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Correios: Suspensão de Pagamentos com Cartão Agita Agências Após Operação da PF Contra Crime Organizado

Correios: Suspensão de Pagamentos com Cartão Agita Agências Após Operação da PF Contra Crime Organizado

temp_image_1756865695.966893 Correios: Suspensão de Pagamentos com Cartão Agita Agências Após Operação da PF Contra Crime Organizado

Correios: Suspensão de Pagamentos com Cartão Agita Agências Após Operação da PF

Uma notícia de impacto pegou de surpresa milhares de usuários dos Correios em diversas agências próprias, especialmente em centros urbanos como a estratégica Faria Lima, em São Paulo. O aviso é claro e direto: “temporariamente sem sistema para pagamento na modalidade de cartão débito/crédito”. O motivo? Uma reviravolta envolvendo o BK Bank, um prestador de serviços da estatal, e uma megaoperação da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal que investiga elos com o crime organizado.

Entenda a Crise: O Contrato Correios-BK Bank Sob Suspeita

Na última quinta-feira, uma ação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal mirou o BK Bank, uma fintech suspeita de movimentar dinheiro ilícito. Em um desdobramento direto, os Correios anunciaram na terça-feira a suspensão de seu contrato com a empresa.

Em nota oficial, os Correios informaram que a medida afeta exclusivamente os pagamentos via cartão nas agências próprias devido à “indisponibilidade do sistema da empresa responsável pelo serviço”. É fundamental ressaltar que as agências franqueadas da estatal não foram impactadas e continuam oferecendo normalmente todas as opções de pagamento, utilizando outros prestadores de serviço.

Impacto Imediato: Quais Meios de Pagamento Estão Funcionando?

Para os clientes das agências próprias dos Correios, o cenário atual é de um “apagão digital” para as transações via cartão. Atualmente, as unidades afetadas estão aceitando apenas pagamentos em dinheiro e via Pix. Uma previsão para o restabelecimento dos demais meios eletrônicos ainda não foi divulgada, gerando transtornos e exigindo adaptação dos usuários.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) comunicou que está “adotando providências para a normalização do serviço no menor prazo possível” e que o processo administrativo está “seguindo o rito formal conforme prazos legais”.

Um Contrato Milionário e Repercussões Amplas

O contrato entre os Correios e o BK Bank (anteriormente Berlin Finance Meios de Pagamento) foi selado em agosto de 2021, com validade prevista até 16 de agosto de 2026, totalizando um valor de R$ 56,8 milhões. Este acordo abrangia uma vasta gama de serviços de transação eletrônica, desde pré-captura e roteamento até liquidação de operações de crédito (à vista e parcelado) e débito, incluindo bandeiras como Visa e Mastercard, conforme consta no Diário Oficial da União.

A polêmica não se restringe apenas aos Correios. A fintech também prestava serviços para outros órgãos do setor público. O Governo do Paraná, por exemplo, adiou a assinatura de um contrato de R$ 108 milhões com o BK Bank para o programa Cartão Comida Boa, após a repercussão da Operação Carbono Oculto na semana passada.

A Posição do BK Bank Diante da Suspensão

Questionado sobre a situação, o BK Bank, por meio de seu escritório de advocacia, afirmou que o contrato com os Correios tem vigência até 2026 e que, até o presente momento, a empresa não havia sido formalmente notificada sobre qualquer decisão que determinasse sua suspensão. A fintech reiterou que “permanece executando suas atividades de forma regular” e está “empenhada em garantir o cumprimento de todas as suas obrigações contratuais”.

O Futuro dos Pagamentos nos Correios

Este episódio nos Correios ressalta a importância da transparência e da fiscalização em contratos públicos, especialmente em setores sensíveis como o de pagamentos e tecnologia. Enquanto a estatal busca soluções céleres para restabelecer os pagamentos com cartão, os clientes devem se manter informados e preparados para utilizar dinheiro ou Pix nas agências próprias. Acompanharemos de perto os próximos capítulos desta trama que envolve serviço postal, finanças e investigações de segurança pública.

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