
Greve de Ônibus em Manaus: Caos e Impacto no Transporte Coletivo da Capital Amazonense

Greve de Ônibus em Manaus: Caos e Impacto no Transporte Coletivo da Capital Amazonense
Manaus amanheceu (ou melhor, viu-se completamente paralisada na tarde) de uma forma que ninguém desejava: com uma greve de ônibus em Manaus que tirou de circulação a maior parte do transporte coletivo. A decisão, tomada pelo Sindicato dos Rodoviários na tarde desta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, levou ao recolhimento total dos veículos para as garagens, deixando milhares de passageiros sem opção e a capital amazonense em meio ao caos.
Este movimento grevista, iniciado nas primeiras horas do dia com paralisações parciais, escalou rapidamente, culminando na interrupção completa do serviço. As consequências são imediatas e severas, com a população enfrentando enormes dificuldades para se deslocar, seja para o trabalho, escola ou compromissos essenciais, impactando a rotina de toda a cidade.
A Origem da Crise: Salários Atrasados e Impasse Financeiro
A raiz da atual greve de ônibus em Manaus reside em uma demanda antiga e crucial dos rodoviários: o pagamento de salários. A categoria reivindica o depósito do salário referente ao mês de agosto, que, segundo eles, deveria ter sido efetuado no quinto dia útil (segunda-feira, 8 de setembro), mas até a presente data, não havia sido regularizado.
Em um protesto marcante, motoristas estacionaram ônibus em frente à sede do Governo do Amazonas, na Avenida Brasil, bairro Compensa, expondo a urgência da situação. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), por sua vez, emitiu uma nota esclarecendo que a dificuldade em honrar os pagamentos se deve, principalmente, ao atraso na liberação de valores referentes ao passe livre estudantil por parte do governo estadual. Segundo o Sinetram, o repasse desses recursos é fundamental para que as empresas possam quitar os débitos com os trabalhadores.
Josenildo Oliveira, vice-presidente do Sinetram, destacou que este não é um incidente isolado. A falta de regularidade nos repasses por parte do Governo do Amazonas é um problema recorrente, afetando diretamente mais de oito mil profissionais do setor. A expectativa era de uma resposta ou prazo do governo até as 15h, com a ameaça de paralisação total caso não houvesse uma solução concreta.
Impacto Direto na Vida dos Manaoaras
As cenas registradas na cidade são um reflexo do desespero e da frustração da população. Vídeos mostraram veículos, como os da empresa Eucatur, retornando às garagens na Zona Norte de Manaus, obrigando passageiros a descer no meio do trajeto, muitas vezes em locais ermos e sem alternativas imediatas. O Terminal 1 (T1), no Centro da cidade, registrou superlotação, com pessoas tentando encontrar qualquer meio de transporte disponível, desde táxis e mototáxis até aplicativos, que tiveram seus preços disparados.
A falta de estimativa sobre as linhas e bairros afetados apenas amplia a incerteza e o transtorno. Famílias inteiras, estudantes e trabalhadores são os maiores prejudicados pela interrupção súbita de um serviço essencial. A mobilidade urbana de Manaus, já complexa em dias normais, entrou em colapso total, evidenciando a dependência da capital em relação aos ônibus de Manaus.
Perspectivas e Soluções Urgentes para o Transporte Coletivo
Até o momento da última atualização desta reportagem, o Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus não haviam se posicionado publicamente sobre as reivindicações da categoria ou sobre um possível prazo para o repasse da verba. A ausência de diálogo e a falta de uma solução rápida apenas aprofundam a crise no transporte coletivo de Manaus e a angústia da população.
A população aguarda ansiosamente por um desfecho positivo, que garanta não apenas o retorno dos ônibus às ruas, mas também uma solução estrutural para os constantes impasses financeiros que afetam o setor. A regularidade do pagamento dos salários atrasados dos rodoviários é fundamental para a manutenção da paz social e do bom funcionamento de um serviço tão vital para a capital amazonense, evitando que futuras greves de ônibus em Manaus voltem a paralisar a cidade.
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