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Fim do Caso Cupertino: Paulo Cupertino é Condenado a 98 Anos por Assassinato de Rafael Miguel e Pais

Fim do Caso Cupertino: Paulo Cupertino é Condenado a 98 Anos por Assassinato de Rafael Miguel e Pais

temp_image_1748826202.986336 Fim do Caso Cupertino: Paulo Cupertino é Condenado a 98 Anos por Assassinato de Rafael Miguel e Pais

Fim do Caso Cupertino: Paulo Cupertino é Condenado a 98 Anos por Assassinato de Rafael Miguel e Pais

Um dos crimes mais chocantes dos últimos anos no Brasil chega a um desfecho judicial. Paulo Cupertino Matias, acusado de assassinar o jovem ator Rafael Miguel e seus pais, foi condenado a uma pena de 98 anos de reclusão. A decisão do júri, proferada após quase seis anos da tragédia, considerou Cupertino culpado por triplo homicídio, qualificado por motivo torpe e por impossibilitar a defesa das vítimas.

Relembrando a Tragédia de 2019

Em junho de 2019, o país foi abalado pela notícia da morte brutal de Rafael Miguel, conhecido por seu trabalho em novelas e comerciais, e de seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel. O crime ocorreu na Zona Sul de São Paulo, em frente à casa de Isabela Tibcherani, namorada de Rafael e filha de Paulo Cupertino.

O motivo do crime, segundo a investigação e a acusação, seria a forte oposição de Cupertino ao relacionamento de sua filha com Rafael. No dia dos fatos, Rafael, João e Miriam foram até a casa de Isabela para conversar com Paulo Cupertino, na esperança de resolver a situação. Foi durante este encontro que os três foram alvejados e mortos a tiros.

Após cometer o crime, Paulo Cupertino fugiu e permaneceu foragido por mais de um ano, sendo capturado somente em outubro de 2020, no interior do Paraná.

O Julgamento: Defesa vs. Acusação

O julgamento do caso Cupertino mobilizou a atenção pública e a imprensa. Durante as sessões no tribunal do júri, a acusação, representada pelo Ministério Público, e a defesa de Cupertino apresentaram seus argumentos e provas perante o Conselho de Sentença, composto por sete cidadãos comuns.

A tese da acusação sustentou que Paulo Cupertino agiu por motivo torpe, impulsionado por seu descontentamento com o namoro da filha, e executou as vítimas de forma cruel, sem lhes dar chance de defesa. O promotor Rogério Zagallo destacou a frieza do acusado e as provas técnicas.

Por outro lado, a defesa de Cupertino tentou desqualificar as acusações. Em seu depoimento, o réu negou categoricamente ser o autor dos disparos, alegando que outra pessoa teria cometido os assassinatos. Ele chegou a afirmar que “nunca na vida teve conhecimento” de Rafael, João e Miriam, uma versão considerada fantasiosa pelo Ministério Público.

Depoimentos Chocantes

As testemunhas de acusação trouxeram relatos fortes. Isabela Tibcherani, filha de Cupertino, detalhou os momentos que precederam os disparos, descrevendo como o pai a puxou violentamente para dentro de casa antes de atirar. A mãe de Isabela e ex-companheira de Cupertino, Vanessa Tibcherani, corroborou a versão sobre o temperamento controlador e violento do réu, revelando agressões sofridas ao longo do relacionamento.

Esses depoimentos, somados às evidências apresentadas pela perícia, como os estojos de munição calibre .380 encontrados no local do crime (compatíveis com a arma que Cupertino possuía registro), foram cruciais para a decisão dos jurados.

A Decisão Final e a Sentença

Após ouvir todas as partes e analisar as provas, o Conselho de Sentença se reuniu para deliberar. A votação resultou na condenação de Paulo Cupertino Matias pelas três mortes.

Com base na decisão dos jurados, o juiz proferiu a sentença, fixando a pena de 98 anos de reclusão em regime inicial fechado. A condenação por triplo homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas) reflete a gravidade dos crimes cometidos.

O veredito no caso Cupertino traz um sentimento de justiça para os familiares das vítimas e para a sociedade, marcando o fim de um longo processo judicial envolvendo um dos crimes que mais geraram comoção nos últimos anos no Brasil.

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