
Guerra na Ucrânia: Kiev e Regiões Alvo do Maior Ataque Russo Desde 2022

Ucrânia: Capital e Regiões Enfrentam Ofensiva Russa Sem Precedentes
O dia 25 de maio de 2025 amanheceu sob um cenário de intensa destruição e luto na Ucrânia. A capital, Kiev, e diversas outras regiões do país foram palco do que as autoridades ucranianas classificaram como o maior ataque aéreo promovido pela Rússia desde o início da invasão em larga escala, em fevereiro de 2022.
A ofensiva implacável, que utilizou uma combinação massiva de drones e mísseis russos, resultou na morte de pelo menos 12 pessoas e deixou dezenas de feridos. O Serviço de Emergência da Ucrânia divulgou imagens impactantes, como a de bombeiros lutando contra um incêndio provocado por um ataque na região de Kiev, que ilustram a brutalidade da investida.
A Escala do Ataque
Segundo Yuri Ihnat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, a Rússia lançou impressionantes 367 artefatos aéreos contra o território ucraniano. Esse número inclui 69 mísseis de diversos tipos e 298 drones, entre eles os de design iraniano, como os Shahed. Esta coordenação e volume tornaram o ataque o maior evento aéreo individual registrado desde o começo do conflito.
O silêncio imediato de Moscou sobre os ataques contrastou com o caos e a destruição deixados pela chuva de mísseis e drones. Para Kiev, o dia foi particularmente sombrio, coincidindo ironicamente com a celebração do Dia de Kiev, um feriado nacional que marca a fundação da cidade no século V, geralmente um momento de festa e orgulho cívico.
Contexto: Ataque Horas Antes da Troca de Prisioneiros
A dimensão trágica do ataque é acentuada pelo fato de ter ocorrido poucas horas antes de uma das maiores trocas de prisioneiros de guerra entre os dois países.
O Ministério da Defesa da Rússia e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmaram a repatriação de 303 soldados por cada lado. Essa troca somou-se a outras realizadas nos dias anteriores, totalizando centenas de combatentes e civis retornando para casa – um dos poucos resultados tangíveis das negociações de paz realizadas em Istambul no início do mês, onde ambos os lados concordaram em trocar mil prisioneiros cada.
Em sua conta na rede social X, Zelensky celebrou o retorno dos 303 defensores ucranianos, mencionando que eram membros das Forças Armadas, Guarda Nacional, Serviço Estatal de Guarda de Fronteira e Serviço Estatal de Transporte Especial.
O Apelo de Zelensky por Mais Sanções
Diante da violência, Volodymyr Zelensky voltou a fazer um apelo urgente à comunidade internacional, especialmente aos parceiros ocidentais, para que intensifiquem as sanções contra a Rússia.
Ele ressaltou que os mísseis e drones russos atingiram mais de 30 cidades e vilas em diversas regiões, incluindo:
- Kiev
- Zhytomyr
- Khmelnytsky
- Ternopil
- Chernigov
- Sumy
- Odessa
- Poltava
- Dnipro
- Mykolaiv
- Kharkiv
- Cherkasy
“Esses foram ataques deliberados contra cidades comuns”, escreveu Zelensky. Ele criticou o que chamou de “silêncio dos Estados Unidos, o silêncio de outros no mundo”, argumentando que isso “apenas encoraja” o presidente russo, Vladimir Putin.
“Sem uma pressão verdadeiramente forte sobre a liderança russa, essa brutalidade não pode ser interrompida. Sanções certamente ajudarão”, afirmou o líder ucraniano, reiterando uma demanda constante que, apesar dos alertas a Moscou, não tem se concretizado de forma suficiente para dissuadir a agressão russa.
Paralelamente, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido 110 drones ucranianos durante a mesma noite.
Este ataque massivo reforça a brutal realidade da guerra na Ucrânia e a necessidade contínua de atenção e apoio internacional. Para acompanhar os desdobramentos do conflito e a resposta internacional, consulte fontes confiáveis de notícias internacionais.
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