EXCLUSIVO G1/GLOBO: Operação 404 Bloqueia 535 Sites Piratas e Apps Ilegais na Maior Ofensiva Global Contra a Pirataria Digital

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EXCLUSIVO G1/GLOBO: Operação 404 Bloqueia 535 Sites Piratas e Apps Ilegais na Maior Ofensiva Global Contra a Pirataria Digital
A internet não é um território sem lei, e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em uma coordenação impecável, acaba de desferir um golpe maciço contra a pirataria digital. Em sua 8ª fase, a aclamada Operação 404, que você acompanha de perto no G1 e na Globo Notícias, alcançou uma dimensão global sem precedentes, neutralizando centenas de plataformas ilegais e enviando uma mensagem clara aos criminosos: seus dias estão contados.
O Combate Sem Tréguas à Pirataria Digital
Nesta quinta-feira (27/11/2025), a Operação 404, uma iniciativa dedicada ao combate aos crimes contra a propriedade intelectual na internet, marcou um capítulo histórico. Com a participação ativa de países como Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido, e o acompanhamento de México e Estados Unidos como observadores, a ação se consolidou como a maior mobilização internacional do Brasil contra a pirataria.
Os resultados são impressionantes:
- 535 sites e 1 aplicativo de streaming ilegal foram bloqueados e suspensos.
- Milhares de conteúdos piratas, incluindo áudios, vídeos, jogos e músicas, foram removidos de repositórios e redes sociais.
A ofensiva não se limitou apenas à remoção de conteúdo. Pela primeira vez, o foco se ampliou para desmantelar as estruturas de financiamento e monetização desses serviços ilícitos, atacando o problema em sua raiz.
Mandados, Prisões e a Resposta do Estado
A fase mais recente da Operação 404 não hesitou em ir atrás dos responsáveis. Um total de 44 mandados de busca e apreensão foram executados, culminando em quatro prisões preventivas e três prisões em flagrante em diversos estados brasileiros. O objetivo é claro: identificar e responsabilizar os administradores e colaboradores que lucram com a violação de direitos autorais.
“Esta operação é uma resposta contundente do Estado brasileiro à criminalidade digital. Na fase atual, não apenas removemos o conteúdo ilegal, mas atacamos diretamente a infraestrutura e a cadeia de financiamento da pirataria, mostrando que a internet não é um território sem lei. Continuaremos nosso trabalho com rigor para proteger a propriedade intelectual e o ecossistema criativo”, afirmou Rodney da Silva, diretor de Operações e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do MJSP.
A ação contou com a coordenação da Diopi, por meio da Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos (CGCiber-Ciberlab), e a participação decisiva das Polícias Civis de diversos estados, como:
- Alagoas (AL)
- Amazonas (AM)
- Bahia (BA)
- Ceará (CE)
- Espírito Santo (ES)
- Mato Grosso (MT)
- Minas Gerais (MG)
- Paraíba (PB)
- Paraná (PR)
- Pernambuco (PE)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Rio Grande do Norte (RN)
- Rio Grande do Sul (RS)
- Santa Catarina (SC)
- São Paulo (SP)
Orgãos federais como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) também desempenharam um papel crucial, atuando no bloqueio de domínios que violavam os direitos autorais no Brasil.
Uma Teia Internacional Contra a Ilegalidade
A colaboração internacional foi um pilar da 8ª fase da Operação 404, envolvendo:
- Reino Unido: City of London Police – Police Intellectual Property Crime Unit e Intellectual Property Office (IPO).
- Peru: Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual (INDECOPI).
- Equador: Ministério do Interior, Servicio de Rentas Internas (SRI), Servicio Nacional de Derechos Intelectuales (Sendi) e Polícia Nacional.
- Argentina: Unidad Fiscal Especializada en Investigación de Ciberdelitos (UFEIC) e Polícia Federal da Argentina (PFA).
- Paraguai: Unidad Especializada en Hechos Punibles Contra la Propiedad Intelectual.
- Parceiros da indústria: Premier League, Alliance for Creativity and Entertainment (ACE), ABTA, ALIANZA (América Latina), CNCP, APDIF, IFPI, ESA, MPA (América Latina), DINAPI, CODA (Japão), COA (Coreia do Sul).
- Apoio: Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), via projeto AL-INVEST Verde DPI.
Por Que “Operação 404”?
O nome da operação é uma alusão ao famoso código de resposta HTTP “404 Not Found”, que indica quando uma página não pode ser encontrada ou está indisponível. O objetivo é precisamente esse: tornar indisponíveis os serviços criminosos que violam os direitos autorais, protegendo as vítimas e o ecossistema criativo.
A Trajetória de Sucesso: As Fases Anteriores da Operação 404
Desde sua primeira fase em 2019, a Operação 404 tem demonstrado um compromisso inabalável com a proteção da propriedade intelectual. Cada etapa representou um avanço significativo:
- 1ª Etapa (2019): Bloqueio de 210 sites e 100 apps ilegais em 12 estados.
- 2ª Etapa (2020): Mais 252 sites e 65 apps de streaming ilegais suspensos em 10 estados.
- 3ª Etapa (2021): 334 sites e 94 apps ilegais desativados.
- 4ª Etapa (2022): Pioneirismo com buscas no metaverso, desativando canais e removendo vídeos, além de 461 apps de streaming de música.
- 5ª Etapa (2023): 11 prisões, 199 sites de streaming e jogos ilegais removidos, com participação de Peru e Reino Unido.
- 6ª Etapa (2023): 606 sites irregulares bloqueados, 22 mandados de busca e apreensão e ampla colaboração internacional.
- 7ª Etapa (2024): Bloqueio de 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegais, com 30 mandados de busca e apreensão e 9 prisões (6 no Brasil, 3 na Argentina).
Perdas que Vão Além do Econômico
Os criminosos investigados são responsáveis por distribuir conteúdo pirata em larga escala, causando prejuízos bilionários à economia e à indústria criativa. Contudo, os danos se estendem para além do impacto financeiro, atingindo a inovação, o reconhecimento de autores e artistas, e a própria cultura do país. Proteger a propriedade intelectual é fundamental para o desenvolvimento e a vitalidade desses setores.
As Consequências Legais para os Infratores
No Brasil, a prática da pirataria não é apenas moralmente errada, mas um crime grave. Os investigados podem enfrentar penas de reclusão de dois a quatro anos e multa, conforme o Artigo 184, §3º do Código Penal Brasileiro. Além disso, podem ser indiciados por associação criminosa (Artigo 288 – CP) e lavagem de capitais (Artigo 1º – Lei 9.613/1998).
A 8ª fase da Operação 404, amplamente divulgada pelos veículos de notícias como o G1 e a Globo Notícias, reforça o compromisso do Brasil e de seus parceiros internacionais em garantir um ambiente digital mais seguro e justo, onde a criatividade e a inovação sejam valorizadas e protegidas.
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