Greve de Caminhoneiros em Betim Ameaça Abastecimento de Combustível em Minas Gerais
Uma paralisação de caminhoneiros que transportam combustível para a Vibra Energia, na cidade de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, teve início na madrugada desta segunda-feira (9/6). O movimento grevista, por tempo indeterminado, levanta preocupações significativas sobre o abastecimento de combustíveis em todo o estado de Minas Gerais, afetando desde postos de gasolina até aeroportos.
Por Que os Caminhoneiros Entraram em Greve?
De acordo com informações do Sindtanque-MG, dezenas de caminhões-tanque estão parados na entrada da base da Vibra, em um protesto que busca o cumprimento de direitos essenciais da categoria. As principais reivindicações dos transportadores envolvidos nesta greve em MG incluem:
- O pagamento integral do Piso Mínimo de Frete, conforme estabelece a Lei 13.703/2018.
- O cumprimento da lei sobre o Vale-Pedágio Obrigatório, regido pela Lei 10.209/2001 e regulamentado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
O presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, manifestou apoio ao movimento dos transportadores de combustíveis, afirmando que a Vibra Energia e outras distribuidoras têm descumprido estas leis há anos, gerando “prejuízos incalculáveis” aos motoristas. Ele reforça a exigência pelo cumprimento imediato dos direitos e maior fiscalização por parte da ANTT.
Potenciais Impactos no Abastecimento
A continuidade da paralisação de caminhoneiros em Betim pode rapidamente comprometer o abastecimento de combustível em Minas Gerais. Segundo o Sindtanque-MG, a paralisação em uma segunda-feira, somada ao fato de não haver abastecimento no fim de semana, significa que muitos postos já operam com estoques reduzidos. Aeroportos no estado também correm risco de ter o fornecimento afetado nos próximos dias, caso a situação não se resolva.
Reações e Posições
Vibra Energia
Em resposta à greve dos caminhoneiros, a Vibra Energia comunicou que está tomando “todas as medidas necessárias” para mitigar riscos de desabastecimento e garantir o atendimento aos seus clientes. A empresa ressalta que os contratos com as transportadoras estão vigentes e devem ser cumpridos, sob pena de penalidades previstas. A Vibra também declarou estar aberta ao “diálogo individual” com seus contratados, mas repudiou “qualquer tentativa de combinação coletiva de preços” que possa configurar infração à legislação de defesa da concorrência.
Minaspetro
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) classificou o evento como uma negociação em andamento entre a companhia distribuidora (Vibra) e os caminhoneiros envolvidos na paralisação.
A situação segue em desenvolvimento, com os olhos voltados para a resolução das negociações e o impacto no fornecimento de combustíveis no estado.
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