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Segurança Aérea Reforçada na Cúpula do BRICS no Rio: Drones Apreendidos e Aviões Interceptados
Durante os dias cruciais da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, a segurança do espaço aéreo foi uma prioridade máxima. As forças de segurança brasileiras, lideradas pela Aeronáutica, implementaram medidas rigorosas que resultaram em números expressivos de aeronaves não autorizadas detectadas e impedidas de voar.
Restrições e Números Impressionantes
Desde o início das atividades relacionadas à Cúpula do BRICS, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) ativou uma série de restrições ao espaço aéreo sobre o Rio de Janeiro. O objetivo era garantir a segurança de chefes de estado e delegações presentes no evento de alta relevância internacional.
A ação coordenada das forças de segurança, que incluiu a detecção e monitoramento intensivos, alcançou resultados significativos:
- 81 drones foram detectados e apreendidos por violarem as restrições.
- A solicitação de voo para outros 170 drones foi negada preventivamente.
- 3 pequenos aviões particulares foram interceptados após entrarem no espaço aéreo restrito.
Colaboração entre Forças de Segurança
O sucesso das operações de segurança aérea durante a Cúpula do BRICS é fruto de uma colaboração estratégica e integrada. Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Militar e Exército Brasileiro atuaram em conjunto, compartilhando informações e recursos no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da SEPM, que concentrou as principais decisões e ações de segurança do evento.
Militares do Decea e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) forneceram suporte técnico crucial e informações em tempo real sobre voos autorizados de drones à Sala Master de Comando e Controle.
O Combate aos Drones Irregulares
A Central de Monitoramento Anti-Drones (CMA) da Polícia Federal desempenhou um papel fundamental na detecção de aeronaves não tripuladas operando ilegalmente. Através de tecnologia avançada, a CMA conseguiu identificar drones irregulares, localizar seus pilotos remotos e obter informações vitais como modelo e número de série. Essas informações permitiram que as equipes de campo realizassem abordagens rápidas e aplicassem as sanções cabíveis de acordo com a legislação de tráfego aéreo.
Um tenente do Decea, coordenador de equipe, ressaltou a importância dessa operação: “Observar o que acontece em campo é essencial para o aprimoramento da regulamentação do setor no Brasil. Esse tipo de cooperação (entre as forças de segurança) potencializa os resultados e reforça a segurança do evento”.
Interceptações de Aeronaves Particulares
Além dos drones, a Aeronáutica precisou agir diretamente contra aeronaves que desrespeitaram as áreas de restrição. Ao todo, três pequenos aviões particulares foram interceptados, dois no sábado e um no domingo. Em resposta à violação do espaço aéreo restrito, caças da Força Aérea Brasileira, armados com mísseis, foram acionados para escoltar as aeronaves para fora da zona proibida.
Uma investigação foi prontamente aberta pela Aeronáutica para apurar os motivos que levaram essas aeronaves a entrarem nas áreas restritas sem autorização. Vale ressaltar que apenas aeronaves diretamente ligadas à organização e aos participantes da Cúpula do BRICS tinham permissão para sobrevoar a área sensível próxima ao Museu de Arte Moderna e à Marina da Glória.
Entendendo o Espaço Aéreo Restrito
A área de restrição estabelecida para a Cúpula do BRICS foi dividida em três raios concêntricos a partir do Museu de Arte Moderna: um de 144 quilômetros, outro de 108 quilômetros e o mais restrito, de apenas 10 quilômetros. O objetivo claro dessas zonas era criar camadas de segurança para o evento.
O comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea explicou a medida: “A área de restrição está ativada até [Data/Hora Final da Restrição]. A ideia é garantir a segurança e a nossa orientação é não entrar na área de exclusão, principalmente, na área vermelha. Estaremos armados e preparados para atuar em caso de qualquer intercorrência”.
A operação conjunta e as rigorosas medidas de controle do espaço aéreo durante a Cúpula do BRICS no Rio demonstraram a capacidade das forças de segurança em garantir a tranquilidade e a segurança de eventos de grande porte, lidando eficazmente com as ameaças emergentes, como o uso irregular de drones.
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