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Deportado dos EUA e Preso no Rio: Suspeito Planejava Ataque em Show que Mirava Público LGBTQIA+

Deportado dos EUA e Preso no Rio: Suspeito Planejava Ataque em Show que Mirava Público LGBTQIA+

temp_image_1746665497.847821 Deportado dos EUA e Preso no Rio: Suspeito Planejava Ataque em Show que Mirava Público LGBTQIA+

Deportado dos EUA e Preso no Rio: Suspeito Planejava Ataque em Show que Mirava Público LGBTQIA+

Luis Fabiano da Silva, um brasileiro com um passado de 27 anos vivendo ilegalmente nos Estados Unidos, retornou ao Brasil e rapidamente se viu no centro de uma das investigações mais sérias recentes no Rio de Janeiro. Ele é apontado como o mentor por trás de um plano de atentado que visava o público do show da renomada cantora Lady Gaga, realizado na capital fluminense. O caso, que foi amplamente divulgado pela imprensa, incluindo detalhes reportados pelo O Globo, culminou na desarticulação de um grupo com motivações de ódio.

A Deportação e a Chegada ao Rio

Após quase três décadas em solo americano sem documentação legal, Luis Fabiano da Silva foi deportado pelos Estados Unidos. Seu retorno ao Rio marcou o início de um novo capítulo, que infelizmente o levaria a ser investigado por crimes graves relacionados a um plano de ataque na cidade onde agora se encontrava.

O Plano Sinistro e o Alvo

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio, o grupo chefiado por Silva planejava usar explosivos artesanais em meio ao público do show de Lady Gaga. O alvo principal dessa ação criminosa seria, de forma chocante, a comunidade LGBTQIA+. O plano era meticulosamente elaborado através de plataformas de mensagem e áudio, e envolvia o uso de coquetéis molotov e outros artefatos explosivos.

Como a Polícia Chegou aos Suspeitos

A inteligência da Polícia Civil do Rio foi crucial. A informação sobre o plano de ataque chegou às autoridades dez dias antes do evento. Poucos dias depois, uma denúncia ao Disque-Denúncia (2253-1177) ajudou a confirmar os detalhes e a validar a ameaça. Essa combinação de inteligência e participação cidadã permitiu que a polícia agisse preventivamente.

A Cronologia das Prisões e a Decisão Judicial

A ação policial, batizada de “Fake Monster”, identificou ao todo oito criminosos envolvidos. A operação resultou em diversas prisões e apreensões. A cronologia legal de Luis Fabiano da Silva teve seus próprios desdobramentos rápidos:

  • Inicialmente preso em flagrante no domingo após o show, ele foi encontrado portando uma arma.
  • Poucas horas depois, foi liberado após pagar fiança na delegacia.
  • Contudo, a Justiça do Rio decretou novamente a prisão de Silva em uma audiência subsequente, à qual ele não compareceu.
  • A juíza Fabiana Pagel, do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), justificou a nova ordem de prisão, argumentando que outras medidas cautelares seriam insuficientes diante da gravidade dos crimes investigados. Em sua decisão, ela destacou a periculosidade da disseminação de “ideias preconceituosas e discriminatórias” que podem alimentar a intolerância e a violência.
  • Silva foi então preso novamente por determinação judicial.

Além de Silva, um homem apontado como membro do grupo foi preso no Rio Grande do Sul e um adolescente foi apreendido no Rio sob suspeita de participação.

Investigação em Curso

Durante a operação “Fake Monster”, a polícia também descobriu que os suspeitos utilizavam a internet para recrutar jovens para participar dos ataques. Foram apreendidos celulares e notebooks, que passarão por análise e perícia, e que devem trazer novos desdobramentos para o caso. Todos os envolvidos são investigados pelos crimes de terrorismo e incitação ao crime.

A rápida e eficaz resposta das forças de segurança do Rio de Janeiro foi fundamental para garantir que o show de Lady Gaga transcorresse sem incidentes, desarticulando um plano que, movido pelo ódio, representava uma séria ameaça à segurança e à integridade do público presente.

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