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Cosan: Prejuízo Bilionário Revela Limpeza de Balanço e Estratégias para 2025!

Cosan: Prejuízo Bilionário Revela Limpeza de Balanço e Estratégias para 2025!

temp_image_1740669275.015176 Cosan: Prejuízo Bilionário Revela Limpeza de Balanço e Estratégias para 2025!

Cosan: Prejuízo Bilionário Revela Limpeza de Balanço e Estratégias para 2025!

A gigante Cosan (CSAN3) pegou o mercado de surpresa ao anunciar um prejuízo colossal de R$ 9,3 bilhões no quarto trimestre. Mas calma, antes de entrar em pânico, vamos entender o que está por trás desse número e quais são os planos da empresa para virar o jogo.

Uma Limpeza Necessária

Segundo a Cosan, esse prejuízo faz parte de uma estratégia de “limpeza de balanço”, um movimento ousado para reduzir o endividamento e ajustar a estrutura de capital da holding. O principal responsável por esse impacto negativo foi o *impairment* da posição da empresa na Vale, que sozinho consumiu R$ 4,7 bilhões. A Raízen, em processo de *turnaround* após a troca de gestão, também contribuiu com um prejuízo de R$ 1,2 bilhão, além de R$ 2,8 bilhões referentes à baixa de prejuízos fiscais, um ajuste puramente contábil.

“Este é um trimestre para virar a página na empresa,” afirmou o CFO Rodrigo Araujo ao Brazil Journal. “Nosso acionista controlador está mostrando um desapego e um pragmatismo enormes. Estamos tomando todas as medidas necessárias para que 2025 seja um ano significativamente melhor.”

A Aposta Falha na Vale e o Novo Caminho

Após uma aposta infeliz na Vale, que viu suas ações despencarem e a alta da Selic inflacionar a conta de juros, Rubens Ometto zerou a posição em janeiro. Mas a Cosan já havia provisionado o prejuízo no balanço do quarto trimestre. Com a venda da Vale, a dívida da Cosan caiu para R$ 15,3 bilhões, aliviada também por um saldo de R$ 8,6 bilhões em ações preferenciais do Bradesco e Itaú, que são remuneradas com dividendos da Compass e da Raízen.

O índice de cobertura da dívida, que mede a capacidade dos dividendos recebidos pela holding de cobrir os juros, ficou próximo de 1x. O objetivo da Cosan é elevar esse indicador para 1,5x nos próximos dois anos, sinalizando uma melhora na saúde financeira da empresa.

O Que Vem por Aí? Venda de Ativos à Vista!

Para alcançar essa meta de desalavancagem, o CFO da Cosan deixou claro que “todas as opções estão na mesa”, incluindo a venda de ativos. A prioridade para 2025 é maximizar a disciplina e a assertividade na alocação de capital, focando em um futuro mais promissor.

Enquanto a Cosan enfrenta desafios na holding, a Rumo e a Compass brilham com os melhores resultados de suas histórias. Especula-se no mercado sobre a possível venda de uma fatia da Compass, a gigante de distribuição de gás controlada pela Cosan, como parte da estratégia de desalavancagem.

Compass: A Joia da Coroa da Cosan?

Rodrigo Araujo ressaltou a importância da Compass para o futuro do grupo, descrevendo-a como um “ativo muito relevante”. Em 2023, a Compass entregou um EBITDA de R$ 4,5 bilhões, dentro do esperado e 5% acima do ano anterior. Mesmo distribuindo R$ 3 bilhões em dividendos, a empresa manteve sua alavancagem em 2x EBITDA.

Segundo Thiago Duarte, analista do BTG, a Compass é hoje a subsidiária mais valiosa da Cosan, gerando caixa de forma estável e previsível. O BTG mantém recomendação de compra para as ações da Cosan, destacando que o desconto de holding, superior a 50%, parece excessivo. Esse desconto reflete as preocupações do mercado com a sustentabilidade do balanço, o desempenho fraco de alguns investimentos e a alta dos juros. No entanto, o BTG acredita que a Cosan pode oferecer um combo poderoso de desalavancagem e redução no desconto de holding, caso demonstre agilidade em endereçar sua estrutura de capital.

Raízen: A Promessa de Recuperação

A Cosan também deposita suas fichas na Raízen, que deve apresentar resultados melhores em 2024, impulsionada por uma nova estratégia e gestão. “Acreditamos que o grosso da infelicidade da Raízen já ficou para trás. O novo management já fez boa parte das mudanças que precisavam ser feitas,” disse Rodrigo Araujo.

A Cosan encerrou o dia valendo R$ 13,4 bilhões, com as ações caindo 60% nos últimos doze meses. Será que a empresa conseguirá virar o jogo e reconquistar a confiança do mercado? Fique de olho nos próximos capítulos desta história!

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