
Destruição de Gruta em Minas Gerais: Mineradora Acusada de Crime Ambiental

Destruição de Gruta em Minas Gerais: Mineradora Acusada de Crime Ambiental
Um grave incidente ambiental chocou Minas Gerais: a destruição de uma gruta em Ouro Preto, Região Central do estado. A Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) denunciou a Patrimônio Mineração, acusando-a de ter soterrado a cavidade natural durante uma escavação.
O que aconteceu?
Segundo a SBE, a gruta destruída constava em relatórios de arqueologia do empreendimento e estava registrada no Iphan. A mineradora teria omitido a existência da caverna no relatório espeleológico apresentado durante o processo de licenciamento ambiental. A entidade considera o ato um crime ambiental.
“O soterramento da gruta em Ouro Preto representa uma afronta à legislação ambiental brasileira, além de provocar danos irreparáveis ao patrimônio natural e cultural da região”, declarou Elizandra Goldoni Gomig, presidente da SBE.
Imagem ilustrativa da destruição de uma gruta.
Indícios de Crime Ambiental
Imagens de drone registraram uma retroescavadeira avançando em direção à gruta, revelando que a aparência da cavidade divergia das descrições presentes no estudo que embasou o licenciamento da empresa. Moradores e a arqueóloga Alenice Baeta denunciaram o caso à Polícia Militar, que paralisou as atividades temporariamente. No entanto, as operações foram retomadas na madrugada seguinte, resultando no soterramento da caverna.
O que pede a SBE?
A Sociedade Brasileira de Espeleologia solicitou às autoridades competentes as seguintes providências:
- Abertura de investigação criminal e administrativa contra a empresa Patrimônio Mineração.
- Suspensão das atividades da mineradora na área afetada.
- Aplicação de sanções previstas na legislação ambiental.
- Revisão do processo de licenciamento ambiental da empresa.
- Garantia de proteção e preservação de outras cavidades e patrimônios naturais da região.
Repercussão e Próximos Passos
O caso gerou grande repercussão em Minas Gerais. A reportagem do g1 entrou em contato com o Ministério Público, o governo de Minas Gerais e o Iphan, mas não obteve retorno até o momento.
A destruição da gruta em Minas Gerais é um triste lembrete da importância da fiscalização ambiental e da responsabilidade das empresas em preservar o patrimônio natural do estado. Acompanhe as atualizações deste caso para saber os próximos desdobramentos.
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