Tragédia na Rua Senador Pompeu: Desabamento no Centro do Rio Deixa Vítima Fatal

Na tarde desta quinta-feira, um sobrado desabou na Rua Senador Pompeu, no coração do Rio de Janeiro, transformando o cotidiano da região em um cenário de caos e luto. O incidente resultou na morte de um homem, que foi encontrado preso dentro de seu carro sob os escombros. A via foi imediatamente interditada, e equipes de resgate trabalham incessantemente no local, buscando por possíveis outras vítimas.

O Desespero e a Busca por Vítimas

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 13h29, enviando rapidamente o Quartel Central para a Rua Senador Pompeu. A confirmação da morte do homem preso no carro trouxe um clima de tristeza e urgência à operação. Além dos bombeiros, a CET-Rio, a Guarda Municipal e a Light foram chamadas para auxiliar na ocorrência.

O major dos bombeiros, Fábio Contreiras, informou que uma pessoa foi resgatada e encaminhada ao hospital, enquanto as buscas por mais vítimas continuam. A estrutura remanescente do prédio apresenta risco de novos desabamentos, o que aumenta a complexidade e o perigo do trabalho das equipes de resgate.

Um Problema Crônico: Edificações Antigas em Risco

Este trágico evento lança luz sobre um problema crescente no Centro do Rio: a precariedade e o risco de desabamento de edificações antigas. Somente este ano, foram registradas 748 solicitações de vistoria por ameaça de desabamento, um número alarmante que demonstra a urgência de medidas preventivas e de fiscalização.

Dados do portal 1746 da Prefeitura do Rio revelam que, em média, dez solicitações de vistoria são feitas por dia. O Centro, onde ocorreu o desabamento na Rua Senador Pompeu, já registrou 63 chamados. Em todo o ano passado, foram 3.283 pedidos de vistoria em estruturas com risco de desabamento.

Casos Anteriores e a Necessidade de Ação

Outro incidente recente que reacendeu o debate sobre a segurança das edificações antigas foi o desmoronamento de parte de um casarão na Avenida Mem de Sá, durante o Desfile das Campeãs. Moradores e comerciantes da região têm expressado preocupação e cobrado ações efetivas das autoridades.

A Prefeitura informou que o casarão da Avenida Mem de Sá já havia sido vistoriado e interditado, mas a recorrência desses incidentes demonstra a necessidade de um plano abrangente para a preservação do patrimônio histórico e a garantia da segurança da população.

O Abandono e a Deterioração

Um passeio pelo Centro do Rio revela inúmeros casarões e prédios em estado de abandono e deterioração. Vegetação crescente, rachaduras profundas, pichações e estruturas comprometidas são cenas comuns nas ruas da cidade.

Na Rua do Riachuelo, por exemplo, restam apenas as fachadas do Palacete São Lourenço, tombado pelo Iphan desde 1938. Outro exemplo é o Palacete Imperial, na Avenida Visconde do Rio Branco, que aguarda uma reforma anunciada em 2022.

A Busca por Soluções

Diante dessa realidade preocupante, é fundamental que as autoridades e a sociedade civil se unam para encontrar soluções que garantam a preservação do patrimônio histórico e a segurança da população. Medidas como a fiscalização rigorosa das edificações, a criação de programas de incentivo à restauração e a conscientização da população sobre os riscos são essenciais para evitar novas tragédias como a ocorrida na Rua Senador Pompeu.