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Gaza Sob Cerco: Israel Intensifica Ataques Aéreos e Prepara Ofensiva Terrestre Devastadora

Gaza Sob Cerco: Israel Intensifica Ataques Aéreos e Prepara Ofensiva Terrestre Devastadora

temp_image_1757351528.880805 Gaza Sob Cerco: Israel Intensifica Ataques Aéreos e Prepara Ofensiva Terrestre Devastadora

Gaza Sob Cerco: Israel Intensifica Ataques Aéreos e Prepara Ofensiva Terrestre Devastadora

A tensão na Faixa de Gaza atingiu um novo e alarmante patamar. Nos últimos dias, a Cidade de Gaza tem sido palco de uma intensificação drástica de ataques aéreos, com Israel sinalizando uma iminente e massiva operação terrestre. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, não hesitou em descrever o que está por vir como uma “enorme tempestade de furacão”, uma metáfora sombria para o cenário que se desenha na região.

Escalada da Destruição: O Al-Roya 2 e a Ameaça Iminente

Nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025, a Cidade de Gaza testemunhou a queda do Al-Roya 2, um imponente edifício de 12 andares. O prédio, que abrigava dezenas de famílias deslocadas pelo conflito, foi o quarto arranha-céu derrubado em apenas quatro dias, demonstrando uma estratégia deliberada de Israel. O bombardeio ocorreu apenas três horas após as forças israelenses ordenarem a evacuação do Al-Roya 2 e das centenas de tendas instaladas em suas proximidades, um breve aviso que antecedeu a devastação.

A mensagem do ministro Katz ao Hamas foi clara e direta: “Hoje uma enorme tempestade de furacão atingirá os céus da Cidade de Gaza, e os telhados das torres do terror tremerão. Este é o último aviso para os assassinos e estupradores do Hamas em Gaza e nos hotéis de luxo no exterior: libertem os reféns e depõem as armas — ou Gaza será destruída e vocês serão aniquilados.”

O Exército israelense justificou os ataques afirmando que membros do Hamas haviam “instalado meios de coleta de inteligência” e dispositivos explosivos perto dos edifícios, usando-os para planejar e executar “ataques terroristas contra as forças das IDF”. Até o momento, a dimensão exata de mortos ou feridos no ataque ao Al-Roya 2 permanece incerta, mas vídeos divulgados capturam o momento do impacto dos mísseis e a subsequente comoção popular.

A Tática dos Arranha-céus: Uma Estratégia Preparatória

A destruição sistemática de arranha-céus na Cidade de Gaza não é aleatória; ela faz parte de uma estratégia adotada pelo governo de Benjamin Netanyahu. Acredita-se que esses edifícios sejam utilizados pelo Hamas para fins militares, e sua derrubada visa enfraquecer a infraestrutura do grupo antes de uma incursão terrestre em larga escala, que parece cada vez mais próxima.

Nos últimos dias, a lista de edifícios destruídos cresceu rapidamente:

  • No domingo, o prédio Al-Roya original foi alvo de um ataque.
  • No sábado, um arranha-céu residencial ainda não identificado foi bombardeado.
  • Na sexta-feira, o segundo maior prédio de Gaza também foi destruído.

O primeiro-ministro Netanyahu confirmou a extensão da estratégia, declarando que Israel derrubou cerca de 50 edifícios “utilizados pelo Hamas” na Cidade de Gaza. A intensificação desses bombardeios serve como um ultimato final ao Hamas: libertar todos os reféns e se render, ou enfrentar a consequência de uma ofensiva que promete ser devastadora.

Operação Terrestre Iminente e a Crise Humanitária Agravada

A retórica de Israel não deixa dúvidas: uma operação terrestre em Gaza é iminente. Netanyahu reiterou que as tropas estão se organizando para uma “manobra terrestre” e urgiu todos os moradores da Cidade de Gaza a “evacuarem agora”. Essa ordem de evacuação afeta aproximadamente um milhão de palestinos, que foram orientados a se deslocar para Khan Younis, no sul do território, declarada como zona “humanitária” pelo coronel Avichay Adraee, porta-voz em árabe do Exército israelense.

A situação humanitária na Faixa de Gaza já é desesperadora. Grande parte do enclave está em ruínas e, segundo autoridades de saúde locais, mais de 64.000 palestinos foram confirmados mortos desde o início da ofensiva israelense. A perspectiva de uma operação terrestre intensifica ainda mais as preocupações com a segurança e o bem-estar da população civil, que se encontra presa em um cenário de guerra sem precedentes. Para mais informações sobre a situação dos refugiados na região, consulte a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

O Contexto de um Conflito Prolongado

Esta escalada de violência é a continuação de um conflito que teve seu estopim em 2023, com um ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel. Na ocasião, 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 reféns foram levados para Gaza. Embora grande parte dos reféns tenha sido libertada em cessar-fogos anteriores, o Hamas ainda mantém outros como moeda de troca, complicando qualquer negociação para um fim duradouro das hostilidades.

Enquanto o Hamas analisa a mais recente proposta de cessar-fogo dos EUA – entregue com um alerta do presidente Donald Trump de que esta seria a “última chance” – a Cidade de Gaza se prepara para o que pode ser um dos capítulos mais dolorosos de sua história recente. A comunidade internacional observa com apreensão, enquanto a região caminha para um futuro incerto, marcado pela esperança de paz em meio à persistência da guerra.

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