Governo Suspende Produção de Coca-Cola no Ceará por Suspeita de Contaminação

Uma notícia importante agitou o setor de bebidas nesta semana: o governo brasileiro determinou a suspensão temporária das atividades de produção em uma unidade da Solar Coca-Cola, localizada em Maracanaú, Ceará. A Solar é a segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no Brasil, operando em diversas regiões do país, mas a paralisação afetou especificamente esta fábrica cearense.

O Que Levou à Paralisação da Fábrica da Coca-Cola?

Segundo informações divulgadas pelo Ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, a medida foi tomada após a identificação de um problema no processo produtivo. Componentes característicos do refrigerante, como a cafeína, foram encontrados no líquido de resfriamento, que é composto por etanol alimentício e água.

A grande preocupação do Ministério, e o motivo da suspensão preventiva da produção de Coca-Cola na unidade, é verificar se o inverso ocorreu: ou seja, se o etanol alimentício, utilizado no sistema de resfriamento, acabou contaminando o produto final, o refrigerante.

O Ministro Fávaro enfatizou que, mesmo que a contaminação por etanol seja confirmada, isso não representa um risco direto à saúde dos consumidores. A questão principal, conforme ele explicou, é de natureza comercial, visto que refrigerantes tradicionalmente não contêm álcool em sua composição. “Se tiver etanol alimentício, aí virou uma Cuba-libre”, brincou o ministro, reforçando a inadequação comercial.

Investigação em Andamento e o Posicionamento da Solar

Para investigar a fundo a potencial contaminação, cerca de 9 milhões de litros de refrigerante produzidos na unidade de Maracanaú foram encaminhados para análise laboratorial rigorosa. A expectativa inicial do Ministério era concluir as investigações em breve.

A Solar Coca-Cola se pronunciou sobre o ocorrido, informando que a pausa na produção foi realizada de forma preventiva. A empresa destacou que está conduzindo testes extensivos para assegurar a total segurança e qualidade de seus produtos.

Em nota, a companhia reafirmou seu compromisso com rigorosos protocolos de controle sanitário e de qualidade, seguindo altos padrões internacionais de produção e segurança alimentar em todas as etapas de sua operação. A empresa encerrou a nota reiterando que seus produtos “são 100% seguros, sem qualquer risco para os consumidores”.

A situação na fábrica da Solar no Ceará é acompanhada de perto pelas autoridades e pelo setor, demonstrando a importância da vigilância sanitária e dos processos de controle de qualidade na indústria de alimentos e bebidas.