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EXCLUSIVO: Chefe do TCP ‘Cria’ Morto em Megaoperação Policial na Maré – O Fim de um Reinado de Terror no Rio

EXCLUSIVO: Chefe do TCP ‘Cria’ Morto em Megaoperação Policial na Maré – O Fim de um Reinado de Terror no Rio

temp_image_1758902424.273897 EXCLUSIVO: Chefe do TCP 'Cria' Morto em Megaoperação Policial na Maré - O Fim de um Reinado de Terror no Rio

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EXCLUSIVO: Chefe do TCP ‘Cria’ Morto em Megaoperação Policial na Maré – O Fim de um Reinado de Terror no Rio

A violência que assola o Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, teve um capítulo decisivo nesta sexta-feira (26). Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como ‘Cria’ ou ‘Di Ferro’, um dos mais temidos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP), foi morto em uma operação emergencial da Polícia Civil. Sua queda marca o fim de um breve, mas brutal, reinado que intensificou o clima de medo na comunidade e expôs a fragilidade da segurança pública carioca.

Com três mandados de prisão em aberto, a morte do chefe do TCP era um alvo prioritário das forças de segurança, que monitoravam seus passos e as tensões crescentes provocadas por sua liderança.

A Ascensão e a Brutalidade de ‘Cria’

‘Cria’ assumiu o controle do TCP no Complexo da Maré em maio, sucedendo Thiago da Silva Folly, o ‘TH’, também morto em uma ação do BOPE. No entanto, sua ascensão foi marcada não por uma tentativa de pacificação, mas por uma onda de violência sem precedentes. Relatos de moradores, que preferem o anonimato pelo temor, descrevem um regime de terror, com execuções sumárias por motivos banais e um total desrespeito à vida humana.

Investigadores e fontes da comunidade corroboram a imagem de um líder impiedoso. O secretário de Polícia, Felipe Curi, enfatizou a crueldade de ‘Cria’: “Ele matava não só adversários, ele matava moradores, adolescentes, e há relatos inclusive de que ele matou uma pessoa idosa. Ele era conhecido como o homem da guerra e que planejava todas essas guerras por disputa territorial.” Uma das histórias mais chocantes relata a execução de um homem que o teria derrotado em um jogo de cartas, mostrando a arbitrariedade de sua fúria.

A Aliança Polêmica com a Facção do Ceará

Pouco antes de sua morte, ‘Cria’ ganhou notoriedade por exibir imagens em que comemorava uma aliança estratégica entre o TCP e a facção Guardiões do Estado (GDE), do Ceará. Em um discurso gravado, encapuzado e empunhando um fuzil, cercado por dezenas de homens armados, ele declarava guerra ao Comando Vermelho (CV): “Quem quiser vir, pode vir; se fechar com a gente, as portas estão abertas. Agora, se for contra a gente, vão matar todo mundo.” Essa união, que visava expandir o poder das facções, representava uma nova ameaça à segurança pública nacional.

A Operação Policial e a Morte de Edmilson Marques de Oliveira

A operação que culminou na morte de Edmilson Marques de Oliveira foi deflagrada após a polícia identificar uma movimentação de criminosos na Maré que planejava atacar uma comunidade rival. Equipes foram enviadas para evitar o confronto iminente. Durante o cerco policial, houve um intenso revide dos traficantes, e no confronto direto, ‘Cria’ acabou sendo baleado e morto.

Sua morte não é um fato isolado na trajetória criminosa. O nome de ‘Cria’ já aparecia em relatórios de investigações desde julho de 2024, quando a Delegacia de Homicídios solicitou sua prisão e de outros quatro traficantes da Maré pela morte de dois policiais do BOPE no Morro do Timbau. Ele era figura constante em cenas de fuga de lideranças armadas do TCP.

O Que Significa a Morte do Chefe do TCP para o Rio?

A eliminação de ‘Cria’ é, sem dúvida, um golpe significativo contra o Terceiro Comando Puro. No entanto, a complexidade do cenário do tráfico de drogas no Rio de Janeiro sugere que a lacuna deixada por um líder brutal pode ser rapidamente preenchida, ou até mesmo intensificar disputas internas e externas pelo poder. Para a população da Maré, a expectativa é de um alívio momentâneo, mas a vigilância sobre a atuação das facções e a necessidade de políticas públicas eficazes permanecem cruciais.

O desafio da segurança no Rio de Janeiro continua sendo uma pauta urgente, com a dinâmica entre as facções criminosas constantemente testando a capacidade de resposta do Estado. Para entender mais sobre a guerra de facções no RJ, clique aqui e confira uma análise aprofundada.

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