avião Embraer da Azerbaijan Airlines no ano passado. Este incidente trágico, que ceifou a vida de 38 pessoas, ocorreu após a entrada de drones ucranianos no espaço aéreo russo, um evento que agora ganha novos e sombrios contornos com a confissão do líder do Kremlin.

A Confissão Inesperada de Putin: Mísseis Russos e a Tragédia do Embraer

A revelação veio durante uma reunião bilateral no Tajiquistão, onde Putin conversou com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev. O líder russo reiterou suas desculpas pelo “trágico incidente” e prometeu total indenização às famílias das vítimas. A admissão marca a mais direta responsabilização de Moscou até o momento, após um período inicial de controvérsia e alegações de que a Rússia estaria tentando encobrir a verdadeira causa do desastre.

O voo J2-8243, que partiu de Baku com destino a Grozny, na Chechênia (território russo), caiu em 25 de dezembro de 2022, perto de Aktau, no Cazaquistão. O avião da Azerbaijan Airlines teria desviado de sua rota original para evitar áreas onde drones ucranianos supostamente atacaram diversos alvos em solo russo. Foi nesse contexto de tensão e defesas aéreas russas ativadas que a tragédia se desdobrou.

Detalhes do Acidente: Como os Mísseis Russos Atingiram o Avião Embraer

Putin explicou a Aliyev que dois mísseis de defesa aérea russos, disparados em resposta aos drones ucranianos, detonaram a poucos metros da aeronave. “Os dois mísseis lançados não atingiram o avião diretamente; se isso tivesse acontecido, ele teria caído no local, mas eles explodiram, talvez como medida de autodestruição, a poucos metros de distância, cerca de dez metros”, detalhou Putin.

Essa proximidade fatal fez com que os destroços dos mísseis, e não suas ogivas, causassem danos severos ao jato Embraer. O piloto, em meio ao caos, teria relatado a colisão como um “bando de pássaros” aos controladores de tráfego aéreo, informação que está registrada nas caixas-pretas do avião. Apesar dos danos críticos, o avião voou por mais 450 km sobre o Mar Cáspio antes de cair.

Repercussão e Promessas: Indenização e Investigação em Curso

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, havia expressado publicamente sua irritação com as explicações iniciais de Moscou e agradeceu a Putin por acompanhar pessoalmente a investigação. “Gostaria de expressar minha gratidão mais uma vez pelo fato de você ter considerado necessário destacar essa questão em nossa reunião”, disse Aliyev, sublinhando a importância da admissão russa.

Putin assegurou que “tudo o que for necessário em casos tão trágicos será feito pelo lado russo em termos de indenização e uma avaliação legal de todas as questões oficiais será feita”. Ele enfatizou o dever de Moscou de “fazer uma avaliação objetiva de tudo o que aconteceu e identificar as verdadeiras causas”. No entanto, alertou que a investigação completa “provavelmente levaria mais algum tempo”. Um relatório preliminar do governo cazaque, publicado em fevereiro, já havia revelado que o avião apresentava danos externos e buracos na fuselagem, corroborando a narrativa de impacto.

Impacto Geopolítico e a Busca por Transparência

Este incidente ressalta as complexas e perigosas repercussões do conflito na Ucrânia, que se estendem para além das linhas de frente. A admissão russa, embora tardia, representa um passo em direção à transparência, crucial para a diplomacia internacional e para as famílias das vítimas. A queda do avião da Azerbaijan Airlines por mísseis russos, em um cenário de drones ucranianos, serve como um alerta sombrio sobre os riscos da escalada militar e a importância de protocolos claros em zonas de conflito aéreo.

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